Continua após publicidade

China baixa os juros e dá um gás para as bolsas

Europa e futuros dos EUA operam em alta após banco central chinês ir na contramão do mundo e cortar sua taxa básica.

Por Alexandre Versignassi
20 Maio 2022, 08h32

A cavalaria veio da China. Num momento em que o mundo todo parte para a contração econômica, aumentando as taxas básicas de juros, o banco central da segunda maior economia do planeta decidiu fazer o contrário nesta sexta: lascou um corte, de modo a deixar o dinheiro mais barato no país, e bombar o consumo. 

Boa notícia principalmente para Vale, CSN, Usiminas, Gerdau – o time da mineração e da siderurgia, que depende da China como um bebê depende de leite materno. O minério de ferro, afinal, agora passa por uma alta forte: 5,43% na bolsa de Singapura.

O corte foi modesto, de 4,6% para 4,45%. Mas trata-se do maior desde 2019. O último veio no início de 2020, de ainda mais modestos 0,1%. Ou seja: o país não colocou os juros no chão por conta da pandemia lá atrás, como EUA, Europa e Brasil fizeram.

Com isso, a inflação no país ficou relativamente sob controle – está em 2%. Como dissemos ontem, isso dava manga para medidas mais fortes de estímulo econômico. Nesta madrugada, o BC chinês mostrou que dava mesmo. 

Resultado: as bolsas na Ásia fecharam em alta, as da Europa operam fortemente no azul e os futuros nos EUA sobem (veja abaixo).

Com isso, o Ibovespa tem chance de terminar em leve alta uma semana que rumava para ficar no zero a zero. 

Continua após a publicidade

Boa sexta.

Compartilhe essa matéria via:
humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 1,08%

Futuros Nasdaq: 1,48%

Futuros Dow: 0,89%

*às 07h25

Continua após a publicidade

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,56%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,79%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,82%

Bolsa de Paris (CAC): 1,18%

Continua após a publicidade

*às 07h38

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,95%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,27%

Hong Kong (Hang Seng): 2,96%

Continua após a publicidade

Commodities

Brent: 0,21%, a US$ 112,27

Minério de ferro: 5,43%, a US$ 133,90 por tonelada, na bolsa de Singapura

*às 07h40

Agenda

Continua após a publicidade

10h Bolsonaro se encontra com Elon Musk no hotel Fasano Boa Vista, em Porto Feliz (SP). 

14h30 O Ministério da Economia divulga o relatório bimestral do Orçamento.

market facts

Liberação do FGTS para comprar ações da Eletrobras

Se você tem saldo no FGTS, fique esperto: vai dar para converter até 50% em ações da Eletrobras, por conta do processo de privatização – tal como aconteceu com a Vale e a Petrobras (neste último caso não foi uma privatização, claro, mas uma capitalização – emissão de novas ações sem que o governo perca do controle da empresa).

No caso da Eletrobras, o governo perderá tal controle. A ideia é emitir novas ações a ponto de diluir a participação do governo, de 51% das ações ordinárias para no máximo 45%. Seja como for, tende a valer a pena para o longo prazo. Pelos cálculos da XP, o ganho do FGTS entre 2002 e 2022 foi de 136%. Já a parte que ficou em ações da Vale (para quem solicitou) subiu 2.235%.

Musk em SP

De acordo com Lauro Jardim, do Globo, esta é a lista dos 13 empresários que se encontrarão Elon Musk no Fasano Boa Vista. Quatro são do setor de telecomunicações (uma das empresas de Musk é a StarLink, de internet via satélite):

  • André Esteves (BTG)
  • Alberto Leite (FS)
  • Ricardo Faria (Granja Faria)
  • Zeco Auriemo (JHSF)
  • Flávio Rocha (Riachuelo)
  • Carlos Sanchez (EMS)
  • Rubens Ometto (Cosan)
  • Rubens Menin (Inter)
  • Carlos Fonseca (Galápagos)
  • Rodrigo Abreu (Oi)
  • José Félix (Claro)
  • Pietro Labriola (TIM)
  • Alberto Griselli (TIM Brasil)

Vale a pena ler:

Diversidade de fachada

Sete funcionários e ex-funcionários do Wells Fargo acusam o banco americano do seguinte: entrevistar mulheres e negros para vagas cujo processo seletivo já tinha se encerrado. Ou seja: depois que já tinham se decidido por alguém, seguiam entrevistando candidatos que se encaixavam nos critérios de diversidade, de modo a deixar registrado que os processos foram mais inclusivos do que realmente tinham sido. No New York Times.    

Publicidade