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Mudou tudo? Quais são as vantagens competitivas para conquistar emprego

Algumas habilidades e competências já são consideradas as mais estratégicas num mundo corporativo imerso na crise do coronavírus

Por Camila Pati
Atualizado em 5 dez 2020, 20h54 - Publicado em 17 abr 2020, 08h00

São Paulo – Com o recrutamento executivo em baixa por conta da crise causada pela pandemia de coronavírus, há relatos de headhunters que estão operando com 20% do volume habitual de trabalho.

Mas, isso não significa que eles estejam sem nada fazer durante essa quarentena. Segundo Renê Guedes, chefe de operações da STATO, consultoria de transição de carreira, recrutamento e seleção a caça aos talentos continua de olho na retomada da atividade econômica. “Nesse momento os hunters estão construindo portfólio com bons candidatos”, diz Renê.

Ele indica aos profissionais em busca de oportunidades que invistam em networking em duas frentes. “Levante nas empresas pelas quais se interessa em trabalhar quem são os executivos para quem você responderia e nas empresas de recrutamento veja quem são os headhunters responsáveis pelo seu segmento”, diz.

Na opinião do gerente sênior da Michael Page, Sérgio Margosian, até profissionais que não tinham interesse em mudar de emprego devem estar atentos ao mercado e com networking ativo. “É um bom momento para buscar um headhunter e os profissionais em transição de carreira devem tratar a procura por recolocação como um trabalho, com agenda definida”, diz Sérgio.

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Favorável para jogar a isca, o momento de fisgar o recrutador pode, no entanto, demorar. A projeção do FMI é que, no Brasil, o PIB vá recuar 5,3% e a taxa de desemprego subirá para 14,7%. Diante desse cenário de recessão, as empresas vão redimensionar a demanda. E  menos vagas de emprego serão o novo normal.

“Depois de uma crise, o mercado nunca volta ao mesmo patamar. Além disso, o tempo de reação da demanda e mobilização da oferta depende da cadeia produtiva. O varejo vai retomar numa velocidade diferente da indústria metal mecânica”, diz Renê.

Que habilidades e que profissionais são (e serão) mais desejados

Terão vantagens competitivas no mundo corporativo profissionais com algumas competências consideradas estratégicas para a sobrevivência das empresas na crise.  Especialistas terão mais espaço nas salas (virtuais) de entrevista de emprego. “As empresas ficam mais conservadoras para contratar e preferem pessoas que já conheçam o setor, seus principais interlocutores, e que sejam capazes de gerar imediatamente”, diz.

As competências consideradas mais estratégicas são tanto técnicas quanto comportamentais, segundo os especialistas consultados:

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Gestão de risco: “As empresas entenderam que precisam reforçar essa área. Muitas não tinham plano de continência preparado”, diz o diretor da STATO, que já identifica a valorização desses profissionais no mercado.

Organizações que ainda não tinham uma área de planejamento estratégico também estão revendo esse posicionamento. “A articulação às pressas de um plano de contingência deixou muitos gestores sobrecarregados”, diz Renê.

As mudanças nas regras trabalhistas durante o estado de calamidade pública também vão exigir das empresas reforços nos departamentos jurídicos. Gestores jurídicos serão demandados para destravar negociações e contratos e apaziguar os ânimos nas relações com fornecedores, locatórios e locadores. “A preocupação é o gargalo no Judiciário com avalanche de causas trabalhistas, contratos suspensos, negociações emperradas”, diz. O diretor da STATO também prevê um aumento no número de fusões e aquisições de empresas puxando a demanda por profissionais especialistas nessa área.

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O isolamento social também alavancou a área de produtos e soluções digitais. “Em todos os segmentos, há uma valorização dos executivos especialistas em digitalização do modelo de negócios. O coronavírus precipitou uma implementação radical de digitalização”, diz Renê.

Para lidar com a incerteza e trazer resultado para as empresas Sérgio, da Michael Page, enxerga as diferentes dimensões da inteligência emocional como mais destacadas aos olhos dos recrutadores, agora e também num pós-crise.

“Não é de agora (essa valorização), mas vejo que se fortaleceu com a crise. Tenho muita clareza e confiança em dizer que a questão emocional vai continuar sendo o principal diferencial”, diz.

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O autoconhecimento é a primeira competência. Tema reportagem de capa da edição VOCÊ S/A, a consciência sobre fortalezas e fraquezas, valores e propósito é decisiva para qualquer carreira.

Autogestão, adaptabilidade também aparecem na lista de qualidades em alta para conseguir entregar resultados.”  As pessoas que têm adaptabilidade hoje estão mais confortáveis”, diz Sérgio.

A empatia também é uma característica desejada para os executivos e, na crise ganha ainda mais importância. “Entender o outro é importante, mas ainda mais importante é conseguir ver com os olhos do outro, sentir e pensar como a outra pessoa”, diz.

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 E por falar em empatia….

Descubra como implementar a empatia na sua empresa na reportagem de capa da edição 67 da VOCÊ RH, de abril/maio, que já chegou às bancas:

Por que sua empresa precisa de mais empatia

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