Conheça a franquia de limpeza de sofá que ensaia passos no exterior
Três perguntas para Eduardo Tafa, da Sofá Novo de Novo
Ele tinha 18 anos quando decidiu empreender. E não foi como um startupeiro. O foco de Eduardo Tafa era achar algo de que gostasse e permitisse escapar da trajetória do pai, que o pressionava para seguir seus passos e fazer carreira em uma multinacional.
Pegou o dinheiro que tinha poupado para comprar um carro e adquiriu 30% de participação numa empresa especializada em limpeza de sofás. Isso foi em 2009. Em 2015, virou o único dono. Mas aí veio a recessão econômica e o negócio quebrou.
Foi se reerguendo que Eduardo criou a Sofá Novo de Novo, e transformou-a numa bem-sucedida rede de franquias, que começa a dar seus primeiros passos no exterior.
1. Como começou a Sofá?
Desde os 19 anos, comecei a tocar a empresa. Fazia cursos técnicos em mecânica industrial, mas não me via trabalhando nisso. Não tenho empreendedores na família. O pai de um amigo tinha um negócio de impermeabilização de sofás. Olhei, gostei e investi. Era o dinheiro de um carro.
Só que em 2015 eu tomei decisões erradas. Eu comprei o negócio completo, fiquei quatro meses administrando sozinho. Na época, era a crise do Brasil e acabei sendo prejudicado pelo mercado. E quebrei.
Passei seis meses reestruturando o negócio. Em 2018, consegui acertar o modelo e tive um boom.
2. Como surgiu o plano de montar uma rede de franquias?
Fiz uma mentoria e a sugestão foi de que eu fizesse a rede de franquias. Montamos o plano e começamos a vender em maio de 2020. Já são 138 franqueados e vendemos no exterior também, para brasileiros que moram fora. Agora estamos vendo como fazer os treinamentos [dos colaboradores de fora] e enviar os equipamentos e produtos para o exterior.
3. A crise de 2015, época em que o negócio não deu certo, é parecida com a de hoje: inflação de dois dígitos e desemprego alto. Por que agora é diferente?
As pessoas estão tomando mais cuidado com higienização. Virou serviço essencial. E quem contrata é o público A e B, que não perdeu poder de compra.