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Produção da Vale cresce 10,6% no 4° tri, mas ações caem no pré-mercado. Entenda

Na China, minério cai 1,76% em reação tardia à liquidação da Evergrande, novo marco da crise imobiliária chinesa.

Por Camila Barros
30 jan 2024, 08h59

Bom dia!

A Vale produziu 321 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023 – acima das expectativas da própria mineradora, que havia estipulado uma meta de 315 milhões para o ano. A alta é de 4% na comparação com 2022. 

No quarto trimestre, a Vale produziu 89,4 milhões de toneladas do minério, uma alta de 10,6% na base anual. 

A companhia divulgou seu último relatório de produção de 2023 na noite de ontem. Os números despertaram mixed feelings: apesar dos dados fortes de produção, as vendas da commodity caíram – no ano, -1,5% em relação a 2022; no quarto tri, -4,1%. 

No cômputo geral, no entanto, os dados são positivos. Em dezembro, a produção da mineradora foi a mais alta em 5 anos.  

No pré-mercado em NY, as ações da companhia cediam 0,20% às 8h, depois de cair 0,46% no pregão de ontem. 

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Não à toa. Os últimos dias têm sido movimentados para a administração da mineradora. Na última sexta-feira, o Ministério dos Transportes enviou à empresa uma cobrança de R$ 25,7 bilhões pela renovação de contratos de concessão das Estradas de Ferro Carajás e Vitória Minas, assinados durante o governo Bolsonaro. 

Na época, a companhia recebeu uma série de descontos pelo acordo – o que o atual ministro dos Transportes, Renan Filho, considera indevido. 

A notificação do ministério veio no mesmo dia em que governo decidiu recuar na indicação de Guido Mantega, aliado de Lula, para a presidência da Vale. Até então, o mercado vinha temendo a volta da interferência política na companhia – em 2011, Lula havia retirado Roger Agnelli da presidência. 

Hoje, o cenário externo também não ajuda. Em Dalian, o minério de ferro cedeu 1,76%, numa reação tardia ao novo capítulo da crise imobiliária chinesa – a Justiça de Hong Kong decretou a liquidação da incorporadora Evergrande, que vivia em crise desde 2020. 

É, a coisa não tá fácil para a Vale.

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Bons negócios!

 

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