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Tensão na Ucrânia volta a assustar o mercado

EUA acusa Putin de estar mentindo sobre retirada das tropas e organização de segurança europeia registrou bombardeios na região.

Por Juliana Américo, Tássia Kastner
17 fev 2022, 08h07

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia ganhou um novo capítulo. Na terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que estava retirando parte de suas tropas da fronteira ucraniana. Agora, os Estados Unidos acusam o país de não ter retirado suas forças. E pior: de ter enviado mais 7 mil soldados para o cerco à nação vizinha.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirma que ainda não viu uma retirada militar russa significativa das fronteiras ucranianas. Além disso, um alto funcionário da Casa Branca informou à CNN que Putin está usando um discurso diplomático como disfarce e que a Rússia poderia usar um pretexto falso para iniciar um ataque, incluindo alegações sobre as atividades da Otan ou uma incursão em território russo. A projeção é de que a Rússia conte com mais de 150 mil soldados nas fronteiras.

Para deixar o clima ainda mais tenso, entre ontem e hoje, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registrou uma série de bombardeios no leste da Ucrânia. Essa já é uma briga separatista antiga entre rebeldes apoiados pela Rússia e forças ucranianas, que mantinham um acordo de cessar-fogo desde 2015.

Os mercados não gostaram nem um pouco dessa história. Os futuros americanos amanheceram no negativo, enquanto as bolsas europeias operam  mistas. 

Além da tensão geopolítica, os investidores ainda estão digerindo  a última ata da reunião do Federal Reserve. O banco central americano disse que pretende aumentar as taxas de juros caso a inflação não comece a perder força, mas não indicou que irá com sede ao pote. A preocupação do mercado era que a ata apontasse uma alta de 0,50 p.p. já em março – o que não aconteceu. No fim, investidores acharam que o Fed continua bonzinho, e respiraram mais aliviados.

Por aqui, o Ibovespa anda descolado do mercado internacional já tem uns dias. Ontem, a bolsa brasileira registrou a sua sétima alta consecutiva, apoiada nos balanços das companhias e no forte fluxo de entrada de dólares. O dólar, por sinal, está no menor patamar desde julho. Será que hoje teremos mais um dia positivo aqui?

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,48%

Futuros Nasdaq: -0,63%

Futuros Dow: -0,41%

*às 7h50

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,01%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,66%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,04%

Bolsa de Paris (CAC): 0,20%

*às 7h50

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,24%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,83%

Hong Kong (Hang Seng): 0,30%

Commodities

Brent: -2,24%, a US$ 92,69

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Minério de ferro: -1,59%, US$ 141,50 em Dalian (China)

*às 7h50

Agenda

09h Reunião da CMN (Conselho Monetário Nacional)

10h30 Ministério do Trabalho dos EUA divulga número de novos pedidos de auxílio-desemprego no país.

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market facts

Mudança de planos

A CSN desistiu de lançar o IPO de sua subsidiária CSN Cimentos. A companhia afirmou em comunicado que a decisão foi motivada pelas “condições adversas no mercado interno e internacional”. Essa é a segunda vez que a CSN Cimentos cancela a oferta pública. A  preliminar do IPO foi protocolada em maio de 2021, mas foi suspensa dois meses depois também por causa das condições do mercado. Na época, a intenção era levantar entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões com a venda de ações. Em setembro, a empresa retomou o plano de abrir o capital. Vale destacar que o número de desistências de IPO já chega a 17, só nos dois primeiros meses do ano, mesmo com a aparente melhora da bolsa. 

Segurança

A Câmara Municipal de São Paulo vai analisar um projeto de lei que proíbe as transações via Pix na capital paulista. O autor da proposta, Marcelo Messias (MDB), afirma que a nova forma de pagamentos gerou um aumento no número de sequestros relâmpagos na cidade. Se for aprovado, os bancos deverão disponibilizar apenas os métodos de pagamentos tradicionais aos paulistanos, como TED e DOC. A instituição que descumprir a medida será multada em R$ 10 mil.

Vale a pena ler:

Cripto criminosos

A americana Heather Morgan e seu marido, Ilya Lichtenstein, são acusados de tentar lavar 119.754 bitcoins roubados após um hacker invadir a exchange Bitfinex em 2016. O valor é equivalente a US$ 4,5 bilhões – é a maior apreensão de dinheiro na história do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Mas o que mais chamou a atenção das autoridades foi a vida dupla que Heather leva: uma como economista e empreendedora de tecnologia, e outra como a rapper Razzlekhan. A história chamou a atenção até da Netflix, que já está planejando produzir uma série documental sobre o caso. Leia a matéria completa no Estadão.

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Hoje, tem a divulgação dos balanços da Rumo, Aeris, Taesa, Neoenergia e BR Properties.

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