Continua após publicidade

Crise bancária aumenta apostas de recessão nos EUA

Passada a euforia com o resgate ao Credit Suisse e ao First Republic Bank, futuros americanos operam em queda. No Brasil, Haddad apresenta plano fiscal a Lula.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 17 mar 2023, 08h45 - Publicado em 17 mar 2023, 08h43

O bote salva-vidas veio rápido, mas a tempestade não passou. Pelo contrário, pode piorar. Mesmo com o socorro dos bancos centrais, a crise bancária desta semana deixou eminente o risco de recessão nos Estados Unidos, mostra levantamento do Wall Street Journal.

Em janeiro, a maioria dos economistas consultados pelo jornal disse que uma contração na economia esse ano estava a caminho. Hoje, há menos confiança de que os EUA passará incólume ao ciclo de juros altos. O Goldman Sachs, por exemplo, aumentou sua estimativa de probabilidade de recessão de 25% para 35%. 

E, agora, o mercado financeiro como um todo realinha suas perspectivas. Apesar da injeção de liquidez no Credit Suisse e no First Republic Bank, o cenário continua adverso, com juros altos e, pior, confiança abalada. E, sem confiança do mercado e de seus clientes, os bancos podem estar fadados ao fracasso.

Fora que, após o Banco Central Europeu subir os juros em 0,5 ponto percentual ontem, levando a taxa do bloco para 3% ao ano, aumentam as apostas de que o Fed pode subir sua taxa em 0,25 p.p. na semana que vem.

Nesta toada, os índices futuros americanos operam em queda. O S&P 500 cai -0,25%.

Enquanto isso, no Brasil…

Continua após a publicidade

A perspectiva por aqui é que o novo arcabouço fiscal dê espaço para o BC sinalizar uma queda de juros já na semana que vem. Hoje, Haddad apresenta seu plano para Lula. Se aprovada pelo presidente, ela irá para o Congresso.

O ciclo de aperto monetário por aqui também fez suas vítimas. A Oi teve dificuldades para se reerguer e voltou, oficialmente, a entrar em uma recuperação judicial. A empresa tem agora prazo de 60 dias para apresentar um plano aos credores.

Bons negócios!

Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,25%Futuros Nasdaq: -0,01%Futuros Dow: -0,40%

Continua após a publicidade

*às 8h33

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Os resultados da Marisa

A Marisa adiou a divulgação dos resultados do quarto trimestre para 31 de março. Inicialmente, ela estava marcada para ontem. A empresa vem enfrentando um momento turbulento, com uma dívida de quase R$ 600 milhões e um cenário de crédito mais caro para as varejistas. Nessa, ela começou uma reestruturação financeira no começo do ano, e está tentando renegociar a dívida. À frente da missão está João Pinheiro Nogueira Batista – o quarto CEO da companhia em menos de um ano. Ele já iniciou um estudo para mapear e fechar lojas pouco ou nada lucrativas.

As ações AMAR3 – que, desde fevereiro são as mais novas penny stocks do pedaço – fecharam em alta de 1,41% É uma variação de apena R$ 0,02, com os papéis a R$ 0,72.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil, 9h: Taxa de desemprego da Pnad Contínua do trimestre até janeiro ;

Continua após a publicidade

Brasil, 10h: Lula participa de 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética;

EUA, 10h15: Produção industrial de fevereiro;

EUA, 11h: Índice de Sentimento do Consumidor preliminar de março (Univ. Michigan);

EUA, 14h: Baker Hughes informa poços e plataformas de petróleo em operação;

Brasil, 14h30: Secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, detalha, em coletiva, grade de parâmetros econômicos;

Continua após a publicidade

Brasil, 15h: Haddad apresenta a Lula o novo arcabouço fiscal, em reunião com Alckmin, Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão);

Brasil, 17h30: Campos Neto (BC) participa, por vídeo gravado, do evento “Perspectivas da Liberdade Econômica no Brasil”, promovido pelo Instituto Ives Gandra.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,04%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,01%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,09%

Continua após a publicidade

Bolsa de Paris (CAC): -0,21%

*às 8h22

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,50%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,20%

Hong Kong (Hang Seng): 1,64%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 0,43% a US$ 75,02 o barril

*às 8h38

Minério de ferro: 0,44%, a US$ 132,89 a tonelada, em Dalian (China)

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Por dentro da falência do SVB

No começo do ano passado, Gregory Becker, o antigo CEO do SVB, se dizia otimista em relação ao mercado de inovação. A postura confiante continuou intacta até a última terça-feira, quando ele disse a uma plateia de investidores que o futuro da indústria de tecnologia (assim como o do banco) era brilhante. No off, ele tinha se livrado de 12 mil ações da própria companhia – o equivalente a US$ 5 milhões – nas duas semanas anteriores. E mais: poucos dias antes, a agência de classificação de risco Moody’s já tinha entrado em contato para avisar de antemão que os papéis do banco corriam o risco de serem rebaixados, dada a saúde financeira capenga do negócio. O New York Times conta os bastidores dos últimos dias do SVB.

Memória modo turbo

A todo momento, o seu cérebro está selecionando quais informações manter e quais excluir. É um trabalho essencial para abrir espaço para novas memórias. O problema é que se trata de um processo inconsciente – e nem sempre sua mente e você concordam com o que querem esquecer. E aí surge esse impasse interno: esquecer-se de compromissos e tarefas do dia a dia atrapalha a sua rotina. Já para o seu cérebro, é sinal de eficiência. Nesta reportagem da Você S/A, entenda como surgem as memórias e como evitar que elas desapareçam antes da hora. 

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

 Brasil, após o fechamento: M.Dias Branco 

Publicidade