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Isto é o que elimina ou não um candidato em seleções de estágio e trainee

Quatro profissionais de RH toparam revelar o que empresas valorizam e o que não toleram em candidatos a estágio e trainee

Por Camila Pati
Atualizado em 3 mar 2020, 11h00 - Publicado em 3 mar 2020, 06h00

São Paulo – A vontade de aprender coisas novas foi essencial no desenvolvimento da carreira de Clarissa Schmidt, diretora de Gente e Gestão da Wiz, companhia de distribuição de seguros e produtos financeiros.

Ela que começou na empresa como trainee em 2014 na área de marketing atribui muito do seu crescimento profissional à humildade típica dos aprendizes. “O relacionamento com as demais áreas, buscando ser empática e colaborativa, sem dúvidas, fez a diferença para eu estar onde estou”, diz a executiva.

Busca por aprendizado também aparece como qualidade essencial para quem quer trabalhar na Tegra Incorporadora, segundo Camila Lombardi de Oliveira Machado, gerente geral de gente. “Sem essa característica, o jovem perderá a oportunidade de crescer e se desenvolver em qualquer situação e desafio que receber”, diz.

 Por outro lado, candidatos que não estão abertos a ouvir opiniões diferentes ou feedbacks não têm lugar na empresa, segundo ela. Capacidade de trabalho em equipe e atitude colaborativa, aliás, são características das mais procuradas em jovens candidatos em processos seletivos de estágio e de trainee.

A pedido de VOCÊ S/A, as executivas da Wiz, da Tegra e profissionais de RH da Votorantim e AES Tietê revelaram o que aumenta as chances de contratação e o que pode eliminar um jovem candidato de um processo seletivo de estágio ou trainee.

O que os recrutadores mais valorizam nos candidatos

Clarissa Schmidt, diretora de Gente e Gestão da Wiz: “Temos alguns valores muito importantes e que levamos a sério no nosso dia a dia e nas buscas por profissionais. São elas: colaboração, foco em resultados e busca constante por desenvolvimento. Acreditamos que tão importante como chegar no resultado é o caminho que leva até ele, e a jornada que traçamos na Wiz necessariamente passa por essas competências”.

Camila Lombardi de Oliveira Machado, gerente geral de gente da Tegra: “O candidato que deseja fazer parte do time da Tegra Incorporadora tem que ser íntegro e comprometido com a entrega, com os seus colegas e equipe, já que prezamos pelas boas relações, sempre com muito respeito.  Dentre as diversas soft skills, escolheria a busca por aprendizado. Sem ela, o jovem perderá a oportunidade de crescer e se desenvolver em qualquer situação e desafio que receber”, diz Camila.

Bruna Ancelmo, analista de atratividade e seleção da Votorantim: “Tem que gostar de desafio, já que é a principal característica oferecida pelo estágio da Votorantim. O programa é estruturado para incentivar o estudante a ter oportunidades de liderança de projetos, estimular a autonomia e para ter bastante espaço para o autoconhecimento. Nesse contexto, quando se trata de início de carreira, o interesse em ser protagonista da própria carreira é fundamental e isso é muito mais valioso do que skills técnicas”.

Rodrigo Porto, diretor de recursos humanos, gestão e serviços compartilhados da AES Tietê: “Trabalho em equipe, agilidade, espírito inovador e disponibilidade de trabalhar de forma colaborativa – que estão alinhadas com nosso propósito e também com as diretrizes e visão da empresa. Pois acreditamos que esses skills vão gerar valor para o candidato e para suprir as necessidades de nossos clientes que estão no centro de nossa estratégia”.

O que acaba com a chance de aprovação em processos seletivos

Clarissa Schmidt, diretora de Gente e Gestão da Wiz:Uma vez que acreditamos que trabalhar em time é o melhor formato para alcance dos nossos resultados, pessoas que possuem perfil ou interesse de trabalhar de forma mais individualizada não costumam se sair bem no nosso processo, pois sabemos que poderemos enfrentar barreiras culturais com elas, pelo perfil que temos na nossa empresa. Além disso, um dos nossos valores é ser beta, ou seja, estamos sempre buscando a nossa melhor versão, assim, caso algum candidato não se identifique com a busca constante por novos conhecimentos, possivelmente não irá se adaptar à nossa empresa”.

Camila Lombardi de Oliveira Machado, gerente geral de gente da Tegra: “um conjunto de situações que faz com que o candidato perca a sua chance de ser aprovado, por exemplo, a falta de interesse ou de vontade, dificuldade em trabalhar em equipe, ouvir opiniões diferentes e feedbacks de melhoria. Todos esses elementos podem ser fatores de reprovação”, Camila Lombardi de Oliveira Machado.

Bruna Ancelmo, analista de atratividade e seleção da Votorantim: “um dos erros mais comuns é tentar ser diferente do que realmente é. Alguns traços podem ser notados durante a entrevista, conforme a conversa evolui, e a transparência nesse caso é fundamental para que as partes envolvidas entendam se de fato existe o match entre o candidato e a vaga, afinal o processo seletivo é uma via de mão dupla. Portanto, querer forçar um perfil pode causar transtornos para a empresa e para o profissional”.

Rodrigo Porto, diretor de recursos humanos, gestão e serviços compartilhados da AES Tietê: “Não atender as principais competências ou na avaliação do currículo, não estar alinhado com as descrição de cargo. tomamos muito cuidado em fazer análise criteriosa para que o candidato não fique frustrado ao entrar na empresa”.

Como funciona um dos processos seletivos mais rigorosos do Brasil

Três meses seleção, 45 avaliadores experientes e uma fase final cara a cara com o empresário bilionário Jorge Paulo Lemann e os executivos do conselho da Fundação Estudar. Tentar uma vaga no Líderes Estudar, programa que está com inscrições abertas para bolsas de estudo e apoio financeiro em cursos de graduação e pós-graduação, é uma experiência única, enriquecedora e difícil. Muito difícil. Confira a matéria completa:

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Com Jorge Paulo Lemann, este é o processo seletivo mais difícil do Brasil

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