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Acabou o gás, mas não faz mal – ou faz?

Rússia corta fornecimento para Polônia e Bulgária e Europa busca alternativas, mas ninguém no mundo se dispôs a aumentar a produção para barrar Putin.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 18 out 2024, 14h18 - Publicado em 27 abr 2022, 08h04
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A Rússia anunciou o corte de fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária, após os países se recusarem a pagar em rublos pelo combustível. O governo de Vladimir Putin tenta receber pagamentos em moeda local após bloqueios financeiro impostos pelo Ocidente ao país, uma retaliação contra a guerra na Ucrânia, que já dura dois meses.

A retaliação chegou a levar a uma alta de mais de 23% nos preços dos gás durante a madrugada. 

O problema não está na Polônia e nem na Bulgária. O risco é de Putin mandar cortar o fornecimento de outros países da Europa, como a Alemanha. O Banco Central alemão estimou que um embargo energético ao combustível russo custaria € 165 bilhões ao país somente em 2022 – e uma queda de 5% no PIB. O mesmo valeria caso Putin decidisse fechar a torneira dos gasodutos, claro. A Alemanha é a maior economia do bloco europeu.

E não há sinais de que a demanda europeia seria suprida pelo resto do globo. Nos Estados Unidos, a disparada do petróleo para acima de US$ 100 o barril não surtiu o efeito esperado de aumento de produção. Segundo uma reportagem do The New York Times, investidores e empresas simplesmente não acreditam que esse patamar se manterá no longo prazo. Decidiram continuar extraindo a mesma quantidade de combustível do subsolo e lucrar mais com isso. 

No primeiro trimestre, o mercado financeiro projetava que o barril iria a US$ 150 ainda neste ano. Depois de beirar os US$ 130, a cotação cedeu de volta para os US$ 100, em parte pelos lockdowns na China.   

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Nesta quarta, o barril do tipo Brent sobe modestos 0,49% e as bolsas europeias ganham também ao redor de 0,50%, enquanto os futuros americanos aceleram. O sinal de crise está na queda do euro em relação ao dólar. A moeda comum opera no menor patamar desde 2017.

Só não se empolgue. A disparada do dólar de volta a R$ 5 torna essa queda do euro imperceptível para quem ganha dinheiro em reais.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,91%

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Futuros Nasdaq: 0,90%

Futuros Dow: 1,06%

*às 8h01

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,64%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,81%

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Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,54%

Bolsa de Paris (CAC): 0,88%

*às 7h53

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 2,94%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,17%

Hong Kong (Hang Seng): 0,06%

Commodities

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Brent*: 0,49%, a US$ 105,50

Minério de ferro: 1,43%, a US$ 141,05 por tonelada em Cingapura

*às 7h54

Agenda

9h IBGE divulga IPCA-15 de abril, que serve como prévia da inflação oficial

12h Banco Central divulga fluxo cambial de março

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13h Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursa em evento na Alemanha

market facts

Assim não, Elon

A compra do Twitter ainda não saiu formalmente. E o documento que a empresa enviou à SEC (a comissão de valores mobiliários dos EUA) mostra que Elon Musk ainda pode desistir do acordo. Pelo contrato, a multa para não levar a rede social é de US$ 1 bilhão. O valor representa 2,27% do total do negócio (de US$ 44 bi). Segundo fontes ouvidas pelo Financial Times, menos da metade do que pagam fundos de private equity para desistir de acordos de aquisição.

Vale a pena ler:

Duck u, iPhone

O The Wall Street Journal investigou porque temos a sensação de que o autocorretor do iPhone parece estar emburrecendo, coloca e erros e troca palavras à revelia. Em texto e vídeo (com direito a patos).

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WEG e Boeing divulgam resultados antes da abertura do mercado. Vale, Meta e Ford publicam seus números no final do dia.

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