Bolsas reagem na volta do feriado americano
Depois de sua pior semana em dois anos, S&P 500 amanhece em forte alta nesta terça. Bitcoin continua sua lenta recuperação.
Bom dia!
O feriado de ontem parece ter feito bem aos investidores americanos. Os índices futuros estão em forte alta nesta manhã de terça-feira, com o S&P 500 e o Nasdaq subindo 1,8%. O bom humor ajuda na Europa, onde o Stoxx 50 sobe 1%.
A recuperação também segue no mercado cripto, ainda que a passos lentos. O bitcoin voltou aos US$ 21 mil hoje, isso depois de ter furado os US$ 18 mil na mínima atingida no fim de semana.
O apetite por risco volta à jogada depois de uma semana sangrenta nas bolsas; o S&P 500 fechou, na sexta-feira, sua pior semana em mais de dois anos, com perda acumulada de 5,8%.
Foi justamente quando o Fed surpreendeu e aumentou a taxa de juros em 0,75 p.p., aumentando ainda mais os medos de que a economia americana poderá entrar em recessão. No ano, o maior e mais importante índice acionário americano está em queda de 23%.
Em dia de agenda esvaziada, investidores agora aguardam a aparição de Jerome Powell, presidente do Fed, no Congresso americano, onde poderá dar dicas dos próximos passos do órgão e compartilhar seus pitacos sobre a economia americana.
Por aqui, a Petrobras segue na pauta principal. Mas não só. Agora pela manhã sai a ata do Copom, e investidores devem buscar pistas nela sobre quando a Selic pode finalmente parar de subir. A ver.
Boa terça.
Futuros S&P 500: 1,87%
Futuros Nasdaq: 1,93%
Futuros Dow: 1,67%
*às 08h05
Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,03%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,73%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,92%
Bolsa de Paris (CAC): 1,32%
*às 08h06
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,11%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,84%
Hong Kong (Hang Seng): 1,87%
Brent*: 1,46% , a US$ 115,80
Minério de ferro: 3,93%, cotado a US$ 115,30 por tonelada na bolsa de Cingapura
*às 7h50
8h Ata do Copom
Moedas emergentes
Ontem o rublo alcançou a maior alta em sete anos. A moeda russa vive intensos altos e baixos desde o início da guerra contra a Ucrânia: primeiro, com as sanções impostas pelos EUA e Europa, o rublo bateu sua baixa histórica. Depois o sinal virou e a moeda disparou impressionantes 118%. Por lá, as autoridades elogiaram a recuperação, mas se mantêm preocupadas com um avanço que pode aumentar o preço internacional dos produtos russos e prejudicar a competitividade das exportações do país.
Na América Latina, o recorde do dia foi no sentido inverso. O peso chileno caiu ao menor valor da história frente ao dólar. Um dos culpados é o cobre, que desvalorizou. O Chile é o maior produtor de cobre do mundo, e variações bruscas no preço da commodity costumam afetar a moeda local. O outro culpado é o aperto monetário americano, que fortaleceu o dólar. Por aqui, o real subiu 0,81%, depois de oscilar entre R$ 5,138 e R$ 5,190.
Idade do investidor
O que fazer quando as ações despencam e não têm perspectiva de melhora tão cedo? Nessa coluna no Wall Street Journal, Jason Zweig argumenta que a resposta depende um pouco da sua idade. Se você ainda é jovem, dá pra olhar pro bear market como um “o patrão ficou maluco” do mercado financeiro. Pode ser uma boa oportunidade para incrementar o portfólio e esperar os ativos valorizarem no longo prazo. Mas se você está perto da aposentadoria e pretende se sustentar com a venda das ações que acumulou durante a vida, a situação é mais complicada. Zweig sugere que vale considerar adiar a aposentadoria e maneirar nos gastos, pelo menos até que os ativos comecem a se recuperar.
Renegociação
Os fundos do BTG Pactual passarão a ter 65,3% de participação na V.tal – antiga Infraco, braço de infraestrutura de fibra óptica da Oi. Nesse redesenho, a Oi, que está em recuperação judicial desde 2016, recuará para 34,7% de participação na empresa. Era isso ou renegociar preços com os fundos. O Valor conta os bastidores da negociação nesta reportagem.