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Perguntas & Respostas

Vale mesmo a pena publicar no LinkedIn?

Sim. Mas depende do conteúdo – e do seu objetivo de carreira. Vamos entender.

Por Sofia Kercher
23 jul 2024, 16h00
Mesa branca com um telefone, computador e susuclenta em cima
 (Inlytics/Unsplash)
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E

xistem algumas formas de analisarmos a questão. A primeira delas é pelo viés lógico: em novembro do ano passado, a rede azulzinha bateu 1 bilhão de usuários, com cerca de 300 milhões deles ativos mensalmente, segundo a própria. Para referência: existe mais gente ativa por lá hoje do que gente morando na Indonésia – um dos países mais populosos do mundo (280 mi). 

Trocando em miúdos: é muita coisa. E o LinkedIn já deixou claro mais de uma vez (inclusive em entrevista com a própria Você S/A, que você pode conferir aqui) que valoriza usuários ativos – isso é, aqueles que interagem com publicações da plataforma e produzem seus próprios conteúdos. No começo do ano, eles fizeram algumas modificações pensando justamente nisso, extinguindo o modo creator e disponibilizando essas ferramentas para todas as contas e usuários. 

Sim, sabemos: pode parecer um papo meio redes sociais for dummies. É claro que o LinkedIn valorizaria usuários ativos – o mesmo acontece com o Instagram, Facebook, Twitter e por aí vai. Os usuários que têm um comportamento mais mosquinha na parede, só observando as publicações e discussões, não terão suas páginas impulsionadas pelas plataformas. Consequentemente, sua visibilidade para outras pessoas – nesse caso, recrutadores, clientes e colegas de trabalho – será limitada. Complicado.

Olhando por esse lado, claro, publicar parece tiro certeiro. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que quem posta o tempo todo terá um reconhecimento positivo e maior empregabilidade. Aí, querido leitor, entramos na parcela “depende” da resposta.

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A quantidade é importante – Rafael Kato, head de Editorial do LinkedIn na América Latina e Espanha, recomenda, ao menos, 2 a 3 publicações por semana – mas a qualidade também. Não adianta postar só para manter sua rede atualizada, dando opiniões sobre assuntos em alta dos quais você pode não entender completamente. É terreno perigoso, que pode te queimar e fazer com que você perca negócios ou oportunidades de emprego. Também complicado.

Por isso, aqui está um Breve Guia VCSA de Boas Práticas no LinkedIn:

  • Priorize assuntos que você domina, dentro de seu escopo de atuação profissional. Se você é formado em marketing, por exemplo, pode escolher uma peça publicitária que viralizou e explicar as estratégias da marca para atrair o consumidor. Dessa forma, você aproveita o gancho do assunto, que está em alta, e ainda se consolida como autoridade no tema. Ótimo.
  • Fale sobre suas conquistas e desafios profissionais – mas com parcimônia. A rede não é conhecida pela sua positividade tóxica à toa. De um lado, só falar sobre as coisas boas de sua trajetória pode saturar  ̶e̶ ̶i̶r̶r̶i̶t̶a̶r̶  seus seguidores. Do outro, só escrever desabafos também pode consolidar sua imagem como pouco-resiliente, o que não pega bem para possíveis oportunidades de trampo. É uma linha tênue: ande nela com cautela. Abusar dos dois lados pode fazer com que você perca conexões e engajamento, trazendo o efeito contrário ao desejado. 
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  • Explore diferentes formatos de publicação. As plataformas valorizam conteúdos multimidiáticos: caso se sinta confortável e entenda o básico sobre edição, pode testar pequenos vídeos, à lá Reels, TikToks e afins. Agora, se preferir escrever, lembre-se: 
  • Fique atento aos indicadores de engajamento. Eles podem dar uma mão para você selecionar com mais clareza suas próximas publicações, e ver o que funciona (ou não) para sua rede.
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No mais, essas publicações demandam tempo. Em um mundo onde a maior parte de nós tem uma batelada de redes sociais para manter, você precisa avaliar dentro da sua rotina e dos seus objetivos de carreira se tirar aquele tempo diário para escrever publicações vale mais a pena do que usar esse tempo para outras coisas relacionadas ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Às vezes, essa horinha do dia será mais bem-direcionada a fazer cursos, assistir palestras, ver filmes e ler livros – e, de quebra, dar uma reduzida no seu tempo de tela. Acima de tudo, lembre-se: viver primeiro, postar no LinkedIn depois.

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