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China corta juros. Minério de ferro opera em alta

O BC chinês reduz sua taxa de empréstimos para os bancos de 2,65% para 2,50%. Minério sobe 1,58% em Dalian.

Por Alexandre Versignassi e Sofia Kercher
Atualizado em 21 out 2024, 10h23 - Publicado em 15 ago 2023, 08h56
Planeta Terra nascendo no horizonte do Sol
 (VCSA/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

O governo chinês reagiu à desaceleração da economia por lá com um corte inesperado nos juros. O sistema da China é mais complexo que o nosso. Por aqui, a Selic baliza todos os juros da economia. Por lá, o BC controla diversas taxas com a habitual mão de ferro.

A que caiu foi a MLF (Linha de Empréstimos de Médio Prazo, na sigla em inglês). Trata-se da taxa que os bancos chineses devem pagar pelos empréstimos que pegam no banco central – nesse caso, aqueles com prazo de 6 meses a 1 ano. Ela caiu de 2,65% para 2,50%. Foi o segundo corte em três meses. Em junho, a taxa estava em 2,75%. 

É uma boa notícia para o minério de ferro. A commodity opera em alta de 0,70% na bolsa de Singapura. Na de Dalian, 1,58%.  

O corte, porém, não surtiu efeito sobre as bolsas chinesas, que fecharam em queda (veja abaixo). Pesou mais a freada na produção industrial – esperava-se uma alta de 4,4%, veio em 3,7%; e também a das vendas no varejo – 2,5%, versus expectativa em 4,5%. 

Já as bolsas da Europa e os futuros dos EUA viraram para fortes baixas no início da manhã, por outro motivo. A CNBC divulgou que a agência de risco Fitch pode reduzir a classificação de dezenas de bancos americanos, incluindo o gigante JPMorgan. Caso isso aconteça, os bancos dos EUA terão de pagar juros mais altos para se financiar – o que pode engatilhar uma recessão.       

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Nos EUA, às 9h30, saem os números das vendas no varejo em julho. A expectativa é de um crescimento em 0,4%, ante 0,2% em junho. Aí é aquela história: se vier acima, bate um medo de que o Fed aproveite para subir mais os juros; se vier abaixo, mais medo de recessão. Ou seja: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come. E vamos que vamos.    

Balanços: JBSS3, NTCO3 e CSAN3

A JBS divulgou seu balanço ontem, após o fechamento de mercado. Resultado: prejuízo de R$ 263  milhões, revertendo o lucro de R$ 3,9 bilhões no mesmo período do ano passado. O lado meio cheio do copo é que o prejuízo veio menor que o do primeiro trimestre – mastodônticos R$ 1,4 bilhão. Entre o 1T23 e o 2T23 também veio um bom número no quesito Ebitda: o lucro antes de juros, impostos e depreciações mais do que dobrou, de R$ 2,1 bilhões para R$ 4,4 bilhões.    

A Natura também reduziu o prejuízo e viu o Ebitda grassar. Mas de forma bem mais modesta nos dois quesitos: queda de 4,6% nas perdas para R$ 732 milhões, e alta de 26% no Ebitda, para R$ 753 milhões.    

Já a Cosan reverteu um prejuízo de R$ 178 milhões no 2T22 para um lucro de R$ 145 milhões no 2T23. No Ebitda, alta de 6,7%, para R$ 4,4 bilhões. O destaque ali foi para o aumento na receita líquida: salto de 19,4%, para R$ 34 bilhões. 

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Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: -0,61%

Futuros Nasdaq: -0,60%

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Futuros Dow Jones: -0,64%

*às 8h21

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Criptomoeda do Nubank sobe 2.000%

No sábado à tarde (12), o Nubank interrompeu temporariamente as negociações com sua criptomoeda – que rolam dentro do app do banco. Lançada em março, a Nucoin é basicamente uma tática de marketing que tenta aproveitar o hype das criptomoedas. Sua utilidade é funcionar como um token que dá direito a recompensas – como a participação em sorteios com prêmios em dinheiro. Desde o lançamento, a alta foi 2.142% – a R$ 0,23.

Agenda

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EUA, 9h30: Vendas no varejo em junho, pelo Departamento de Comércio do governo. 

EUA, 17h30: Estoques de petróleo (API) até a semana passada

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -1,16%
      • Londres (FTSE 100): -1,51%
      • Frankfurt (Dax): -1,11%
      • Paris (CAC): -1,29%

      *às 8h29

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      Fechamento na Ásia

      • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,24%
      • Hong Kong (Hang Seng): -1,03% 
      • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,56%
      Commodities
      (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
        • Brent: -0,70%, a US$ 85,61
        • Minério de ferro: 1,58% a US$ 101,72 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

        *às 7h58

        Vale a pena ler:
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

        Argentina pode ter seu primeiro presidente libertário

        No domingo (13), os argentinos foram às urnas para definir os candidatos que disputarão o primeiro turno da eleição presidencial. Como o voto nas primárias é obrigatório, ele é visto como o melhor indicador de quem pode ganhar a presidência.

        Javier Milei, notório libertário, recebeu 30,06% deles. O candidato defende a adoção do dólar como moeda oficial e já disse que, por ele, até o comércio de órgãos estaria liberado. Ele venceu em 16 das 24 províncias argentinas, e saiu à frente dos dois candidatos da direita tradicional e da aliança governista, que obtiveram 28,27% e 27,24%, respectivamente.

        Esta reportagem do The Economist mostra como Milei canaliza a frustração de muitos argentinos com a crônica disfunção econômica de seu país — traçando seu ambicioso plano para chegar à Casa Rosada.

        -
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

        EUA, depois do fechamento de mercado: Nubank

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