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Votação da Reforma Tributária fecha semana eufórica para o Ibovespa

Dados mistos da China e pauta de Brasília guiam o índice logo após atingir sua máxima histórica. Nos EUA, S&P 500 caminha para sua sétima alta semanal seguida e também se aproxima do seu recorde.

Por Bruno Carbinatto
15 dez 2023, 08h15

Bom dia!

Sextou para o Ibovespa. Independentemente do que rolar no último pregão da semana, o índice já pode festejar o recorde dos 130k, atingidos ontem.

Hoje o foco está em Brasília. Após derrubar vetos do presidente Lula ontem – o que prorrogou a desoneração da folha de pagamentos até 2027 –, o Congresso pode votar a Reforma Tributária hoje. O texto já passou pela Câmara e pelo Senado, mas, como foi modificado, volta à análise dos deputados.

A ideia do acordo costurado entre os políticos é que a reforma seja promulgada ainda este ano, com possíveis pontos polêmicos sendo decididos a parte, posteriormente.

Nos EUA, os futuros levemente no azul indicam que o gás injetado no mercado pelo Fed na quarta-feira ainda pode sustentar um bom humor. O tom suave do banco central, que indica mais cortes nos juros para o ano que vem, aumenta o apetite por risco dos mercados.

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O S&P 500 caminha para sua sétima alta semanal seguida, no maior patamar desde janeiro de 2022, e muito próximo de também quebrar seu próprio recorde.

Na China, as bolsas fecharam em baixa (CSI 300 -0,31%) após dados econômicos virem mistos. A produção industrial subiu 6,6% em novembro na comparação mensal, acima da expectativa (5,4%). As vendas no varejo também subiram (10%), mas abaixo do esperado (12,5%). 

Os dados mais assustadores, porém, vieram do fragilizado mercado imobiliário. Os preços das casas caíram pelo quinto mês seguido, e as vendas de moradias diminuíram 4,3%. Isso reacende os temores da crise imobiliária que assombra o país e levanta dúvidas sobre qual será a postura de Pequim, que vem evitando estímulos muito generosos à economia chinesa.

Em resposta, o minério de ferro cai 1,37% na bolsa de Dalian.

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Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,25%

Futuros Nasdaq: 0,30% 

Futuros Dow Jones: 0,39% 

*às 8h06

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Agenda

11h15 EUA divulgam produção industrial de novembro

Europa

                  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,75%
                  • Londres (FTSE 100): -0,40%
                  • Frankfurt (Dax): 0,49%
                  • Paris (CAC): 0,77%

                  *às 8h07

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                  Fechamento na Ásia

                    • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,31%
                    • Hong Kong (Hang Seng): 2,38%
                    • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,87%

                    Commodities

                                                    • Brent*: 0,46%, a US$ 76,96
                                                    • Minério de ferro: -1,37%, cotado a US$ 131,62 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

                                                    *às 7h55

                                                    Vale a pena ler:

                                                    A crise de energia no Paquistão

                                                    Continua após a publicidade

                                                    No final de 2021, a equipe responsável pelas vendas de gás natural liquefeito (GNL) do Gunvor Group, uma empresa de commodities suíça, foi convocada para uma reunião. Motivo: as forças russas estavam se concentrando nas fronteiras da Ucrânia e uma invasão era iminente, o que aumentaria, e muito, os preços globais de energia. O grupo saiu da sala com a tarefa de encontrar mais GNL para vender — e rápido.

                                                    A equipe vasculhou os acordos da Gunvor, especialmente aqueles que prometiam entregar o gás a preços muito menores do que a companhia achava que eles poderiam chegar com a guerra. 

                                                    Quando o exército russo invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, os preços do gás subiram mais de 150% em 11 dias. Esta matéria da Bloomberg mostra como, na mesma época, a companhia parou de responder às comunicações do governo paquistanês, alegando falta de pagamento (afirmação contestada pelo país). Depois, rescindiu totalmente o acordo com o Paquistão, redirecionando as cargas de GNL para países como o Reino Unido e a Itália — por 3x mais grana do que o antecipado.

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