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Votação da reforma traz otimismo para o mercado. Nos EUA, manhã é de forte baixa

Lira quer iniciar os trabalhos ainda hoje, 18h. Futuros do S&P 500 caem 0,39% com aceno do Fed para novas altas nos juros.

Por Alexandre Versignassi
6 jul 2023, 08h29

Bom dia!

A quinta-feira começa com a expectativa para a votação da reforma tributária. Arthur Lira, presidente da Câmara, quer iniciar a votação às 18h. 

A essência da reforma é a extinção de impostos cobrados em cascata por tributações mais simples. 

Por exemplo: na esfera dos impostos federais, o Cofins e o PIS são cobrados sobre o faturamento das empresas; e o IPI é sobre o consumo (vai embutido diretamente no valor da mercadoria). A proposta é substituir os três por um só: a futura CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). 

Abaixo dos tributos federais, há os estaduais e municipais. Nesse caso, o ICMS (estadual) e o ISS (municipal) se tornam o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). 

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Um dos pontos de discórdia é a administração do futuro IBS – ou seja, definir para onde vai o dinheiro desse imposto unificado. O texto da reforma prevê que ela fica por conta de um grupo chamado Conselho Federativo, a ser formado por representantes dos governos estaduais e prefeituras. Não é uma decisão trivial, já que cada um fará de tudo para ficar com as maiores fatias.    

Tarcísio de Freitas, por exemplo, defende que os Estados mais populosos tenham mais peso no conselho. O governador de São Paulo defende que o Conselho tenha três etapas decisórios em suas votações: maioria simples entre os colegiados, maioria entre os Estados mais populosos e maioria entre os municípios com mais habitantes.  

A ver como ficará o texto final. 

Nos EUA, os mercados futuros abrem em forte baixa, conforme cresce a certeza de que as altas nos juros serão retomadas segundo semestre adentro. Se os dados de emprego vierem fortes, a expectativa de uma mão ainda mais pesada do Fed se consolidará. Hoje é dia de relatório semanal de pedidos de entrada no seguro-desemprego, que serve como termômetro. Mas o indicativo que mais importa, o Payroll, de criação de novas vagas no mercado e nível de desemprego só chega amanhã. O atual, em 3,7%, é um dos menores da história americana. 

Deveria ser uma boa notícia. Mas para quem torce pelo fim das altas nos juros (o mercado todo), definitivamente não é. 

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Bons negócios.  

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,39%

Futuros Nasdaq: -0,43%

Futuros Dow Jones: -0,38%

*às 8h08

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

+110%

A Yduqs é uma empresa de educação que administra faculdades privadas ao redor do Brasil – entre elas a rede Estácio e o Ibemec. Este ano, suas ações acumulam alta de 110,62% no Ibovespa. No mês, +28%.

O rali ganhou força em maio, quando a empresa divulgou resultados animadores para o primeiro semestre de 2023: crescimento de 96,6% no lucro líquido, para R$ 149,5 milhões. O Ebitda subiu 25%, para R$ 494,4 milhões. 

Ontem, o Citi divulgou um relatório dizendo que a coisa pode ficar ainda melhor. Os analistas estimam que o lucro da Yduqs atinja R$ 217 milhões este ano e R$ 456 milhões em 2024. Eles aproveitaram para manter sua recomendação de compra das ações YDUQ3, e aumentar o preço-alvo de R$ 12 para R$ 23. 

Com a review positiva, os papéis da companhia chegaram a disparar 6,74% na sessão de ontem – mas perderam força ao longo do dia, e fecharam em alta de 2,33%, a R$ 20,62.

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

EUA, 9h30: Pedidos de entrada no seguro-desemprego na semana passada

EUA, 11h: Relatório Jolts de abertura de vagas de trabalho em maio

EUA, 12h: Estoques de petróleo até a semana passada (previsão é de queda em 1,6 milhão de barris)

18h: Provável início de votação da reforma tributária

Europa

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  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -1,58%
  • Londres (FTSE 100): -1,37%
  • Frankfurt (Dax): -1,19%
  • Paris (CAC): -1,86%

*às 8h16

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,67%
  • Hong Kong (Hang Seng): -3,02%
  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,70%
Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 0,05%, US$ 76,70

Minério de ferro: 0,97% a US$ 114,51 por tonelada na bolsa de Dalian.

*às 8h19

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Segue o fio 

Desde que Elon Musk assumiu o Twitter, quase 80% dos até então 8 mil funcionários foram demitidos. A companhia está envolta em polêmicas e incertezas desde o início do processo de aquisição de Musk, quando o bilionário expôs falhas na contabilidade da rede social. Os ruídos na administração deixaram marcas na própria plataforma, que tem apresentado momentos de instabilidade (e irritado os usuários) com mais frequência.

Vendo o passarinho respirar por aparelhos, Mark Zuckerberg enxergou uma possibilidade de negócio. Ontem à noite, a Meta lançou a Threads, rede social feita para competir diretamente com o Twitter – que chegou aos primeiros 10 milhões de usuários nas primeiras horas de operação.

Aqui, a The Economist conta detalhes da disputa entre Musk e Zuckerberg – e explica quais devem ser os desafios da Meta na gestão da nova rede.  

Poder de compra

Para saber quanto uma moeda vale em relação a outra, não basta comparar cotações. É preciso ir além: entender quais são os valores dos bens e serviços nos países de origem dessas moedas. Assim, é possível comparar o poder de compra de cada uma delas. Na economia, essa comparação é chamada de Paridade de Poder de Compra (PPC). Esta reportagem da BBC compara o poder de compra dos salários mínimos de países da América Latina.

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