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Dados de inflação nos EUA dão o tom desta quinta-feira

Por aqui, Banco do Brasil divulga alta de 11,7% no lucro do 2°tri, com ROE de 21,3%. E Campos Neto presta contas ao Senado.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 21 out 2024, 10h24 - Publicado em 10 ago 2023, 08h30
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Bom dia!

Hoje, quem dita o humor dos mercados é o CPI, principal relatório de inflação dos EUA. Divulgado logo mais, às 09h30, o documento vai atualizar as perspectivas do mercado sobre o desempenho da cruzada do Fed contra a alta de preços no país.

A inflação americana alcançou seu pico em julho de 2022, a 9,1% ao ano – o maior nível em quatro décadas. Desde lá, vem desacelerando e registrou 3% em junho.  

A expectativa de Wall Street, segundo consulta da Dow Jones, é de que o CPI registre uma leve alta de 0,2% em julho, o que deve elevar o saldo em 12 meses para 3,2%. A meta estabelecida pelo Fed é baixá-la para 2%. A instituição tem se preocupado em garantir um soft landing para economia americana. Ou seja: baixar a inflação sem provocar uma recessão. 

Jerome Powell, presidente do Fed, não descarta mais uma alta nos juros este ano. Mas, por ora, o consenso é de que o número deve estacionar na próxima reunião, que rola em setembro. 87% dos investidores apostam que o Fed deve manter os juros em 5,50%, segundo dados coletados pelo CME

Campos Neto no Senado

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No Brasil, os olhos da Faria Lima se voltam para o Senado, onde Roberto Campos Neto, o presidente do BC, prestará contas sobre a última decisão do Copom. 

Trata-se de uma tarefa prevista na Lei de Autonomia do Banco Central. A ideia é que Campos Neto apresente aos Senadores os relatórios de inflação e de estabilidade financeira que sustentaram a decisão. A audiência está marcada para as 10h. 

O Copom, vale lembrar, decidiu na semana passada baixar a Selic para 13,25%. Campos Neto foi responsável por desempatar o placar, que divergia sobre a magnitude da redução – de 0,25pp ou 0,50pp. 

A ata do Copom, porém, afirma que os dirigentes são unânimes sobre os próximos passos: cortes de 0,50pp até o fim do ano. Dado que ocorrerão mais três reuniões até lá, isso significa que a Selic deve fechar 2023 a 11,75%. 

O movimento para 2024 segue em aberto. Em janeiro, de qualquer forma, o colegiado, de nove membros, receberá mais dois indicados do governo Lula – que tem uma postura escancaradamente dovish. Na última decisão, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos, os dois recém indicados de Lula no Copom, votaram pela redução em 0,50pp.

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De qualquer forma, as expectativas do mercado devem ser balizadas pelo desempenho da inflação daqui em diante. Amanhã sai uma pista: o IPCA de julho, divulgado pelo IBGE às 9h.

BB tem melhor balanço entre bancões

Durante a noite de ontem, o Banco do Brasil divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2023. Era a pecinha que faltava para completar a temporada de balanços dos grandes bancos da bolsa. 

Os números do BB vieram assim: lucro líquido de R$ 8,8 bi, uma alta de 11,7% na comparação anual. Melhor do que as expectativas coletadas pela Refinitiv, que estimavam lucro de R$ 8,59 bi. Com o resultado, o banco alcançou seu lucro semestral recorde de R$ 17,3 bi. 

O ROE, retorno sobre o patrimônio líquido (uma medida fundamental nos balanços de bancos), veio em saudáveis 21,3% – versus 20,9% do Itaú, 11,2% do Santander e 11,1% do Bradesco.  

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O bom desempenho teve duas raízes: melhora na carteira de crédito (que inclui serviços de empréstimo e financiamento) e alta na receita dos segmentos comerciais, tipo consórcios e seguros. A performance fez saltar 8,2% a margem financeira bruta – métrica que calcula a diferença entre receitas e despesas do banco. 

O BB aproveitou para revisar suas expectativas de resultado para o final deste ano. O tom é otimista: ele espera que a carteira de crédito cresça entre 9% e 13% (contra projeção de 8% a 12% anteriormente).

O BTG também teve alta no lucro: +18%, para R$ 2,57 bilhões, e receita recorde de R$ 5,44 bi (alta de 21% em 12 meses). Mais um ROE surpreendente, de 22,7%. 

Já o Bradesco e o Santander amargaram quedas nos ganhos. O primeiro teve queda de 35% na comparação com o ano anterior, para R$ 4,5 bi – dentro das expectativas, que projetavam R$ 4,4 bi. Já o Santander registrou lucro de R$ 2,3 bi – queda de 45% na comparação anual. 

Ontem, os bancões caíram em uníssono e protagonizaram a sétima queda consecutiva do Ibovespa. A ver se os bons resultados do BB reanimam o setor na sessão de hoje. 

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Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,51%

Futuros Nasdaq: 0,60%

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Futuros Dow Jones: 0,48%

*às 8h09

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Amazon lança cartão de crédito no Brasil com cashback agressivos

A estratégia sangue no olho da Amazon para fidelizar clientes agora inclui um cartão de crédito que retorna até 5% do valor em compras feitas pelo site. 

Lançado nesta terça-feira (8) no Brasil, o cartão sem anuidade oferecerá cashback por meio de “pontos Amazon”, que não expiram e podem ser usados em qualquer compra na varejista. 

Ele ainda oferece 2% de cashback em compras de farmácias e restaurantes, e 1% nos demais estabelecimentos. Não há anuidade, e os parcelamento vão até 15x sem juros.

A varejista mostrou que não veio para brincadeira: as condições batem a maioria das ofertas disponíveis no mercado. Para comparação, Banco Original, Nubank, C6 e Inter oferecem cashbacks que vão de 1% a 1,5% — em cartões sem isenção de anuidade. Entre as concorrentes diretas, a Magalu tem um cartão com cashback de 2% nas compras feitas na loja.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h, Brasil: IBGE divulga volume de serviços de junho.

9h30, EUA: divulgação do CPI de julho e relatório de pedidos de auxílio-desemprego da semana.

10h, Brasil: Campos Neto vai a audiência pública no Senado.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
    • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,83%
    • Londres (FTSE 100): -0,04%
    • Frankfurt (Dax): 0,42%
    • Paris (CAC): 0,82%

    *às 8h08

    Fechamento na Ásia

    • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,21%
    • Hong Kong (Hang Seng): 0,01%  
    • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,84%
    Commodities
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
    • Brent: -0,19%, a US$ 87,38
    • Minério de ferro: -0,49% a US$ 99,10 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

    *às 8h06

    Vale a pena ler:
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    O paradoxo do procrastinador

    A procrastinação (e resultante falta de produtividade) custam à economia mundial US$ 7,8 trilhões por ano, segundo dados da Gallup. Por ser um problema universal, existe um mercado bilionário dedicado a tornar pessoas mais produtivas: livros, cursos, apps — todos competem pela atenção (e dinheiro) dos procrastinadores.

    Essa “máfia da produtividade” é pauta desta reportagem da Bloomberg, que tenta responder à pergunta: e se atrasar seu trabalho for parte importante do processo?

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    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Brasil, antes da abertura: Azul

    Brasil, depois do fechamento: Arezzo, B3, Cyrela, CPFL Energia, Energisa, Eneva, EzTec, Light, Locaweb, Oi, Petz, Rumo, Sabesp, Via e Yduqs. 

    EUA, antes da abertura: Novo Nordisk

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