Continua após publicidade

Primeiro semestre na bolsa foi um terror, e o segundo pode ser pior. Entenda.

Mundo entra em julho redobrando preocupação com alta de preços. O Brasil ganha uma bomba fiscal pré-eleições.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h15 - Publicado em 1 jul 2022, 08h06
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Bom dia!

O S&P 500 fechou o primeiro semestre com o pior resultado desde 1970. Não há sinais de que o segundo semestre será muito melhor.

A queda das bolsas é uma consequência direta da alta da inflação no mundo e do aumento de juros para contê-la. A inflação da Zona do Euro bateu o recorde de 8,6% no mês de junho, acima do 8,1% de maio e dos 8,5% esperado por economista.

A aceleração dos preços acima do esperado redobra as apostas em aumentos de juros. E o Banco Central Europeu só fará sua primeira alta neste mês, enquanto os EUA vêm elevando a taxa desde março.

Alta de juros no mundo drena o dinheiro barato que vinha bombando as bolsas — e qualquer investimento de risco — até o fim do ano passado.

O efeito não é só nos mercados financeiro, mas na economia real. Dinheiro mais caro significa menos consumo, daí as apostas de que a economia americana poderá mergulhar em uma recessão (carregando junto o mundo).

Continua após a publicidade

Pode até ser que a economia escape de uma recessão. Uma coisa é certa: ela vai desacelerar. É isso significa menos vendas e lucros minguados para as empresas de capital aberto. É a tempestade perfeita capaz de fazer as bolsas continuarem a cair.

Michael Burry, que previu a crise de 2008 e teve sua história contada em “A Grande Aposta”, estima que as quedas dos mercados estejam apenas na metade do caminho. E até aqui, a destruição de valor na bolsa já foi de U$ 9 trilhões.

No Brasil, estamos prestes a ganhar mais uma bomba fiscal para pagar. O Senado aprovou ontem uma Proposta de Emenda à Constituição Kamikase, que libera dinheiro para aumentos no Auxílio Brasil, Bolsa-Caminhoneiro e ajuda a taxistas a 98 dias as eleições.

A proposta libera R$ 41 bilhões fora do Teto de Gastos, mais que os R$ 31 bilhões arrecadados com a venda da Eletrobras.

Trata-se de um rombo que terá efeitos de longo prazo sobre a economia brasileira. O aumento de gastos de forma descontrolada tende a pressionar a taxa de juros, sacrificando os investimentos de longo prazo do país e ceifando as nossas chances de crescimento. Sem isso, fica ainda mais difícil pagar a conta da dívida pública.

Continua após a publicidade

O semestre já prometia ser turbulento na política. O caos vai sacudir seus investimentos e pode ter efeitos de longo prazo. #sextou

Compartilhe essa matéria via:

Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,36%

Futuros Nasdaq: -0,51%

Continua após a publicidade

Futuros Dow: -0,33%

*7h57

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,06%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,11%

Continua após a publicidade

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,29%

Bolsa de Paris (CAC): 0,29%

*às 7h55

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,41%

Continua após a publicidade

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,73%

Hong Kong (Hang Seng): Fechada

Commodities

Brent*: 2,09%, a US$ 111,31

Minério de ferro:  -2,20%, a US$ 115,50 por tonelada em Singapura

*às 7h56

Agenda

15h Secex divulga a balança comercial de junho

market facts

Exceção na China

Os investidores estão apostando que a pior parte do choque econômico produzido pela política de covid zero na China já passou. Por isso, as ações chinesas fecharam o mês de junho com o maior ganho mensal em quase dois anos. O índice CSI 300, que lista as 300 maiores empresas do país, subiu 9,68%. É a maior alta desde julho de 2020, quando o fim do primeiro lockdown por lá fez o índice disparar 18%. O otimismo cresceu ainda mais esta semana, depois que o governo chinês decidiu reduzir o tempo de quarentena para viajantes internacionais de duas para uma semana. Para o mercado, esse é um sinal de que a China passará a buscar um equilíbrio entre crescimento econômico e medidas sanitárias contra a Covid.

Vale a pena ler:

O que acontece se uma plataforma de cripto falir?

A Celsius é uma das maiores plataformas de criptomoedas do mundo. Em junho deste ano, no meio de mais um tombo dos criptoativos, a empresa congelou a conta de todos os usuários. Por quê? Se no meio do alvoroço do mercado muita gente tentasse resgatar dinheiro ao mesmo tempo, a empresa não teria como pagar todo mundo. O evento acendeu um sinal de alerta e levantou a dúvida: se uma plataforma de cripto falir, o que acontece com o dinheiro dos usuários? O Wall Street Journal foi atrás dos termos de uso da Celsius e descobriu que, em caso de falência da empresa, os clientes nunca mais vão ver o dinheiro que depositaram ali. E isso vale para outras plataformas também.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.