Continua após publicidade

Segundo turno começa com disputa dura: agora a eleição vai mexer com o Ibovespa?

Primeiro turno sem emoções deixou a bolsa brasileira à mercê do exterior. Reino Unido volta atrás em corte de impostos que levou libra ao colapso.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
3 out 2022, 08h13
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

A eleição presidencial de 2022 havia sido a mais monótona das disputas. Isso até ontem, domingo, quando o resultado do primeiro turno mostrou uma vitória apertada do ex-presidente Lula ante Bolsonaro, que ganhou no final de semana junto aos eleitores.

O resultado (48,43% x 43,20%) é o mais apertado desde a redemocratização e indica que as próximas quatro semanas vão compensar a pasmaceira do primeiro turno. Bolsonaro chega fortalecido pelas vitórias de governadores e ainda de seus ex-ministros que garantiram cadeiras no Senado.

A Faria Lima já vai dosando o discurso, dizendo que o segundo turno apertado é positivo. De um lado, o Congresso mais uma vez é bastante conservador e o atual mandatário tem aliados importantes no Senado. Isso seria positivo para uma agenda de reformas supostamente liberal. Soa engraçado, já que o governo Bolsonaro foi o responsável pela demolição do teto de gastos e da lei eleitoral que proibia a criação de auxílios durante o período eleitoral.

Do outro lado, uma vitória de Lula viria às custas de mais pragmatismo do ex-presidente, que precisaria costurar mais apoios ao centro e ainda seria fortemente controlado pelo Congresso. Essa afirmação também ignora que Bolsonaro terminou seu mandato entregando o controle do Orçamento ao parlamento, por meio do esquema de orçamento secreto, revelado pelo Estadão.

Serão quatro semanas pesadas para a política – mas a Faria Lima acha que a bolsa vai subir. Aí está um copo meio cheio, caro leitor.

Enquanto isso, no exterior o Reino Unido voltou atrás no corte de impostos dos mais ricos, anunciado há uma semana. A medida foi considerada explosiva pelo mercado, porque elevaria a dívida pública e estimularia consumo num período e de inflação elevada. A libra derreteu, gerou caos nos mercados e risco de quebradeira em fundos de pensão.

Continua após a publicidade

O recuo foi uma derrota importante para a conservadora Liz Truss, que assumiu o cargo de Primeira Ministra há menos de um mês.

Falando em quebradeira, o mercado financeiro anda em pânico com o Credit Suisse. As ações caem 55% no ano e os CDS (investimentos que funcionam como um seguro contra a quebra) tiveram um salto padrão Brasil. A origem da crise está em dois casos bombásticos de decisões equivocadas combinadas com condenações por falha em prevenção a crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Nos dois casos mais célebres, o prejuízo somou US$ 10,5 bilhões.

O banco vem tentando acalmar o mercado financeiro, num esforço de provar que não corre o risco de quebrar.

Um combo caótico para o último trimestre do ano. Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Continua após a publicidade

Futuros S&P 500: 0,13%

Futuros Dow: 0,34%

Futuros Nasdaq: -0,29%

às 7h58

Europa

Continua após a publicidade

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,89%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,59%

Bolsa de Frankfurt (Dax): Feriado

Bolsa de Paris (CAC): -1,08%

*às 7h57

Continua após a publicidade

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,58%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,07%

Hong Kong (Hang Seng): -0,83%

Commodities

Continua após a publicidade

Brent*: 3,71%, a US$ 88,30

Minério de ferro:  -1,97%, a US$ 92,05 por tonelada em Singapura

*às 7h56

market facts

Crise no Facebook

Pela primeira vez desde a fundação do Facebook (atual Meta), Mark Zuckerberg fará demissões e congelará a contratação de novos funcionários. Segundo ele, a Meta provavelmente será menor em 2023 do que foi este ano. O controle de gastos vem durante a crise existencial mais profunda que a companhia já enfrentou: enquanto a receita de publicidade (elemento central do modelo de negócios da empresa) vem caindo, a guinada da Meta para o mercado de realidade virtual não parece estar dando bons frutos. Isso, mais a baixa generalizada das empresas de tecnologia da bolsa, resultou em queda de 60% no valor das ações desde janeiro. Desde o pico, em setembro de 2021, a Meta já perdeu ⅔ de seu valor de mercado.  

A derrocada levou junto o fundador: Mark Zuckerberg perdeu US$ 70,2 bilhões de seu patrimônio e caiu 14 posições na lista das pessoas mais ricas do mundo.

Vale a pena ler:

Zap do Elon Musk 

A corte que julga o caso Musk vs. Twitter teve acesso a mensagens de texto do empresário com  amigos íntimos, investidores em potencial, executivos da rede social e outros grandes nomes do Vale do Silício. Na quinta-feira passada, essas mensagens vieram a público. Elas ajudam a esclarecer porquê Elon Musk decidiu comprar o Twitter (e desistiu depois), quem tinha interesse em fazer parte da compra e quem o círculo interno do empresário achava que deveria administrar a empresa se Musk se tornasse o dono. Aqui, a Bloomberg elencou as 10 informações mais importantes dos arquivos. 

Impacto ambiental do bitcoin

Minerar bitcoins é um trabalho árduo para os computadores: eles ficam lá tentando solucionar problemas matemáticos dificílimos, na tentativa de desbloquear bitcoins que ainda não estão em circulação na rede – e tem que ser antes de todos os outros computadores que estão fazendo o mesmo. Para ser eficiente, a atividade requer processadores potentes e máquinas funcionando 24h por dia. Gasta uma baita energia. Mais especificamente, gastou mais do que países como Áustria e Portugal em 2020, segundo um artigo publicado recentemente na Scientific Reports. Esta reportagem da Bloomberg, traduzida pelo Valor, mostra o que o estudo descobriu sobre o impacto ambiental do bitcoin. 

Agenda

Agenda esvaziada

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.