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Vale, Petro e Itaú têm dia ruim: -0,32% no Ibov

VALE3, PETR3, PETR4 e ITUB4 representam 31% do Ibovespa. Volume de negócios foi 34% menor que a média diária de 2023.

Por Tássia Kastner
18 jul 2023, 17h31

Vale, Petrobras e Itaú são as três empresas com o maior peso no Ibovespa. Na carteira teórica desta terça, VALE3 respondia por 13,31% do índice, seguida pelos 11,18% de PETR4 e PETR3 somadas e os 6,74% de ITUB4. Total: 31,24% do principal indicador da B3.

Aí, quando essas três empresas têm um dia ruim na bolsa, fica mesmo difícil para o Ibov se segurar no azul. O índice fechou em queda de 0,32%, a 117.841 pontos – e na contramão do dia positivo em Wall Street e nas commodities, que deveriam impulsionar as gigantes brasileiras. 

E o pior: não existem explicações muito concretas para o dia azedo. No caso da Vale, havia uma expectativa pelo relatório de produção da companhia no segundo trimestre, dado divulgado após o fechamento do mercado e que é uma espécie de prévia dos resultados financeiros, que saem no dia 27 de julho. As ações VALE3 caíram 0,32%, isso apesar da subida de 0,66% do minério.

A Petrobras também teve um dia estranho. O petróleo tipo Brent avançou 1,43%, o que seria uma justificativa razoável para ver os papéis subirem. E foi o que aconteceu com as privadas PRIO3 e RRRP3, que saltaram 3,10% e 1,92%, respectivamente. PETR4 e PETR3, por outro lado, cederam 0,41% e 0,92%.

Nesta terça, o Valor Econômico publicou uma reportagem sobre o plano do governo de elevar a mistura de etanol à gasolina para até 30% – hoje o teto é de 27,5%. Há ainda um plano de transição energética de aviões, que queimam querosene de aviação nas suas turbinas. De qualquer forma, não há uma ligação direta entre o projeto do Planalto e o desempenho da Petrobras na bolsa. 

Também entraram na lista de possibilidades para o mau humor dos investidores a entrevista concedida ontem pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates. À Reuters, ele afirmou que a companhia não deve mudar drasticamente o plano de investimentos para os próximos quatro anos, e repetiu que haverá algum enxugamento no pagamento de dividendos – algo que já está no radar há meses.

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Por fim, o Itaú recuou 1,94%. O detalhe é que não havia nenhuma notícia no radar do mercado que pudesse impactar os papéis do bancão. Bradesco e Santander também caíram, mas em menor magnitude.

No balanço geral, das 85 ações do Ibovespa, 53 caíram.

Trata-se de um dia atípico, que pode ser explicado pelo ritmo de férias que ronda a Faria Lima: o volume de negócios ficou em R$ 18 bilhões, 34% a menos que a média diária do ano.

Lá fora, o período de férias de verão também tende a reduzir as negociações, mas ao menos os investidores que estão “de castigo” em Wall Street têm algo para se ocupar, já que a temporada de balanços gringa já está em andamento. A notícia boa é que mercado tem todo dia. E que não há dia estranho que dure para sempre. Até amanhã.

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MAIORES ALTAS

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Yduqs (YDUQ3): 7,11%

Cogna (COGN3): 4,70%

Alpargatas (ALPA4): 4,26%

Prio (PRIO3): 3,10%

MRV (MRVE3): 2,95%

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MAIORES BAIXAS

JBS (JBSS3): -2,88%

Méliuz (CASH3): -2,46%

Assaí (ASAI3): -2,42%

Ultrapar (UGPA3): -2,13%

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Marfrig (MRFG3): -2,04%

Ibovespa: 0,32%, a 117.841 pontos

Em Nova York: 

Dow Jones: 1,06%, a 34.952 pontos

S&P 500: 0,71%, a 4.555 pontos

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Nasdaq: 0,76%, a 14.354 pontos

Dólar: 0,04%, a R$ 4,8088

Petróleo

Brent: 1,43%, a US$ 79,63 por barril

WTI: 2,13%, a US$ 75,66 por barril

Minério de ferro: 0,66% a US$ 117,82 por tonelada na bolsa de Dalian

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