Abertura de mercado: China fecha o cerco regulatório e derruba Hong Kong. Ocidente amanhece em alta
Pequim vai estatizar o tentáculo bancário do Alipay. Europa e EUA sobem com expectativa para baixa da inflação no mundo desenvolvido.
A bolsa de Hong Kong é a Nasdaq da China, lar das empresas de tecnologia daquele canto do mundo. E o clima fechou por lá nesta madrugada. Deu no Financial Times que o governo chinês pretende estatizar em parte o Alipay, um app financeiro que conta com 1 bilhão de usuários.
O Alipay começou como uma espécie de PayPal, e se tornou um banco gigante, com cartão de crédito próprio e um lucrativo sistema de empréstimo desburocratizado. O governo quer pegar a parte dos empréstimos e colocar uma estatal no lugar.
O grande interesse não é a operação de crédito em si, é a maneira como o Alipay (subsidiária do Alibaba) coleta e mastiga dados de sua base de usuários para entender se tal ou tal pessoa pode receber um empréstimo. “O governo acredita que o poder de monopólio das big techs vem do controle que elas têm sobre os dados dos usuários”, disse uma pessoa próxima ao Partido Comunista chinês ao FT. “Pequim quer acabar com isso”.
O mercado, claro, não gostou da ideia de intervenção. As ações do Alibaba caíram 4,23%. Outras bigs techs acompanharam, caso da Tencent (-2,45% e da Meituan (-4,47%), e a bolsa de Hong Kong fechou numa queda de 1,50%. Por enquanto, trata-se de um caso isolado. Mesmo com o caso pegando fogo, a bolsa de Xangai, a maior da Ásia, fechou numa leve alta de 0,39%.
Na Europa, os mercados estão animados. O Banco Central do continente afirmou que espera uma desaceleração forte da inflação para o ano que vem. E a bolsa de Frankfurt operava em alta de 1% nesta manhã.
Por aqui, os protestos esvaziados de domingo diminuíram a chance de impeachment. Mas quem vai ditar a tendência mesmo é a inflação dos EUA. Na terça sai o Consumer Prices Index, o IPCA deles. Se vier particularmente alto, será mais um indício de que o Fed vai dar um fim aos estímulos financeiros. E o mercado ainda não sabe bem o que fazer sem os US$ 125 bilhões de dólares que o Fed injeta no mercado financeiro todos os meses. Por enquanto, a esperança é de que não haja surpresas negativas: os índices futuros começaram a semana em alta por lá.
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Futuros S&P 500: 0,54%
Futuros Nasdaq: 0,51%
Futuros Dow: 0,56%
*às 8h32
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,89%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,81%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,05%
Bolsa de Paris (CAC): 0,80%
*às 8h29
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,39%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,22%
Hong Kong (Hang Seng): 1,50%
Petróleo*
Brent: 0,51%, a US$ 73,43
WTI: 0,61%, a US$ 70,33
*às 8h30
8h25 Relatório mensal da Opep+.
15h Balança comercial semanal
Quarta dose
61% da população de Israel tomou duas doses (sempre de Pfizer). Mesmo assim, o número de casos de Covid chegou ao seu nível recorde agora no início de setembro – 10 mil por dia na média móvel, 20% acima do auge anterior, em janeiro de 2021. A curva de mortes não acompanha. São cerca de 25 por dia hoje, menos da metade do início do ano – o que mostra a eficácia da vacina. Mesmo assim, o índice preocupa. Entre maio de agosto o número de mortes estava próximo de zero. Para estancar essa terceira onda, o governo local convocou toda a população acima de 12 anos para uma terceira dose. E, neste domingo, anunciou que pretende garantir novos estoques de Pfizer para uma quarta.
Marfrig: 60% de alta, e ainda barata
Foi a ação que mais subiu no mundo dos frigoríficos. A JBS vem em segundo lugar, com 40%, e a BRF está com o bronze: 9%. Já a Minerva amarga uma queda: -4,5%. Mesmo assim, a ação mais barata entre elas ainda é a da Marfrig. Tira-se o preço real de uma ação dividindo o valor de mercado da companhia pelo lucro dos últimos 12 meses. É o índice preço sobre lucro (P/L). Quanto menor for o P/L, mas barata a ação está. O P/L da Marfrig está em 4. O da JBS, em 6. O da Minerva, em 9. E a mais cara é a BRF, com seu P/L de 20.
De 2 a 18 sextilhões em 64 casas
Como uma fábula matemática do século 13 sobre a origem do xadrez explica o poder multiplicador dos juros compostos – capaz, inclusive, de mitigar os efeitos de impostos sobre dividendos. Aqui na Você SA.