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Bolsas em modo montanha-russa à espera da Super Quarta

A grande pergunta é: o Fed vai conseguir domar a inflação sem causar uma recessão nos EUA? Pelo visto, o mercado não faz ideia da resposta.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 3 Maio 2022, 18h25 - Publicado em 3 Maio 2022, 18h07
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Sobe ou desce? Nesta terça-feira, as bolsas americanas e a brasileira viveram uma verdadeira montanha russa. Em um dia altamente volátil, trocaram entre o terreno positivo e o negativo diversas vezes. No fim, fecharam em direções opostas: o S&P 500 firmou alta no fim do pregão e subiu 0,48%, enquanto o Ibov caiu 0,10%.

O que causa tanta tensão? Amanhã acontece a Super Quarta, a data quase mística em que os bancos centrais dos EUA e do Brasil anunciam suas decisões monetárias no mesmo dia. 

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A maior fonte de dúvida vem dos EUA. Depois de muito tempo pegando leve na sua política monetária durante a pandemia, o Fed percebeu que pegou leve demais e a inflação saiu do controle. Agora, corre contra o tempo para domar o aumento dos preços. 

Isso significa que o banco central planeja uma sequência de altas nos juros, e de magnitudes cada vez maiores. O movimento começou em março, quando o Fed anunciou uma alta de 0,25 pontos percentuais. Na época, se falava em vários outros aumentos de outra magnitude.

Isso já mudou: o consenso é que, amanhã, o salto na taxa será de 0,5 ponto percentual. Afinal, até agora, a inflação se mostrou implacável: 8,5%, a maior em 41 anos no país. 

A decisão de amanhã já é amplamente esperada pelo mercado, ainda que seja impactante – a última vez que o Fed subiu os juros em meio ponto foi em 2000. O problema mesmo é que, na próxima reunião, a mão pode pesar ainda mais. Há quem espera um aumento de 0,75 pontos percentuais, algo que não acontece por lá desde 1994. Depois disso, ninguém sabe direito quantos outros aumentos, e de que magnitude, virão. Por isso tanta ansiedade: investidores devem analisar a fala de Jerome Powell, o presidente do Fed, palavra por palavra amanhã em busca de pistas. 

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Uma postura tão agressiva do Fed pode ser necessária para levar a inflação de volta aos 2%. Mas também corre o risco de ter um efeito colateral amargo: colocar a economia americana em recessão. O desafio do banco central é tentar fazer um sem causar o outro. 

E o mercado não sabe bem se acredita que dará certo, dada a instabilidade nas bolsas nos últimos tempos. Mas tende ao pessimismo: até agora, o S&P 500 acumula queda de 12% no ano.

Por aqui, a decisão de amanhã também é amplamente esperada pelo mercado: aumento de 1 ponto percentual na Selic, que vai a 12,75%. A questão é se o ciclo de aperto monetário parará por aí, como alguns apostam. Dada a inflação galopante, essa posição é minoritária. A maioria acha mesmo que a taxa vai furar os 13%. E também devem ficar de olho na decisão do Copom em busca de pistas para os próximos passos.

Até lá, a tensão continua.

Bom descanso.

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Maiores altas

SLC Agricola (SLCE3): 6,69%

CSN (CSNA3): 4,44%

Azul (AZUL4): 4,36%

CSN Mineração (CMIN3): 4,13%

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Cielo (CIEL3): 3,01%

Maiores baixas

JHSF (JHSF3): -5,81%

Magazine Luiza (MGLU3): -4,17%

CEMIG (CMIG4): -3,44%

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Méliuz (CASH3): -3,28%

CVC Brasil (CVCB3): -2,88%

Ibovespa: -0,10%, aos 106.528 pontos

Em Nova York

S&P 500: 0,48%, aos 4.175 pontos

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Nasdaq: 0,22%, aos 12.563 pontos

Dow Jones: 0,20%, aos 33.127 pontos

Dólar: -2,15%, a R$ 4,9635

Petróleo

Brent: -2,43%, a US$ 104,97

WTI: -2,62%, a US$ 102,41 

Minério de ferro: feriado na China, sem negociação no porto de Qingdao.

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