Você é sábio? Estudo revela traços de quem passa essa impressão

Capacidade de aplicar conhecimentos e consideração pelos sentimentos do próximo podem fazer você parecer inteligente para os outros.

Por Leo Caparroz
4 dez 2024, 17h00
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 (Luis Alvarez/Getty Images)
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“Inteligência é saber que tomate é uma fruta. Sabedoria é saber que você não coloca um tomate na salada de frutas”. Esse é uma espécie de ditado que diferencia uma pessoa sábia de uma pessoa inteligente. A sabedoria é uma característica desejável e que é muitas vezes esperada de líderes e funcionários importantes.

O que exatamente torna uma pessoa sábia? Ou melhor: o que faz alguém parecer sábio? Foi exatamente isso que um grupo de cientistas da Universidade de Waterloo se dispôs a estudar. Eles analisaram as percepções de sabedoria em 12 países e 5 continentes, tentando identificar pontos em comum. O resultado de sua pesquisa foi publicado no periódico científico Nature Communications.

Segundo o estudo, a percepção de sabedoria está diretamente associada à capacidade de aplicar conhecimentos e lógica em uma situação e a consideração pelos sentimentos e percepções dos outros.

Metodologia e resultados

Os pesquisadores examinaram os princípios escondidos que orientam que parecem nos dizer que alguém é sábio. Mesmo em diferentes culturas, os julgamentos dos participantes convergiram em dois campos, que os pesquisadores chamaram de “orientação reflexiva” e “consciência socioemocional”.

A orientação reflexiva inclui características como pensamento lógico, controle de emoções e aplicação do conhecimento. Já a consciência socioemocional inclui características como cuidado com os sentimentos dos outros e atenção ao contexto social.

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“Para nossa surpresa, as duas dimensões surgiram em todas as regiões culturais que estudamos, e ambas foram associadas à atribuição explícita de sabedoria”, disse o Dr. Maksim Rudnev, principal autor do estudo.

O estudo envolveu 2707 participantes de 16 grupos socioeconômicos e culturais diversos. Eles deveriam comparar como 10 indivíduos agiam, entre cientistas, políticos, professores e outros, no contexto de uma decisão difícil, em um cenário da vida real sem uma resposta certa ou errada clara.

Depois, os participantes classificaram o grau de sabedoria desses indivíduos e deles próprios. Os dados foram analisados ​​para identificar dimensões subjacentes que governam as percepções de sabedoria entre indivíduos e entre grupos.

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Os pesquisadores mostram como as pessoas ao redor do mundo podem julgar, apoiar e confiar em líderes, educadores, chefes e outros em posições de influência. Um exemplo é como as pessoas veem o ex-presidente dos EUA Donald Trump e o atual presidente Joe Biden.

“Entender as percepções de sabedoria ao redor do mundo tem implicações para liderança, educação e comunicação intercultural. É o primeiro passo para entender princípios universais em como outros percebem pessoas de sabedoria em diferentes contextos”, afirma Rudnev.

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