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Elon Musk quer cortar 10% dos empregos da Tesla, e mercado entra em modo pessimismo

O homem mais rico do mundo tem um "sentimento muito ruim" sobre a economia. E ele não é o único.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 18 out 2024, 14h16 - Publicado em 3 jun 2022, 08h06
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Hoje tem payroll, relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA e considerado um dos dados mais importantes para se medir a força da economia americana. Analistas esperam que tenham sido criadas 320 mil novas vagas de trabalho no país em maio, contra um aumento de 428 mil em abril. 

Os números do relatório vão passar por uma análise complexa dos investidores, que devem tentar adivinhar os próximos passos do Fed. O mercado de trabalho americano já está aquecido, e, se o total de novas vagas surpreender ou os salários crescerem muito, pode significar que as pressões inflacionárias aumentarão e o banco central americano terá que agir mais rápido para conter o aumento dos preços. 

Mas não é só o Fed que assusta. Cada vez mais cresce o medo de uma recessão em solo americano. A mais recente dose de pessimismo veio de ninguém menos que Elon Musk, o homem mais rico do mundo.

Em um e-mail interno para executivos da Tesla, ao qual a agência de notícias Reuters teve acesso, o bilionário diz que as contratações na empresa de carros elétricos estão pausadas e que quer cortar cerca de 10% dos empregos na montadora.

O motivo? Um “sentimento muito ruim” sobre a economia.

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O alerta veio poucos dias depois de Musk exigir o retorno ao trabalho presencial de todos os funcionários da Tesla (mais sobre isso abaixo). No total, a empresa tem cerca de 100 mil empregados.

Na bolsa, as ações da Tesla caem mais de 3% no pre-market desta sexta-feira. Mas o impacto do pessimismo de Musk pode contaminar todo o mercado. Afinal, não é uma boa notícia quando o homem mais rico do mundo diz que tempos sombrios estão chegando. Tanto que os índices futuros americanos apontam para baixo nesta manhã, com a Tesla pesando.

Musk não é o único. Depois do CEO do JP Morgan alertar sobre um “furacão econômico” vindo aí, foi a vez  de John Waldron, presidente do bancão americano Goldman Sachs, trazer sua dose de pessimismo: ele disse que a economia enfrenta choques econômicos “sem precedentes”.

Nada animador para sextar, não é mesmo?

Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

 

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Futuros Dow: -0,88%

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Fechamento na Ásia

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Hong Kong (Hang Seng): feriado, sem pregão

Commodities

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Minério de ferro: 1,59%, cotado a US$ 142,60 por tonelada em Cingapura

*às 7h51

Agenda

9h30 É divulgado o payroll, relatório sobre os empregos nos EUA

market facts

Insider trading (com NFTs)

Nathaniel Chastain, ex-gerente de produtos da OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo, está sendo acusado de insider trading – o primeiro caso já registrado do tipo envolvendo NFTs. Segundo os promotores, Chastain secretamente comprava NFTs (os certificados digitais que autenticam a posse de algum item na blockchain do Ethereum) que em breve seriam anunciados na homepage do OpenSea. Assim, quando o anúncio saia, ele os vendia por um preço duas a cinco vezes maior do que comprara. Detalhe: era ele mesmo o responsável por decidir quais itens iriam para a página de destaque do site. Ele foi preso nesta semana e alegou inocência. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.

Vale a pena ler:

Elon Musk vs home office

Trabalhar do conforto de sua casa, uma mudança que veio para ficar depois da pandemia? Não para os funcionários da Tesla. Elon Musk, CEO da empresa de carros elétricos, ordenou que todos seus funcionários voltem imediatamente ao regime presencial e que estejam presentes no escritório por pelo menos 40 horas semanais. Ele também atacou o home office e o regime híbrido, insinuando que os funcionários produzem menos e “fingem trabalhar” nessa modalidade.

A Bloomberg conta a saga de Musk contra o home office aqui, e, neste texto, a Business Insider ouve economistas que discordam que o trabalho de caso torne os trabalhadores menos produtivos. 

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