Sociedade

Quase 70% dos jovens brasileiros desejam empregos formais, indica pesquisa

Quanto ao modelo de trabalho, 48% da Geração Z prefere o híbrido, enquanto 39% é time presencial.

Por Da Redação
9 dez 2025, 08h00 • Atualizado em 9 dez 2025, 18h00

Imagem da mão de uma mulher segurando uma carteira de trabalho.

Ao contrário do que dizem as más línguas, a Geração Z valoriza ter uma carteira assinada. É o que indica um levantamento da empresa de pesquisas Nexus, realizada em parceria com a Demà, organização especialista em aprendizagem.

O estudo, que entrevistou 2.016 brasileiros com idades entre 14 e 29 anos, revela que a estabilidade é almejada pela maioria dos jovens: 69% desejam ter um emprego formal, contra 29% que preferem trabalhar sem registro. Quanto ao modelo de trabalho, as opiniões são um pouco mais divididas. Enquanto 48% têm o híbrido como favorito, 39% são time presencial, sem dias de home office, e somente 11% preferem o formato totalmente remoto.

Conexões valorizadas

A pesquisa também investigou os sentimentos da GenZ em relação aos modelos de ensino. A vasta maioria (81%) dos entrevistados manifestou preferência pelo aprendizado presencial, pois sentem que rendem melhor em sala de aula. O EAD é o predileto de 13% dos respondentes e 4% não sentem diferença entre os dois formatos.

Questionados a respeito do uso da inteligência artificial, 69% se mostraram favoráveis a utilizar as ferramentas para otimizar os estudos, enquanto 24% acreditam que a tecnologia é prejudicial. Para conquistar um emprego, porém, 84% acreditam que é importante ter conhecimentos sobre IA.

Para Juan Carlos Moreno, diretor da Demà, a pesquisa sinaliza uma busca da juventude por equilíbrio entre o melhor dos mundos tecnológico e tradicional. “Esses dados são fascinantes porque revelam a dualidade que define a ‘geração digital’ de hoje. Eles nos mostram jovens pragmáticos, que abraçam a IA como uma ferramenta poderosa para a produtividade, mas, ao mesmo tempo, não abrem mão da segurança de um emprego formal e da riqueza da interação humana”, analisa.