Multinacional japonesa adota licença parental de 20 semanas
Até o final do ano, a empresa planeja permitir a inclusão parceiros homoafetivos no plano de saúde. Confira esta e outras notas
A multinacional de tabaco e vaping Japan Tobacco International (JTI) disponibilizará para seus 1.000 funcionários uma licença parental sem diferenciação de gênero nem de orientação sexual. A política global, que entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2021, garantirá 20 semanas de afastamento remunerado para qualquer empregado que se torne pai ou mãe, seja por meio de gestação, adoção ou barriga solidária. “Em algumas regiões, entretanto, o benefício será implementado de forma gradual até 2023, levando em conta as legislações locais”, afirma Thiago Dotto, diretor de pessoas e cultura da companhia no Brasil. Há dois anos, a filial brasileira lançou o próprio comitê de diversidade e, desde então, desenvolve várias ações internamente. “Até o final do ano, será possível incluir parceiros homoafetivos no plano de saúde, por exemplo”, explica Thiago.
Depois da quarentena
A pandemia da covid-19 obrigou muitas empresas a aderir ao home office na marra. No entanto, de acordo com um levantamento da companhia de softwares Zoho, quase metade das organizações (49%) ainda não decidiu se os funcionários continuarão com a opção após o isolamento social. Segundo a pesquisa, realizada com 850 pessoas, 27% dos empregadores optaram por manter o teletrabalho, enquanto 17% vão retomar a rotina do escritório sem a possibilidade de trabalhar de casa. Além disso, 9% vão permitir o home office definitivamente e 8% vão adotar o trabalho a distância apenas em casos extremamente necessários.
A crise tem cor
Os empreendedores negros foram os que mais sofreram com a pandemia da covid-19. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que ouviu 7.403 donos de pequenas e médias empresas entre os dias 29 de maio e 2 de junho. De acordo com o levantamento, 70% dos negócios conduzidos por negros estão em municípios que tiveram fechamento parcial ou total dos estabelecimentos, ante 60% das empresas lideradas por brancos. A pesquisa apontou ainda que, entre os negros, a maior proporção (70%) é de microempreendedores individuais (MEI), em sua maioria mais jovens, mulheres e com menor nível de escolaridade em comparação aos brancos.
Por todas as mulheres
Do quadro de funcionários de 900 pessoas da empresa de tecnologia RSI, 40% são do gênero feminino. Diante disso, a companhia criou um canal de denúncia exclusivo para auxiliar as funcionárias que estejam passando por situações de violência doméstica ou assédio durante a quarentena. “Em janeiro, tivemos um caso de agressão que foi descoberto porque vimos as marcas no corpo da trabalhadora. Agora, com a equipe toda em home office, sentimos a necessidade de ter uma ferramenta para atuar remotamente”, afirma Mirian Amaral, diretora de gente e desenvolvimento da RSI. A denúncias são feitas pelo e-mail da empresa e acompanhadas pela equipe de recursos humanos, que aciona a assistência social ou a polícia. A ideia é que a ferramenta seja mantida, mesmo depois do isolamento social.
Para espantar a solidão
Por fazerem parte do grupo de risco para a covid-19, muitas pessoas acima dos 60 anos estão isoladas em instituições de longa permanência desde o início do distanciamento social. Pensando em contribuir para a socialização dos idosos, a Fundação Nestlé Brasil, em parceria com a ONG Velho Amigo, promoveu durante o mês de maio sessões de videoconferência e palestras sobre temas como lazer, nutrição, saúde e tecnologia para 61 residentes de asilos. Batizado de Café Virtual, a ação contou com a participação voluntária de 43 funcionários e a doação de 120 quilos de complemento nutricional. “Durante a pandemia, houve muitas ações para a saúde física, mas pensamos em oferecer algo para as questões social, emocional e psicológica”, afirma Rodrigo Mendes, gerente executivo de consumer care da Nestlé Health Science.