Semana de esperar para ver

Bolsas americanas indicam começo de semana no negativo. Petróleo faz uma pausa na escalada rumo aos US$ 100.

Por Tássia Kastner, Guilherme Jacques
Atualizado em 18 out 2024, 14h20 - Publicado em 7 fev 2022, 08h06
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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No mercado financeiro, o mais comum é que investidores tentem chegar antes de todo mundo. A ideia é antecipar – ou tentar adivinhar – o que vai acontecer. Só que essa semana começou um pouco diferente.

Os futuros das bolsas americanas abriram no negativo, numa espécie de marcação de passo para o que vem ao longo da semana. Os contratos ligados aos três principais índices de Wall Street caíam perto de 0,20% no começo da manhã.

É semana de agenda cheia. Aqui e nos EUA saem os dados de inflação de janeiro, quarta e quinta-feira, respectivamente. O dado americano é base das apostas de alta de juros, que começam por lá em março. No Brasil, investidores aguardam a ata da reunião do Copom que decidiu, na semana passada, subir a Selic a 10,75%. O foco é buscar pistas sobre o tamanho do degrau das altas, que deve começar a ser um pouco mais baixo.

Mesmo o petróleo, que vinha subindo de rapel um paredão rumo aos US$ 100 o barril, decidiu dar uma trégua e começou a semana em baixa. Não que o motivo da alta tenha cessado, pelo contrário. Os EUA seguem alertando para o risco de uma invasão iminente da Ucrânia pelo exército russo.

Para arrematar, a temporada de divulgação de resultados ganha ritmo nesta semana. De destaque, serão anunciados os números de 2021 de Bradesco e Itaú, além dos dados de produção da Vale e da Petrobras (que funcionam como uma prévia da divulgação dos resultados financeiros). Com a agenda abarrotada desse jeito, talvez os investidores estejam certos: na dúvida, melhor esperar.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

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Futuros S&P 500: -0,23%

Futuros Nasdaq: -0,18%

Futuros Dow: -0,27%

*às 7h49

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,05%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,20%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,05x%

Bolsa de Paris (CAC): -0,10%

*às 7h48

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Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,54%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,70%

Hong Kong (Hang Seng): 0,03%

Commodities

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Brent: -0,70%, a US$ 92,62*

*às 7h47

Agenda

Hoje – Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulga os números de vendas de automóveis em janeiro.

market facts

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Vai ou não vai?

O Ministério Público Federal recomendou que o Cade reprove a venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo. As três operadoras fizeram uma espécie de acordo de fatiamento da Oi para que a aquisição pudesse ser aprovada, sem que uma delas aumentassem proporcionalmente seu poder de mercado em relação às outras. O MPF acredita que existem “violações à concorrência” nesse acordo e pediu que sejam abertas duas investigações. Uma delas para apurar práticas anticoncorrência, justamente por causa do acordo, e outra para averiguar se a operação foi comunicada aos órgãos reguladores no tempo certo.

A determinação não tem efeito prático sobre a decisão do Cade, que está prevista para esta quarta. Em novembro de 2021, a superintendência do órgão havia recomendado que a operação fosse liberada. E, na semana passada, a Anatel também havia aprovado o acordo, que vai movimentar R$ 16,5 bilhões.

Fechou a janela

Depois de a Elo dar para trás nos planos de abrir capital em Nova York, foi a vez da fintech Ebanx e da plataforma de cursos Hotmart puxarem o freio em seus planos de IPO no exterior. Ambas trabalhavam nestes projetos desde o início do ano passado. E vão adiá-lo pelo mesmo motivo: o período de instabilidade pelo qual as empresas de tecnologia listadas nas bolsas americanas estão passando. Mas ao contrário da Elo, que deve realizar seu IPO na B3, Ebanx e Hotmart só decidiram esperar por um momento mais favorável nos EUA.

E não são só as bolsas americanas que vêm assustando as empresas. Por aqui, um levantamento da CNN Brasil mostra que, apenas em janeiro, 14 companhias desistiram de abrir capital na B3. Logo na primeira semana do ano, Monte Rodovias, Ammo Varejo, Dori Alimentos, Environmental ESG anunciaram suas decisões. Depois, vieram Vero Internet, Claranet, Cencosud, Coty Brasil, Fulwood, Cantu, Madero, ISH Tech, Bluefit Academias e Verzani & Sandrini.

Vale a pena ler:

Guerra dos streamings

Os serviços de streaming investem cada vez mais alto em conteúdos para brigar por novos assinantes. Só que, mesmo assim, não está fácil crescer. A Netflix prevê aumentar em apenas 2,5 milhões o número de assinantes no primeiro trimestre de 2022 – seria o pior resultado do seu atual modelo de negócios. O Disney+, de outro lado, conquistou apenas 2,1 milhões de clientes no terceiro trimestre de 2021 – seu pior desempenho desde que foi lançado. Isso indica que não há espaço para tantos players e, antes de pensar em crescimento, é preciso primeiro vencer a guerra contra os concorrentes. Leia na The Economist.

O futuro dos combustíveis

Desde 2016, a Petrobras adota uma política de preços chamada PPI (Preço de Paridade de Importação). Trata-se de um método em que o valor dos combustíveis está atrelado aos preços do barril de petróleo no exterior e às valorizações ou desvalorizações do real frente ao dólar. Só que esse combo fez os combustíveis subirem mais de 40% só no ano passado. Agora, a política de preços da estatal deve ser um dos principais assuntos em debate na campanha para as eleições presidenciais deste ano. A Folha de S.Paulo reuniu a opinião dos pré-candidatos Lula, Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, Ciro Gomes e João Dória sobre o tema. Leia.

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

BB Seguridade divulgou seus resultados no início desta segunda-feira.

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