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Faça isto para se desenvolver mesmo se não sabe que carreira seguir

Ações e atitudes podem ajudar jovens profissionais a se desenvolverem, mesmo sem terem definido qual carreira seguir

Por Tatyane Mendes, do Na Prática
31 mar 2020, 12h02

Uma das dúvidas mais comuns no começo da vida profissional é: “que carreira seguir?”. O questionamento causa muita ansiedade pois a escolha é determinante para o futuro de cada um. Mas existem formas de se desenvolver mesmo sem ter decidido ainda que caminho seguir. Isso pode ser feito experimentando diferentes atividades, que não necessariamente tenham uma conexão direita com a vida profissional.

Analista de Remuneração da Vereda Educação, Nayara Melo conta um pouco sobre ações e atitudes que podem ajudar no momento dessa escolha e a desenvolver o lado profissional ao mesmo tempo. Além disso, a jovem também comenta sobre as competências que são valiosas em qualquer carreira e dá dicas para quem quer desenvolvê-las.

“Não sei que carreira seguir” – e está tudo bem!

Para a profissional, não ter uma carreira bem definida logo de início não é necessariamente prejudicial. “Quando a gente sai do ensino médio e se encontra nesse momento de decisão, precisamos de possibilidades. Eu, por exemplo, queria fazer Direito quando estava vivendo essa fase. Minha escolha tinha muita influência da minha família, principalmente do meu pai, que é advogado. Na hora de me inscrever no vestibular, decidi fazer Administração”, compartilha.

Nayara explica que a mudança na escolha de que carreira seguir ocorreu porque ela queria ter mais possibilidades de atuação dentro do mercado de trabalho. “Eu era aquele clássico de universitário que não sabia exatamente o que queria fazer. Eu entrei mesmo para experimentar. Quando você não tem uma decisão já tomada sobre o que você quer, você fica muito mais aberto a experimentar e a conhecer coisas novas. Isso pode até te ajudar futuramente a decidir algo que combine melhor com você e com o momento que está vivendo”, analisa.

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De qualquer forma, o autoconhecimento é muito importante, segundo a analista. “Trabalhá-lo pode ser feito atuando mesmo no mercado de trabalho, em diferentes áreas, ou praticando diversas atividades que não estejam tão diretamente relacionadas ao trabalho, como algum tipo de arte outro trabalho manual. Um exercício de autoconhecimento também é a terapia, que ajuda muito nesse processo e a fazer você entender como é, como se percebe e como age com outras pessoas”, indica.

Em que habilidades apostar então?

Existem competências que são importantes para todas as áreas, independente da carreira que você escolha seguir. As primeiras que Nayara cita são: ter um bom relacionamento interpessoal e ser capaz de negociar com outras pessoas. “Independente do que você vai fazer, se você vai trabalhar em um ambiente mais descolado ou formal, você vai precisar negociar. No meu trabalho hoje, por exemplo, eu tenho que lidar com diferentes áreas, que me pedem demanda diferentes e eu preciso ter um bom relacionamento tanto para entender o que elas precisam como para desenvolver um bom trabalho”, avalia.

Outra habilidade imprescindível para qualquer profissional hoje é a multidisciplinaridade. “Me refiro à capacidade de transitar por diferentes áreas do conhecimento. Você não precisa necessariamente ser especialista, mas esse conhecimento te dá mais habilidade para poder conversar, discutir e ser um profissional mais crítico. Se inserir em diferentes meios sociais ajuda bastante a desenvolver essas competências”, aponta Nayara.

Separar um tempo para se conhecer e se aprofundar em outras coisas também tem um efeito positivo, observa a jovem profissional. “Não precisa necessariamente ser relacionado com algo que você goste muito de fazer, principalmente para você realmente entender aquilo que não gosta. Podemos mudar muito ao longo da vida e, às vezes, nesse momento, entender o que você não gosta pode ser mais decisivo do que aquilo que você gosta”, finaliza.

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  • Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar
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