Tesla e China dão tom positivo para o começo da semana
Musk recua em sentimento super bad, enquanto a China alivia a barra para a Didi e relaxa restrições em Pequim.
Nas mãos da tecnologia. É assim que amanhece o mercado nesta segunda-feira. A China caminha para encerrar o processo movido contra a Didi – a Uber chinesa – e que havia levado a uma queda de quase 90% no valor das ações da empresa, negociadas na Bolsa de Nova York.
O governo chinês havia enquadrado a Didi em uma investigação de cibersegurança, acusando a companhia de usar dados de clientes de forma indevida. A medida veio logo após o IPO em Nova York, realizado em junho do ano passado.
O app da Didi foi retirado das lojas de aplicativos da China. Agora, ele deve ser liberado para novos downloads.
Nem de longe esse é o maior dos problemas da segunda maior economia do mundo. Depois de mais de dois meses de lockdowns agressivos, para conter uma nova onda de Covid no país, o regime chinês começa a liberar a vida normal. Depois de relaxar restrições em Xangai, agora é a vez de Pequim.
A ideia de que a China voltará à vida normal dá impulso aos mercados mundo afora. Os preços do petróleo sobem 0,62%, e o minério de ferro também avança.
Nos EUA, os futuros das bolsas têm alta firme. Além do relativo otimismo com a China, também dá para colocar o sinal positivo na conta de Elon Musk.
Na sexta, o bilionário afirmou que tinha um sentimento “super bad” com a economia americana e previu um corte de 10% no número de funcionários. Nisso, as ações da montadora tombaram 9,22%. Neste começo de segunda, elas vão se recuperando e avançam 4% no pré-mercado. Depois do estrago, Musk afirmou que não era bem isso e que a redução da folha de pagamento da companhia não afetará o chão de fábrica.
No fundo, Musk é só o exemplo mais simbólico do sentimento geral dos investidores. Os sinais da economia são confusos, e anda difícil prever os próximos passos.
Boa semana.
Futuros S&P 500: 1,07%
Futuros Nasdaq: 1,43%
Futuros Dow: 0,82%
*07h58
Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,35%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,48%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,00%
Bolsa de Paris (CAC): 1,13%
*às 07h34
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,87%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,56%
Hong Kong (Hang Seng): 2,71%
Brent*: 0,62%, a US$ 120,34
Minério de ferro: 1,05%, a US$ 144,20 por tonelada em Singapura
*às 07h35
O que vai rolar hoje
8h30 Banco Central divulga atualização parcial do Boletim Focus. As atualizações nas expectativas do mercado estão atrasadas devido à greve dos servidores do BC.
9h Roberto Campos Neto fala em evento de criptomoedas, no Rio.
10h Ministério do Trabalho divulga Caged de abril, com dados do emprego formal no país.
Convencimento
A Apple realiza sua conferência de desenvolvedores nesta segunda. O objetivo será convencer investidores que a companhia tem inovações o bastante para atravessar o período de possível vacas magras na venda de novos aparelhos. As ações da maçã acumulam queda de 20% no ano – mas o pré-mercado indica que o dia pode ser positivo: +1,53%.
O fim do ESG
O Financial Times se debruça sobre os dilemas em torno dos investimentos sustentáveis. E mostra que a sigla ESG talvez esteja perto da aposentadoria. Entenda os motivos aqui.