Bancões americanos abrem temporada de balanços nos EUA

De olho nos resultados, Wall Street quer saber: a crise bancária finalmente terminou por lá?

Por Bruno Carbinatto, Camila Barros
Atualizado em 16 dez 2024, 15h39 - Publicado em 14 jul 2023, 08h15
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

O dia começa já, pela manhã, com uma turma de pesos-pesados da bolsa americana divulgando seus resultados do segundo trimestre do ano. Hoje saem os números do Citigroup, JP Morgan e Wells Fargo (além da gestora BlackRock). Na próxima terça-feira, Bank of America e Morgan Stanley seguem. Goldman Sachs fecha a sequência na quarta.

O combo dos balanços dos bancões vem para responder uma pergunta crucial: a crise bancária americana, que se desenhou a partir de março no país e causou uma turbulência nos mercados, finalmente ficou para trás? Investidores e analistas ainda esperam alguns estilhaços do estresse nos números das empresas, embora numa magnitude pequena. Vale lembrar que, depois dos bancões, os bancos médios e regionais começam a divulgar seus balanços na semana que vem. Eles são mais vulneráveis às consequências da crise.

Além dessa questão, o mercado vai olhar de perto os balanços dos bancões – que, inclusive, abrem a temporada de resultados do segundo tri – para saber em que pé as empresas andam num cenário de juros altos e, potencialmente, recessivo. 

Nos últimos dias, Wall Street engatou uma postura otimista, principalmente após dados de inflação (CPI, inflação ao consumidor, e PPI, ao produtor) mostrarem desaceleração na alta dos preços, sinal de que o remédio do Fed – alta dos juros – está finalmente funcionando e o tratamento poderá acabar em breve. A questão é que todo remédio tem efeito colateral, e agora investidores poderão ver, na prática, o tamanho dele nos resultados das empresas.

Por isso mesmo todo aquele bom humor foi moderado hoje, enquanto investidores esperam os bancões. Futuros americanos andam de lado (veja abaixo).

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Além disso, há um descompasso entre Wall Street e o Fed. Nessa onda otimista, muitos investidores começaram a prever que bastaria só mais um aumento nos juros americanos, algo já encomendado para este mês, e o ciclo de aperto monetário chegaria ao fim. Isso porque os dados são claros ao mostrar que a inflação está caindo e voltando ao controle.

Mas o banco central americano tem se mostrado mais hawkish que isso, ou seja, indicado que provavelmente outros aumentos virão. Alguns membros do órgão, inclusive, chegaram a afirmar com todas letras que veem a necessidade de mais dois aumentos de 0,25 p.p. na taxa. Às vezes Wall Street ouve, outras vezes se faz de surda, a depender do humor que predomina no mercado.

Por aqui, o foco está no dado de vendas no varejo em maio, que saí às 9h, e na agenda política, com temas sobre a Reforma Tributária – especialmente a alíquota padrão do IVA, que ainda não foi definida – e o Desenrola, que deve começar a renegociar dívidas já na segunda-feira.

Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,02%

Futuros Nasdaq: -0,07%

Futuros Dow Jones: 0,18%

*às 7h50

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Dólar em queda? 

Grandes fundos americanos estão apostando que o dólar entrará em forte trajetória de queda, o que deve ajudar a colocar outras moedas em evidência – entre elas as de países emergentes, como o real brasileiro. É que, com dados econômicos indicando desaceleração na economia, o mercado vem apostando que o ciclo de alta de juros dos EUA terá seu fim em breve. Logo, os títulos de dívida do país (comprados em dólar) perdem força, e a demanda pela moeda americana diminui. 

Em entrevista à Bloomberg, Brad Gibson, da AllianceBernstein, disse acreditar que o dólar já atingiu seu pico, e que outras moedas podem ter desempenho melhor a partir da segunda metade de 2023. Um relatório recente da UBS Asset Management interpreta o mesmo. 

O DXY, índice que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, alcançou seu último pico em setembro de 2022. De lá começou a cair – mas voltou a subir no começo deste ano, quando o mercado interpretou que a alta de juros duraria mais do que o esperado. Agora, voltou a cair: em um mês, -3%.

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h IBGE divulga vendas no varejo em maio

17h00 Secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, participa de live da Bradesco Asset

Europa

  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,24% 
  • Londres (FTSE 100): 0,23%
  • Frankfurt (Dax): -0,23%
  • Paris (CAC):  0,28%
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*às 8h02

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,02%
  • Hong Kong (Hang Seng): 0,33%
  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,09%
Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Brent: -0,18% , a US$ 81,21
  • Minério de ferro: 2,54% a US$ 118,94 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 7h45

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Barbie vai ao cinema 

A Barbie é responsável por um terço das vendas anuais de sua fabricante, a Mattel – que também é dona de franquias tipo os carrinhos Hot Wheels, o dinossauro Barney e o jogo Uno. Antes líder do mercado de brinquedos, a empresa passou a registrar queda nas vendas e perdeu seu pódio para a Hasbro em 2016. De lá para cá, suas ações caíram quase 40%. 

Dois anos depois, ela instituiu uma nova estratégia para combater a perda de receita: bater nas portas dos estúdios de Hollywood, vendendo direitos autorais a rodo. O primeiro fruto dessa nova tática chega aos cinemas no dia 21 de julho. Com um orçamento de US$ 100 milhões, o filme da Barbie pode ser decisivo para o desempenho dos negócios da Mattel. A Bloomberg conta essa história aqui

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