Saiba quem mais se beneficiou com o aquecimento do mercado de trabalho, segundo o FGV-Ibre
Entre os gêneros e faixas etárias estudados, as mulheres e trabalhadores com mais de 40 anos foram os que mais sentiram a melhora. Confira.
O
ano é 2024 e o mercado de trabalho está quente. Ou melhor, fervendo. Na divulgação mais recente da Pnad Contínua Mensal pelo IBGE (em 27 de setembro), a taxa de desemprego estava em 6,6%, menor número da série histórica, coletada desde 2012.
Vamos ver quem, segundo um levantamento do FGV-Ibre, se deu melhor no bom desempenho do mercado de trabalho.
Elas dominam
O saldo de empregos formais aumentou para homens e mulheres, mas o avanço para elasfoi maior. Houve um aumento de 45,18% na ocupação de mulheres nos empregos criados, contra um aumento de 10,1% na de homens.
O levantamento leva em consideração os primeiros oito meses do ano, e usou as métricas de gênero e idade.
A progressão no saldo de empregos feminino reduziu a desigualdade no saldo total. No mesmo período do ano passado, 60,4% do saldo de empregos criados no Brasil foram ocupados por homens e 39,6% por mulheres. Olhos nos dados deste ano: a participação das mulheres no saldo total subiu para 46,4%.
Houve uma forte absorção feminina sobretudo em duas ocupações mensuradas pelo Ibre. São elas “vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”.
Faixa etária
A análise do FGV-Ibre aponta crescimento nos saldos de todas as faixas etárias. A expansão mais notável, entretanto, ficou entre os mais velhos.
Na faixa dos 40 anos, o saldo viu uma alta de 116,71%, passando de 65.869 em 2023 para 142.747 em 2024. Aqueles entre 30 e 39 anos também viram vantagens na situação, assistindo a um crescimento de 60,19% no saldo de empregos criados.
Os mais novos ficaram na lanterna. O saldo aumentou 13,50% para aqueles com 17 anos ou menos e 12,03% na faixa de 18 a 24 anos.