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Putin e EUA garantem um início de dia feliz para o mercado

Futuros sobem nos EUA e bolsas europeias seguem em alta expressiva com acordo sobre o teto da dívida americana e garantia russa de que não faltará gás.

Por Juliana Américo, Alexandre Versignassi, Guilherme Jacques
Atualizado em 7 out 2021, 08h32 - Publicado em 7 out 2021, 08h21

Bom dia!

O acordo para aumentar o teto da dívida americana serve de combustível para uma alta expressiva nos índices futuros nos EUA. O Nasdaq, que sofreu mais nos últimos dias, é também o que mais sobe – 0,96% às 7h30. O S&P 500 não vinha muito atrás, com 0,71%.

A Europa também opera em alta. Expressiva: 1,39% no EuroStoxx50, o índice das 50 maiores companhias de lá. Em boa parte, graças a um presente de Vladimir Putin. 

O continente sofre com uma alta histórica nos preços do gás – commodity essencial no inverno, já que é o combustível dos aquecedores residenciais. E a Rússia fornece 40% do gás que a Europa consome.  

Putin disse que seu país “está pronto para bater novos recordes de entregas de recursos energéticos para a Europa neste ano, incluindo gás”. 

A fala fez os preços baixarem mais de 2%. Um alívio, já que as altas seguidas do gás neste ano têm pressionado a inflação pelo mundo. A parte sobre “os outros recursos energéticos” também ajudou. Putin se referia ao petróleo, maior vilão da inflação global. 

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A perspectiva de que a Rússia, grande exportadora do líquido preto, vai aproveitar o momento para fazer uma boa ação geopolítica, e não deixar faltar petróleo, ajuda o barril a cair. 

Não é só Putin. Ontem à tarde, os EUA soltaram seu relatório semanal de estoques de petróleo. Previa-se uma queda de 418 mil barris. Veio uma alta de 2,34 milhões, ampliando o estoque total para 420 milhões de barris.

Os dois fatores serviram como tranquilizante para o preço do barril. Pela manhã, a baixa era de mais de 1%, com o Brent ensaiando uma queda para abaixo da linha vermelha de US$ 80.  

Boa quinta!

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

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Futuros S&P 500: +0,64%

Futuros Nasdaq:+0,88%

Futuros Dow: +0,51%

*às 7h55

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): +1,41% 

Bolsa de Londres (FTSE 100): +1,03%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,18%%

Bolsa de Paris (CAC): 1,35%

*às 7h55

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Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): feriado

Bolsa de Tóquio (Nikkei): +0,54%

Hong Kong (Hang Seng): +3,07%

Commodities

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Brent: -1,10%, a US$ 80,19

Minério de ferro: +0,38%, US$ 117,02

*às 7h55

Agenda

09h30 O Ministério do Trabalho dos EUA divulga o número de pedidos de seguro-desemprego da semana passada.

market facts

Clube do Bolinha

Metade da população brasileira é de mulheres. Mas a liderança das empresas listadas na bolsa ainda parece ter uma grande placa com um “não são permitidas mulheres aqui”. Dados divulgados pela B3 e pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) mostram que 61% das companhias de capital aberto não têm nenhuma mulher no quadro de diretores. Além disso, 45% delas deixam as executivas de fora do conselho administrativo. E mais: 25% têm pelo menos uma representante do sexo feminino nessas funções, e 32% tem uma mulher no conselho. O levantamento avaliou a liderança das 408 empresas listadas no nível Básico, Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado até junho de 2021. 

Compra aprovada

Em agosto, a Americanas (AMER3) anunciou a aquisição de 100% das ações das redes Hortifruti e Natural da Terra, no valor de R$ 2,1 bilhões. Agora, a fusão vai realmente acontecer. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra sem restrições. A empresa é a maior varejista de produtos frescos (frutas, legumes e verduras) e possui 73 lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No segundo trimestre, a Natural da Terra registrou uma receita anual de R$ 2 bilhões.

Vale a pena ler:

O fim da era de ouro

Xi Jinping decidiu lembrar que a China é um país comunista: há tempos vem tesourando as liberdades econômicas no país. Este artigo do New York Times traduzido pela Folha resume bem a situação. Se antes o plano era crescer a qualquer custo, Xi Jinping agora quer um controle cada vez maior sobre a economia. Isso para corrigir eventuais falhas estruturais das décadas de crescimento desenfreado e, claro, alimentar suas ambições políticas. Ao longo do material, uma série de peças montam o quebra-cabeças de por que “medo” e “repressão” são as palavras do momento para as companhias chinesas – o mercado global que o diga.

 

Arriba muchachos!

Despontando como um dos principais mercados de inovação da América Latina, com quatro unicórnios – Kavak, Bitso, Clip e Konfío –, o México decidiu trazer o tempero das suas startups para o Brasil. Como conta o Estadão, depois de os brasileiros avançarem sobre o território mexicano, agora é a vez deles. Há apostas em diversos setores, com ambições que não são pequenas. A Kavak, que atua na compra e venda de automóveis seminovos e usados, tinha pretensão de abrir seis lojas na região metropolitana de São Paulo. Pois já abriu nove. Agora, os olhos estão voltados para o interior do estado. E essa é apenas uma das mexicanas que aterrissou no Brasil.

 

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