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Amazon tenta salvar a sexta-feira de Wall Street depois da hecatombe Facebook

Lucro da companhia dobrou no quarto trimestre: de US$ 7,2 bilhões para US$ 14,3 bi. E as ações vão subindo 12% no pré-mercado.

Por Juliana Américo
4 fev 2022, 08h08

As empresas de tecnologia foram as que mais agitaram o mercado na semana. Na quarta, foi a Alphabet (dona do Google), com alta de 90% no lucro anual. Ontem, a Meta (ex-Facebook) perdeu US$ 240 bilhões em valor de mercado por causa de um balanço decepcionante. Agora, é a vez da Amazon.

A companhia divulgou o seu balanço depois do pregão de quinta. E o resultado não poderia ser melhor: a empresa reportou lucro de US$ 14,3 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Ela praticamente dobrou o seu lucro quando comparado com o mesmo período de 2020, que foi de US$ 7,2 bilhões. 

O presidente-executivo Andy Jassy indicou que a Amazon estava preocupada com o quanto os custos mais altos devido à escassez de mão de obra, pressões inflacionárias e problemas na cadeia de suprimentos poderiam afetar o resultado. “Apesar desses desafios de curto prazo, continuamos otimistas e empolgados com os negócios à medida que emergimos da pandemia”, afirmou. Um dos sinais de que a empresa deve agir é o aumento no valor das assinaturas do Amazon Prime nos Estados Unidos – por aqui, ao menos por enquanto, segue tudo igual.

Isso fez com que as ações da Amazon saltassem mais de 17% no after hours, e elas vão subindo de novo no pré-mercado. Essas negociações fora do horário regular funcionam como um aquecimento dos investidores para quando o apito do juiz toca, das 11h30 às 18h.

Lembrando que os papéis da empresa fecharam o pregão regular com queda de 7,81%, sugadas pela baixa do de 26% nos papéis do Facebook. O índice de tecnologia Nasdaq ​​ perdeu 3%.

Se as ações continuarem subindo, vai ser um alívio para Wall Street. E esse é o sinal dado pelos futuros dos índices S&P 500 e Nasdaq agora pela manhã. 

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Além da temporada de balanços, hoje também sai o payroll, o relatório de como anda o mercado de trabalho nos EUA.

A expectativa é de desaceleração, já que o avanço da Ômicron fez o país (e todo o resto do mundo) relembrar que a pandemia ainda está rolando. Tanto que o relatório da ADP, que é uma prévia do payroll e só conta com os dados do setor privado, indicou o fechamento de  301 mil vagas. A previsão era bem mais otimista, de 200 novos mil postos. 

Com mais ou menos emprego, o Federal Reserve não deve mudar a sua estratégia de apertar ainda mais a sua política monetária. No mês passado, o banco central americano sinalizou que pretende aumentar as taxas de juros em março, quando também fará a última redução do seu programa de compra de títulos.

Mas por enquanto, vamos deixar o mercado aproveitar o balanço da Amazon.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

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Futuros S&P 500: 0,24%

Futuros Nasdaq: 0,83%

Futuros Dow: -0,14%

*às 7h50 

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,80%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,28%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -1,08%

Bolsa de Paris (CAC): -0,42%

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Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): feriado

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,55%

Hong Kong (Hang Seng): 3,24%

Commodities

Brent: 1,46%, a US$ 92,44

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Minério de ferro: feriado na China

*às 7h50 

Agenda

10h30 Departamento do Trabalhos dos EUA libera o payroll, relatório sobre criação de empregos no país em janeiro.

market facts

Falha na segurança

O Banco Central informou mais um vazamento de dados envolvendo o sistema de pagamentos Pix. Entre 24 e 25 de janeiro, foram expostos dados de 2.112 chaves de clientes da instituição de pagamento Logbank. Foram divulgados o nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento e número da conta.

Esse é o segundo caso confirmado em menos de quinze dias e o terceiro desde o lançamento do Pix. O primeiro aconteceu no ano passado, quando 414.526 chaves do Banese foram afetadas. E no dia 21 de janeiro, o BC comunicou o vazamento de outras 160.147 mil chaves da instituição de pagamento Acesso.

Fora do top 10

Ontem, a Meta (controladora do Facebook) caiu 26% após apresentar resultados que decepcionaram o mercado. O tombo bateu na conta de Mark Zuckerberg, que perdeu US$ 23,6 bilhões de seu patrimônio e deixou os rankings da Forbes e Bloomberg dos dez mais ricos do mundo. Essa é a primeira vez que o executivo está fora do top 10 desde julho de 2015. Agora, Zuckerberg está na 12ª posição, com uma fortuna de US$ 85 bilhões.

Vale a pena ler:

Retomada de projetos

Até dezembro do ano passado, o banco Inter estava se preparando para uma reorganização societária, mas desistiu porque o valor para arcar com resgate das ações ultrapassava os R$ 2 bilhões – limite estabelecido pelo banco. Agora, o CEO João Vitor Menin afirma que o projeto deve sair da gaveta ainda neste semestre, assim como a listagem de uma nova holding na Nasdaq. E o executivo afirma que a expansão da instituição não se limita aos EUA. Veja o vídeo da entrevista no Valor

Roupas de segunda mão

A preocupação com o meio ambiente e o modelo fast fashion da indústria da moda, levou as pessoas a comprarem mais roupas de segunda mão. Conforme relata o The New York Times, um relatório da empresa de análise GlobalData projetou que as vendas de roupas usadas devem chegar a US$ 77 bilhões até 2025. Boa parte desse comércio acontece em lojas online e o destaque é para a Malásia. O país, que já tinha uma cultura forte de brechós, viu no movimento uma oportunidade de crescimento. Leia (em inglês).

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Nos EUA, antes da abertura, Aon e Sanofi divulgam seus resultados.

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