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O que é e para que serve o Ebitda?

É uma métrica que, no papel, dá uma noção mais nítida da saúde da empresa do que o lucro. Mas nem todo mundo gosta (Warren Buffet, inclusive, é contra).

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 6 mar 2023, 09h29 - Publicado em 10 fev 2023, 05h08
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 (Giovanna Borges/VOCÊ S/A)
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Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization – ganhos antes de juros pagos para credores, de impostos, e de dois fatores que vamos examinar mais adiante. E ele serve para dar uma ideia teoricamente mais nítida sobre a saúde operacional da empresa do que o lucro puro e simples.

Tipo: se a operação da companhia faz dinheiro, mas gasta boa parte dele com juros de dívidas, ela vai apresentar um lucro mirrado no balanço. Já o Ebitda, que também sai no balanço, mostra o seguinte: no futuro, se a empresa estiver devendo menos, ela provavelmente terá lucros mais robustos para apresentar.

A parte dos impostos segue a mesma lógica. Uma companhia que opere no Brasil pode apresentar um lucro menor do que outra do mesmo setor instalada num país com carga tributária mais leve – e só por causa dos impostos. O Ebitda, nesse caso, mostraria que a brasileira é tão eficiente quanto sua par gringa.

“Não compramos empresas nas quais há alguém falando sobre Ebitda.”

Warren Buffet
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Já o “depreciação” é um critério mais abstrato. Ele não envolve saída de dinheiro, mas a desvalorização dos bens da companhia. Esses bens podem ser máquinas. Quanto mais velha uma máquina fica, mais próxima está a data em que ela terá de ser substituída para que a produção continue – e esse evento causará um impacto no caixa.

Por uma questão de transparência, empresas de capital aberto são obrigadas a estimar em cada balanço o quanto suas máquinas (ou qualquer outro bem) perderam de valor no último trimestre. Então ela deduz esse valor do lucro trimestral. Em suma: se ela tiver máquinas mais novas, apresentará um lucro maior. Mas isso o Ebitda não mostra, já que leva em conta só o lucro operacional, sem essa dedução contábil.

A amortização, por fim, é irmã gêmea da depreciação. A diferença é que ela não envolve bens como maquinário, mas aqueles intangíveis. O exemplo mais nítido são patentes. Uma patente que leva 30 anos para expirar é algo mais valioso para uma companhia do que uma que vai perder a validade no ano que vem – e cair em domínio público. Os balanços trimestrais também devem deduzir do lucro esse tipo de depreciação. E isso o Ebitda também não mostra.

O Ebitda, então, é uma métrica melhor que o lucro em si? Para muita gente, não. Warren Buffett, por exemplo, entende que isso de fechar os olhos para a depreciação e a amortização passa uma ideia errada sobre a real saúde de uma empresa.

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