Economia chinesa mostra sinais de melhora e dá força para commodities

Minério e petróleo saltam após dados econômicos do gigante asiático virem acima do esperado – boa notícia para o Ibovespa.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 21 out 2024, 10h21 - Publicado em 15 set 2023, 08h22
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Uma brisa fresca sopra do leste. Na China, dados divulgados ontem à noite mostram que os estímulos à economia adotados pelo governo nos últimos meses parecem começar a dar frutos. Em agosto, a produção industrial do país avançou 4,5% em relação ao ano passado, superando a previsão do mercado, de 4,1%.

Já as vendas no varejo também surpreenderam e saltaram 4,6% no período, acima dos 3,5% previstos e dos 2,5% de alta registrados em julho. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou praticamente estável, em 5,2%.

São números importantes porque mostram a reação de uma economia que vinha despontando muito nos últimos meses, com resultados sequencialmente ruins. E os estímulos do governo chinês pareciam insuficientes aos olhos do mercado para destravar a atividade chinesa.

Por falar em estímulo, o banco central chinês anunciou também mais uma medida: corte de juros, dessa vez na taxa de recompra de 14 dias, que caiu de 2,15% para 1,95%. Com isso, o governo busca estimular ainda mais o consumo e injetar liquidez na economia capenga.

O combo de sinais de recuperação + novos estímulos fez as commodities dispararem. O petróleo tipo Brent passou os US$ 94 por barril, maior patamar em dez meses. É a terceira semana de altas para o suco de dinossauro. Já o minério de ferro teve dia de forte alta na bolsa de Dalian: 2,33% a US$ 121,05. As duas commodities, diga-se, já vem de uma trajetória de alta justamente de olho na China. 

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Para o Ibovespa, é uma ótima notícia. O índice busca de volta os 120 mil pontos, e vem se apoiando principalmente nas mineradoras e siderúrgicas (com destaque para Vale), além da Petrobras, para tentar atingir esse marco nos últimos dias. 

Mas nem tudo são flores, claro. O mercado imobiliário, um setor gigante da economia chinesa, que chega a representar um quarto do PIB, segue pressionado. Dados de ontem mostram que o preço de casas novas voltou a cair (-0,29% em relação a julho e -0,55% na comparação anual) pelo terceiro mês seguido.  Já as vendas de moradias tombaram 1,5% na comparação entre janeiro e agosto

De qualquer forma, o mercado parece olhar o lado meio cheio do copo: as bolsas europeias operam no azul nesta manhã, e os futuros americanos apontam levemente para cima.

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros do S&P 500: 0,16%

Futuros do Nasdaq: -0,05%

Futuros do Dow Jones: 0,29%

*às 8h09

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

B3 perde 500 mil investidores e Nubank é o culpado

A B3 perdeu 548 mil investidores individuais de julho para agosto. Tudo por causa do Nubank. O banco digital concretizou seu plano de converter seus BDRs para nível I (não patrocinados), e descontinuou os de nível III, previstos no IPO da empresa.

Os recibos em nível III são emitidos por empresas estrangeiras que possuem registro de companhia aberta no Brasil. Os de nível I são emitidos por empresas estrangeiras sem que seja necessário esse registro (na B3, a esmagadora maioria dos BDRs disponíveis são nesse formato). Na prática, isso significa que o Nu não precisará mais se submeter às normas da CVM.

Os investidores tiveram a opção de vender os BDRs que tinham. Essas vendas foram feitas entre 21 de agosto e 5 de setembro – afetando a janela na qual a B3 sofreu perda de investidores.

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No meio da migração, o Nubank mudou também o ticker do seu BDR. O NUBR33 deu lugar ao ROXO34. E o papel fechou em queda de -0,97%, cotado a R$ 6,15.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h IBGE divulga vendas no varejo

10h15 Fed divulga produção industrial dos EUA de agosto

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 1,00%
  • Londres (FTSE 100): 0,82%
  • Frankfurt (Dax): 1,04%
  • Paris (CAC): 1,51%

*às 8h12

Fechamento na Ásia

  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,66%
  • Hong Kong (Hang Seng): 0,75%
  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,11%
Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
      • Brent: 0,35%, a US$ 94,03 por barril
      • Minério de ferro: 2,33% a US$ 121,05 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

      *às 7h59

      Vale a pena ler:
      (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

      Por trás do maior colapso cripto da história

      Sam Bankman-Fried. Todo mundo já escutou esse nome ao longo dos últimos meses. Isso porque sua empresa, a FTX (antes a segunda maior corretora cripto do mundo), perdeu US$ 32 bilhões em valor de mercado em questão de dias após a explosão das maracutaias da companhia, que usava dinheiro dos clientes de forma indevida. 

      O feito resultou na prisão de Sam no final do ano passado, após ser processado por fraude eletrônica, fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro. 

      Uma novidade é que Sam é nepobaby: seu pai e mãe, Alan Joseph Bankman e Barbara Fried, são renomados estudiosos e professores de Stanford, uma das universidades mais prestigiadas do mundo. Esta reportagem da Bloomberg mostra como ambos possibilitaram o império cripto — e como a criação de Sam fez com que ele colapsasse. 

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