Continua após publicidade

Balanços de gigantes dos EUA ditam o ritmo dos mercados

Johnson & Johnson reduz projeção de lucro para 2022; Goldman Sachs, United Airlines e Netflix também divulgam seus resultados no terceiro trimestre deste ano.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2022, 08h51 - Publicado em 18 out 2022, 08h30

Bom dia! 

Os balanços das grandes companhias americanas seguem ditando o rumo dos mercados nesta terça-feira.

Logo cedo, a Johnson & Johnson deu início aos trabalhos. A farmacêutica teve uma melhora acima do esperado no seu lucro líquido, de US$ 3,67 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 4,46 bilhões no mesmo período deste ano.

Mas nem tudo são flores, com o dólar mais forte, a companhia prevê menos vendas neste ano. De julho a setembro, a Johnson estima que as vendas internacionais caíram 6,2% devido ao impacto do câmbio. 

Assim, a estimativa de receita para 2022 foi reduzida do intervalo de US$ 93,3 bilhões a US$ 94,3 bilhões para o intervalo de US$ 93 bilhões a US$ 93,5 bilhões em 2022 (sem contar as vacinas contra a Covid-19). Já a margem do lucro prevista por ação foi reduzida para a faixa de US$ 10 a US$ 10,10 para US$ 10,02 a US$ 10,07.

Antes da abertura da bolsa, também saem os números de Goldman Sachs e United Airlines. Após o fechamento do mercado, a Netflix traz seus resultados no terceiro trimestre deste ano.

Continua após a publicidade

Até agora, os balanços de bancos vieram mistos. Alguns vieram melhor que a expectativa, como Bank of America (BofA), e outros, como Wells Fargo, ficaram abaixo do projetado. 

Os gigantes JPMorgan e Morgan Stanley não fugiram muito do esperado, mas essa não é uma notícia tão boa assim. Ambos tiveram quedas no lucro líquido, de 17% (para US$ 9,7 bilhões) e 30% (para US$ 2,49 bilhões), respectivamente.

A expectativa para os números desta terça parece ser boa. Os índices futuros americanos sobem mais de 1%.

Que assim seja!

Compartilhe essa matéria via:
humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 1,35%

Continua após a publicidade

Futuros Dow: 1,13%

Futuros Nasdaq: 1,57%

às 8h09

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,98%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,05%

Continua após a publicidade

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,19%

Bolsa de Paris (CAC): 0,68%

*às 7h51

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,21%

Continua após a publicidade

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,42%

Hong Kong (Hang Seng): 1,82%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: -0,04%, a US$ 91,58

Minério de ferro: 1,04%, a US$ 92,70 por tonelada em Singapura

*às 8h08

Continua após a publicidade
market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

MRV queima caixa e despenca na bolsa

Depois do fechamento do mercado na última sexta-feira, a construtora mineira MRV divulgou sua prévia operacional para o terceiro trimestre. Os resultados decepcionaram: as vendas líquidas fecharam em R$ 1,464 bilhão – queda de 43,8% em relação ao trimestre anterior e 27,3% abaixo do registrado um ano antes. Os lançamentos de imóveis caíram 13,6% na comparação anual, para R$ 1,8 bilhão. Além disso, a companhia registrou queima de caixa recorde em todas as unidades de negócio – com destaque para a Resia, braço do grupo que opera nos EUA. A queima total no terceiro trimestre foi de R$ 1,2 bilhão, aumento de quase 250% em relação aos R$ 343 milhões do trimestre anterior. 

Depois do resultado, o Itaú BBA rebaixou a recomendação dos papéis da companhia para neutra, e reduziu o preço-alvo de R$ 15 para R$ 12. No pregão de ontem, as ações MRVE3 despencaram 11,42%, para R$ 9,31. 

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Gamers contra os NFTs

Lá pela metade de 2021, o boom de popularidade dos NFTs deixou muita gente achando que aquele era o começo de uma revolução digital. E o mundo dos games parecia terreno fértil para isso: além da comunidade gamer já fantasiar sobre Web3 e realidade virtual há décadas, ela também tem um histórico de pagar por regalias dentro dos jogos (como progredir mais rápido ou desbloquear recursos). Mas, um ano e meio depois, fica claro que os jogadores rejeitaram a premissa dos tokens. Eles travaram uma guerra de opinião pública online contra a indústria e boicotaram tentativas de inserir NFTs nos ecossistemas dos jogos. A Bloomberg conta essa história – e o que ela pode dizer sobre o mercado de NFTs como um todo – aqui

A crise econômica por trás manifestações no Irã

No dia 13 de setembro, a jovem iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida pela polícia da moralidade do Irã por não cobrir direito a cabeça com o hijab. Três dias depois, ela foi encontrada morta. Esse foi o estopim para a onda de manifestações que tomou o país há um mês, contra a repressão política do Estado. Mas a tensão social também é econômica: há mais de uma década, o Irã está praticamente estagnado economicamente, e os iranianos veem o poder de compra, índices de emprego e valor da moeda local caírem ano a ano. A BBC explica a crise econômica iraniana em 6 tópicos.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

EUA, 10h15: produção industrial de setembro

EUA,11h: índice de confiança das construtoras de outubro

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

EUA, antes da abertura do mercado: Goldman Sachs, Johnson & Johnson e United Airlines.

EUA, após o fechamento do mercado: Netflix

Publicidade