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O Grupo Boticário aposta na inclusão social em 2021

Conhecido por práticas sustentáveis, o Grupo Boticário agora quer focar no social e aumentar a proporção de negros entre os funcionários e na diretoria.

Por Monique Lima
Atualizado em 18 fev 2021, 15h52 - Publicado em 8 fev 2021, 06h00

Era 1977. Miguel Krigsner, um farmacêutico recém-formado, se instalava em um quartinho simples, numa rua de Curitiba, para abrir sua farmácia de manipulação. Mas nada de remédios e xaropes. O que ele preparava ali eram cosméticos: cremes à base de colágeno para a pele, de elastina para estrias, shampoos e banhos de algas marinhas. Essa foi a primeira loja O Boticário.

De lá para cá, a pequena farmácia de manipulação se tornou uma holding de beleza, o Grupo Boticário, que detém outras marcas de cosméticos: Eudora, Vult, Quem Disse Berenice?, Beauty Box, Multi B e o e-commerce Beleza na Web.

Não à toa, o grupo conquistou o posto de maior rede de franquias do Brasil em 2020, segundo classificação da Associação Brasileira de Franchising, com 3.806 pontos de venda, frente gigantes como McDonald’s (2.459 PdVs) e as lojas de conveniência AM/PM (2.377 PdVs).

Para cuidar de toda essa operação, são necessários mais de 12 mil colaboradores, que se dividem em 10% no setor administrativo e 90% nas fábricas e centros de distribuição. Além disso, a empresa estima que outras 40 mil pessoas estejam envolvidas no trabalho das franquias, presentes em 1.750 cidades do país.

Foco no S

O alinhamento com práticas sustentáveis sempre foi um diferencial do Grupo Boticário. A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza já tem 30 anos, e é por meio dela que eles mantêm áreas de preservação e reservas naturais e apoiam projetos de conservação da biodiversidade, entre outras
ações eco-friendly.

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Ou seja, a empresa é ESG desde muito antes de o conceito existir. A sigla é um reconhecimento a empresas que cuidam do meio ambiente (Environmental), buscam aprimorar a sociedade como um todo (Social) e têm bons mecanismos de controle internos (corporate Governance). E e G seguem sólidos no Boticário. A novidade agora é outra: trabalhar no S, na parte social.

Em 2020, o grupo aumentou em 54% a contratação de negros a partir de ações afirmativas. Os programas de estágio e trainee retiraram a exigência de inglês – já que a língua pode muito bem ser aprendida ao longo da carreira. Outra iniciativa foi o “Entrevistaço”, um recrutamento em massa de profissionais negros para vagas em aberto e também para o banco de talentos da empresa.

O objetivo é alcançar 25% de presença negra na diretoria até 2023. Para isso, lançaram um programa de mentoria voltado a funcionários pretos e pardos, e aprimoraram os programas de avaliação de desempenho.

Os profissionais portadores de deficiência também ganharam um programa de mentoria específico, com o mesmo objetivo: diversificar o núcleo executivo do grupo.

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Em relação à presença de mulheres em cargos de liderança, o patamar do Boticário já é bem acima da média: 56%. Na diretoria, 78%.

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(Arte/VOCÊ S/A)
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(Arte/VOCÊ S/A)
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