“Parece impossível”: atriz Fiorella Mattheis criou uma startup no meio da pandemia
Atriz Fiorella Mattheis fala sobre sua nova carreira empreendedora com a Gringa, brechó online de marcas de luxo.
Começar um negócio próprio em meio a uma pandemia do novo coronavírus não estava nos planos da atriz Fiorella Mattheis. Quando a quarentena foi decretada, o escritório da startup Gringa havia sido inaugurado há cinco dias. Espécie de brechó de luxo, a empresa, ainda estava na fase inicial de investimentos e tinha pela frente uma série de trâmites burocráticos já que CNPJ havia. Naquele momento, tudo pareceu quase impossível de acontecer, diz.
Cinco meses depois, Fiorella, que além de atriz também é apresentadora, já consegue ver o lado bom de ter enfrentado esse desafio logo no seu começo de carreira como empreendedora. Nascer em meio ao caos teve lá suas vantagens para a plataforma de comércio de artigos de marcas como Louis Vuitton, Channel, Prada, Balenciaga, entre outras, segundo ela.
Tendência antes da pandemia, o segmento de moda circular cresce mais rápido do que o da venda tradicional, segundo pesquisa divulgada pela plataforma ThredUp, o maior brechó online de luxo. A estimativa é que o mercado movimente anualmente até 64 bilhões de dólares até 2029. Segundo o levantamento, é também provável que em cinco anos o mercado de segunda mão ultrapasse o tradicional.
Nos últimos meses, com muita gente em casa, repensando o consumo, precisando de dinheiro e revendo armários abarrotados de peças sem uso o e-commerce de moda se fortaleceu. Uma das estratégias da Gringa é justamente em oferecer uma boa experiência de compra e venda online .Redes sociais, WhatsApp e site são os canais de atendimento oferecidos.
A VOCÊ S/A, Fiorellla, que começou a pensar num projeto de de moda sustentável em 2018, diz que a nova carreira é um sonho que se transforma em realidade:
Qual o principal desafio da carreira de empreendedora?
Desafios são todos os dias, empreender é saber que você vai fazer muito mais do que seu cargo. Vai lidar diariamente com problemas, muito trabalho e pouca mão de obra. Mas tem recompensa! No final da semana, ver o crescimento, evolução e melhorias vale muito a pena! É ver um sonho se tornando realidade. Algo que depende muitos dos seus esforços para dar certo.
O empreendedorismo feminino é mais difícil?
Acredito que estamos conquistando nosso lugar no campo de trabalho e tanto as empresas quanto sociedade estão compreendendo o quanto isso é importante e o quanto somos sim capazes. Muitos fundos hoje só investem em empresas que tenham mulheres no board e percentual significativo dos funcionários. Já é uma evolução e precisamos disso.
Quais os principais impactos de empreender durante a pandemia:
Sem dúvida dificulta muito. Menos dinheiro circulando, equipes remotas e todo o desafio inicial tanto da parte burocrática quanto de investimentos parece ser quase impossível. Por outro lado, nos deixa com mais pé chão, quem nasce em meio ao caos, já vivendo esse novo jeito de fazer negócio sofre menos com as adaptações, diferente de empresas grandes e consolidadas.
Qual o legado da incerteza do momento atual?
O empreendedor tem que ter pé no chão, escolher muito bem onde vai investir tempo e dinheiro. Uma equipe eficaz e enxuta nesse momento e manter sua empresa girando e saudável é essencial.
Quais dicas você daria para quem quer começar um negócio próprio?
Encontre sócios complementares a você. Busque por um time engajado e a fim de fazer o seu negócio acontecer.
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