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Está aberta (para valer) a temporada de balanços nos EUA

Resultados de empresas americanas no terceiro trimestre são o foco do mercado nesta sexta.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 14 out 2022, 08h44 - Publicado em 14 out 2022, 08h43

Parece que mal saímos dos resultados das companhias no segundo trimestre e já entramos em um novo ciclo de numeralhas corporativas que dizem mais sobre a economia global que muitos indicadores por aí. 

Desde segunda, empresas americanas estão publicando sua contabilidade do terceiro trimestre. Nesta sexta, é a vez de bancões dos Estados Unidos, ou seja, os peixes grandes. 

A expectativa não é das melhores. Se espera que o setor bancário tenha a maior queda de lucro dentre todos os setores do S&P 500, de acordo com a Bloomberg.

JPMorgan foi o primeiro a compartilhar seus números. E eles não vieram tão ruins assim. A receita subiu 10% na comparação anual para US$ 32,72 bilhões, acima do esperado. O lucro caiu apenas 17%, menos do que o esperado, para US$ 9,74 bilhões. Uma parte da queda se explica pelo banco ter reservado US$ 808 milhões para possíveis perdas com caloteiros (provisão de crédito, na linguagem da Faria Lima).

Já o Wells Fargo teve um lucro abaixo do esperado, de US$ 3,53 bilhões, uma queda de 31% em relação a 2021. A receita, porém, veio melhor que o projetado: US$ 19,51 bilhões, alta de 4%.

Citigroup e Morgan Stanley prestam contas aos acionistas logo mais, antes da abertura das bolsas americanas.

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Outra que divulgou dados nesta sexta foi a UnitedHealth, empresa de planos de saúde que inclui a Amil. Ela teve lucro (US$ 5,26 bilhões) e receita (US$ 80,89 bilhões) melhores que o esperado e maiores que o mesmo período de 2021. 

Ainda nos EUA, mais um dado pode balançar os mercados. Ainda pela manhã, o governo divulga o volume de vendas no varejo de setembro. A expectativa é de uma desaceleração (0,2%) na comparação com agosto (0,3%).

Brasil

Por aqui, o destaque é a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto. Segundo a Refinitiv, o setor deve ter crescido 0,2% na comparação mensal e 6,9% na anual. 

Os dados do IBGE podem representar uma desaceleração da economia. Em julho, o setor cresceu 1,1% ante junho e 6,3% na comparação com o mesmo período de 2021.

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Bom, pelo menos, já é sexta! Bom fim de semana!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,44%

Futuros Dow: 0,60%

Futuros Nasdaq: 0,24% 

às 8h25

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Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,70%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,12%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,44%

Bolsa de Paris (CAC): 1,80%

*às 8h21

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Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 2,39%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 3,25%

Hong Kong (Hang Seng): 1,21%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: -1,21%, a US$ 93,43

Minério de ferro: 2,09%, a US$ 93,80 em Singapura

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*às 8h32

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Latam vai sair da recuperação judicial 

A Latam anunciou que vai finalizar o processo de recuperação na primeira semana de novembro. A empresa chilena de aviação entrou com o pedido de recuperação em 2020, quando a pandemia praticamente paralisou o tráfego aéreo. O processo de reestruturação durou mais de dois anos. Agora, em anúncio enviado ao mercado nesta semana, a empresa afirmou que reduziu sua dívida de US$ 11 bilhões para US$ 7 bilhões.

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

“Vender mais para salvar o mundo”

Foram mais de dois anos repetindo que ESG viraria a regra para as empresas. A ideia de que não bastaria apenas lucrar, seria preciso ter um propósito sócio-ambiental bem traçado. No Walmart, eles não pensam assim: eles costumam dizer, em tom jocoso, “venda mais coisas, salve o planeta” – ideia que se tornou popular entre americanos republicanos, que acham que o discurso ambientalista foi longe demais. Aqui, o Financial Times como o Walmart tem lidado com apoiadores e críticos. 

La Niña encarece o café da manhã

O preço da manteiga subiu 23,5% em 12 meses até setembro. Dá mais de três vezes o IPCA do período, que marcou alta de 7,17%. Tem a ver com a guerra na Ucrânia, que fez os preços de commodities como milho e soja, bases das rações bovina, dispararem – aí o alta se espalhou por toda a cadeia produtiva. Mas não é só isso. A culpa também é do La Niña, fenômeno climático que resfria a temperatura do Oceano Pacífico de 3°C a 5°C. O que água do mar mais fria tem a ver com o seu café da manhã mais caro? O Estadão explica aqui. 

Agenda

Brasil, 9h: volume de serviços em agosto

EUA, 9h30: vendas no varejo de setembro

Brasil, 17h: Paulo Guedes concede coletiva na sede da embaixada do Brasil em Washington

Brasil, 18h: nova pesquisa Datafolha para presidente

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Antes da abertura do mercado: Citigroup e Morgan Stanley

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