Bolsas globais amanhecem em alta. Por aqui, IPCA desacelera a 0,54%

Índices futuros dos EUA apontam para mais um dia de recuperação. No Brasil, inflação fica em linha com as expectativas.

Por Juliana Américo, Alexandre Versignassi
Atualizado em 16 dez 2024, 16h09 - Publicado em 9 fev 2022, 09h14
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Wall Street acordou de bom humor. Os futuros americanos operam em alta baseados nos balanços positivos desta temporada.  A DuPont, por exemplo, registrou um lucro de US$ 6,46 bilhões em 2021. A empresa de produtos químicos conseguiu reverter o prejuízo de US$ 2,95 bi do ano anterior. 

Outra que surpreendeu foi a Harley-Davidson. No quarto trimestre, a companhia lucrou US$ 21,6 milhões, após um prejuízo de US$ 96,4 milhões. O faturamento subiu 40% no ano, de US$ 725 milhões em 2020 para US$ 1,02 bilhão em 2021. Sim, a Harley não é uma Amazon (que também apresentou um resultado excepcional, na semana passada), mas o resultado da pequena fabricante de motos serve de termômetro para a saúde do mercado consumidor americano – afinal, só se compra uma Harley quando há dinheiro sobrando. 

Os mercados europeus também estão tendo uma boa quarta-feira. Com o EuroStoxx 50 subindo 1,48%. 

Por aqui, saiu o IPCA de janeiro. A inflação desacelerou: de 0,73% em dezembro para 0,54% em janeiro – em linha com as expectativas do mercado, que apontavam para 0,55%. Mesmo com a baixa, essa ainda é a maior variação para o período desde 2016, quando o índice fechou em 1,27%.

Já a inflação acumulada em 12 meses ficou em 10,38%, acima dos 10,06% registrados em dezembro. É que agora a conta começa em fevereiro de 2021, que teve inflação de 0,85% – e não mais em janeiro de 2021, quando o IPCA ainda estava em 0,25%. 

No IGP-M, que indica em parte o futuro do IPCA, a desaceleração também segue. A primeira prévia de fevereiro, divulgada nesta manhã pela FGV, veio em 1,38%, contra 1,41% da prévia de janeiro

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Na semana passada, você sabe, o Copom elevou a Selic em 1,50 ponto porcentual. Com isso, a taxa de juros passou para 10,75% ao ano. Em sua ata, o Copom diz que a inflação deve ficar acima da meta (de 3,5%). A projeção é de que a alta em 12 meses desacelere até chegar aos 5,4% em 2022. 

A instituição não indicou o quanto deve subir a taxa básica de juros na próxima reunião e nem até quando. Mas as apostas são de que o fim dos reajustes deve acontecer só em maio, com a Selic em 12,25% ao ano. A não ser que o IPCA traga surpresas nos próximos meses – sejam elas positivas ou negativas. 

Boa quarta. 

 

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,70%

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Futuros Nasdaq: 0,93%

Futuros Dow: 0,52%

*às 8h50

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,48%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,57%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,38%

Bolsa de Paris (CAC): 1,30%

*às 8h50

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,94%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,08%

Hong Kong (Hang Seng): 2,06%

Commodities

Brent: estável a US$ 90,78

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Minério de ferro: -1,45%, US$ 146,35 em Dalian (China)

*às 7h40

market facts

Fim das maquininhas? 

A Apple anunciou que o iPhone poderá ser usado por empresários para receber pagamentos, sem a necessidade de um hardware ou um terminal de pagamentos adicional – ou seja, sem as maquininhas de cartão. O serviço Tap to Pay usará a tecnologia de aproximação (NFC, na sigla em inglês) para aceitar cartões de crédito e débito, além de outras carteiras digitais (como a própria Apple Pay). O recurso funciona em modelos a partir do iPhone XS, e será testado nos EUA primeiro. 

Clube da Luluzinha

As brasileiras estão mais confiantes na hora de investir. Um levantamento da gestora de investimentos BNY Mellon Investment Management e da empresa de pesquisas Coleman Parkes Research revela que 46% das investidoras por aqui se sentem confiantes em aplicar parte do seu dinheiro no mercado financeiro. Elas aparecem atrás apenas da Índia (47%). Na média global, esse número cai para 28%, sendo que o Japão é onde as mulheres estão menos confiantes (15%). Os dados ainda mostram que 53% brasileiras acham que têm uma boa compreensão de investimentos e 31% se sentem bem informadas sobre como investir.

Vale a pena ler:

Ocupamos Wall StreetDesde 2018, doze empresas brasileiras abriram capital nos EUA. Os motivos que levaram essas companhias a nem olharem para o Ibovespa são dos mais variados: acesso a investidores internacionais, maior liquidez e mais espaço para startups. Mas só três empresas viram suas ações valorizar desde a estreia. São a XP (18,81%), que fez o IPO em dezembro de 2019; Arco Plataform (12,86%), que estreou em setembro de 2018; e a Patria Investments (4,27%), que completou um ano em janeiro. Na lanterna, está a empresa de educação Vasta. Ela estreou em julho de 2020 e, desde então, suas ações afundaram 72%. Leia a matéria completa

As pedras no sapato dos carros elétricos

No ano passado, quase 9% dos novos carros vendidos eram elétricos, acima dos 2,5% registrados em 2019. Nos próximos cinco anos, a indústria automobilística também planeja investir US$ 500 bilhões no segmento. Mas, conforme relata o New York Times, nem tudo são flores. A atual cadeia de suprimentos pode sofrer com a mudança de mercado, sendo que 3 milhões de americanos  fabricam, vendem e fazem manutenção de peças que deixaram de ser usadas. Além disso, o preço de ingredientes de bateria como lítio , níquel e cobalto estão subindo – o que limita a produção. Leia (em inglês)

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Antes da abertura, a Klabin apresenta os seus resultados. Depois do pregão, é a vez da Suzano e Dexco (ex-Duratex). Nos EUA, tem os balanços da Uber e Walt Disney.

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