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O Ibovespa caiu ou apenas sextou?

Índice termina terceira semana consecutiva em alta e espera divulgação de resultados dos bancos

Por Tássia Kastner
Atualizado em 17 out 2024, 10h39 - Publicado em 23 out 2020, 19h42
Cape Province, Republic of South Africa (Newton Daly/Getty Images)
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Depois de quatro dias consecutivos de alta, a bolsa brasileira fechou essa sexta-feira em queda. É o tipo de baixa que o mercado financeiro até gosta. A gente explica.

O Ibovespa vinha há semanas remando para recuperar os 100 mil pontos perdidos em setembro, quando o mercado vivia uma crise de ansiedade com o governo e temia o descontrole nas contas públicas.

De tanto lutar, ele conseguiu recuperar a marca na terça-feira. E desde então, continuou subindo um pouquinho todo dia.

Depois de dias seguidos vendo o dinheiro dar uma engordadinha, o investidor pensa: “boa! hora de colocar um dinheiro no bolso”. E aí o mercado cai.

Esse momento é típico também das sextas-feiras. Acontece porque a bolsa, por óbvio, passa dois dias fechada enquanto o mundo continua girando e com potencial de desastres que podem afetar investimentos. Não custa lembrar que foi no meio do Carnaval que investidores se deram conta da gravidade da crise do coronavírus.

Por isso, depois de uma sequência de altas, nada melhor que garantir o lucro.

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O Ibov caiu 0,65%, a 101.259 pontos. Na semana, porém, fechou em alta de 3%. Essa é, a propósito, a terceira semana seguida de alta do índice, o que não ocorria desde os meses de junho e julho.

A ajuda veio dos bancos, o setor que foi a grande geni da pandemia. Se o Ibovespa acumula queda de 12% no ano, as ações do segmento financeiro ainda acumulam perdas na casa dos 20%.

Aí durante essa semana analistas e investidores começaram a considerar que poderiam ter exagerado na dose. E ajustam suas posições para o início da divulgação de resultados do terceiro trimestre: agora, a percepção é de que os números devem mostrar que o pior já ficou para trás.

O Bradesco BBI divulgou um relatório apontando uma expectativa de redução, pela primeira vez no ano, nas reservas para cobrir possíveis calotes. Foram essas reservas — e não a inadimplência em si — que afetaram os lucros até aqui.

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Para o BBI, o Santander deve apresentar o melhor conjunto de indicadores, com lucro líquido de R$ 3,6 bilhões, alta de 70% na comparação com o segundo trimestre (que tinha sido de queda). O banco é justamente o primeiro a detalhar seus resultados, já na terça-feira (27).

Talvez o melhor mesmo seja sextar e esperar as emoções da próxima semana. Bom descanso.

 

Maiores altas

Braskem: 4,35%
Embraer: 3,96%
CSN: 2,63%
Hering: 2,55%
Ambev: 2,36%

Maiores quedas

Petro Rio: -3,66%
Marfrig: -3,43%
JBS: -3,31%
Notre Dame Intermédica: -3,15%
CCR: -2,90%

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Bolsas de Nova York

S&P 500:  3.465,39 (+0,34%)
Dow Jones: 28.335,57  (-0,10%)
Nasdaq: 11.548,28 (+0,37%)

Petróleo

WTI: US$ 39,85 (-1,94%)
Brent: US$ 41,77 (-1,63%)

Dólar
R$ 5,6295 (+0,63%)

 

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