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S&P 500 sobe 1,23% para recorde impulsionado por ações tech

Ibovespa pega vácuo e volta a subir: +0,25%; VALE3 cai 1,30% com especulações de Guido Mantega na companhia.

Por Tássia Kastner
19 jan 2024, 18h40

Uns com tanto, outros com tão pouco. Nesta sexta, o S&P 500 para o recorde que não batia desde 3 de janeiro de 2022. A alta foi de 1,23%. 

Só que o Ibovespa teve que se contentar com o vácuo da alta, avançando modestos 0,25%. Fechou em 127.635 pontos – o que parece uma derrota brutal para quem conta recordes a partir de 134 mil pontos.

Lá fora, investidores continuam se reposicionando desde que dirigentes do Fed cortaram as asas das pombas de Wall Street, avisando que os cortes de juros não devem ocorrer em março – como chegou a ser o cenário dominante do mercado.

Isso porque a inflação dos EUA até está cedendo para a faixa dos 2% altos, mas a atividade econômica do país continua robusta. O que é sempre um risco para um novo repique de preços e a justificativa para manter os juros elevados.

Pois bem. Depois do choque de realidade, os investidores começaram a se reposicionar. E escolheram uma nova desculpa para voltar a subir. Quem puxou a alta foi o setor tech, e a explicação trazida pelo Wall Street Journal é que os estoques de semicondutores baixaram, sinal de que a economia global vai bem.

Dá para ficar com uma explicação mais modesta: se os juros podem ficar altos porque a economia vai bem, isso significa que as empresas vão continuar lucrando como nunca (e a demanda por chips corrobora isso). Daí a corrida de volta às ações que levou Wall Street a um #sextou de respeito.

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Além do S&P 500, o Dow Jones também fechou em recorde, com alta de 1,05%. O Nasdaq subiu mais, avançou 1,70%, mas não renovou máximas.

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Vale x Mantega

O Ibovespa passou boa parte do dia no negativo, mas conseguiu pegar algum impulso em Nova York para interromper sua sequência de três quedas que levaram o índice de volta aos 127 mil pontos. A subida ocorreu apesar da baixa de Vale (-1,30%) e Petrobras (0,69%), que capitaneiam a Faria Lima.

A Vale anda numa tormenta sui generis. O governo cogita a possibilidade de indicar o ex-ministro Guido Mantega para um posto de executivo da companhia. Acontece que o cargo vago a ser ocupado é o de CEO da empresa. A possibilidade foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A Vale é uma companhia de capital pulverizado, o que significa que não tem um controlador definido. Ainda assim, o governo continua com poder de influência sobre a empresa por dois canais.

O primeiro é que a Previ (o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) é um dos principais acionistas da companhia, com pouco mais de 8% das ações. O segundo canal são as golden shares detidas pelo governo desde a privatização – e que dão direito de veto a algumas decisões dos gestores.

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A ver quais são as cenas dos próximos capítulos. Até segunda. 

MAIORES ALTAS

Gol (GOLL4): 6,78%

BRF (BRFS3): 5,56%

Azul (AZUL4): 4,44%

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Eneva (ENEV3): 3,92%

Yduqs (YDUQ3): 3,84%

MAIORES BAIXAS

Locaweb (LWSA3): -2,21%

Raia Drogasil (RADL3): -1,82%

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Bradespar (BRAP4): -1,47%

SLC (SLCE3): -1,41%

Vale (VALE3): -1,30%

Ibovespa: 0,25%, a 127.636 pontos

Em Nova York

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Dow Jones: 1,05%, a 37.864 pontos

S&P 500: 1,23%, a 4.840 pontos

Nasdaq: 1,70%, a 15.311 pontos

Dólar: -0,09%, a R$ 4,9268

Petróleo

Brent: -0,68%, a US$ 78,56

WTI: -0,95%, a US$ 73,25

Minério de ferro: 2,63%, a US$ 134,52 por tonelada na bolsa de Dalian

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