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Petrobras avisa: preço do diesel vai subir, de um jeito ou de outro

Estatal afirma que cenário global é de escassez da commodity. A nota vem justamente enquanto o governo se esforça para diminuir o preço em ano eleitoral.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 16 dez 2024, 16h06 - Publicado em 9 jun 2022, 08h22
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Dois dias depois do pacote de medidas para diminuir os preços dos combustíveis apresentado pelo governo, a Petrobras publicou, ontem à noite, uma nota em que deixa claro: o preço do diesel está em alta no mercado internacional e assim continuará.

Na avaliação da estatal, a situação é de escassez global na oferta da commodity, e, “como o país é estruturalmente deficitário em óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda total em 2021, poderá haver maior impacto nos preços e no suprimento”. Ou seja: o preço por aqui também vai aumentar, queira ou não.

Segundo a petroleira, a escassez no mercado internacional não é nova, mas pode piorar agora por três motivos: i) a demanda mundial costuma ser maior no segundo semestre; ii) as sanções à Rússia continuam e devem se agravar e; iii) refinarias nos Estados Unidos e no Caribe começam a enfrentar a temporada de furacões, que vai de junho a novembro e pode afetar seu funcionamento e, portanto, a oferta.

A Petro também cita que, no mercado interno, a demanda por diesel também tende a aumentar no segundo semestre porque o “consumo é historicamente mais alto devido às sazonalidades das atividades agrícola e industrial”.

O comunicado da Petrobras é divulgado no momento em que o governo e o Congresso se empenham em um plano para a redução dos preços dos combustíveis. Embora não cite isso explicitamente, a mensagem da nota é: atenção, esses esforços não terão o resultado esperado. Não dá para fazer chover diesel do céu. Sem oferta, o preço aumenta, apesar de qualquer estratégia que o governo busque. 

O tom da nota ainda sinaliza que novos reajustes podem vir a qualquer momento.

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Além disso, no texto, a estatal voltou a defender sua política de preços, algo que já fez várias vezes, mas dessa vez foi ainda mais incisiva: “a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes”. Ou seja: se mudar sua política, como vem sendo pressionada pelo governo, vai faltar.

Mais um capítulo que vai dar o que falar na novela dos combustíveis.

Enquanto isso, lá fora, o dia começa morno nos EUA e bolsas caem na Europa à espera da decisão do Banco Central Europeu, que deve sinalizar quando o aumento dos juros começará no bloco. 

Boa quinta.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
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9h30 Departamento do Trabalho dos EUA divulga número de novos pedidos de auxílio-desemprego no país

market facts

Planos de saúde

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) votou, nesta quarta-feira (8), para retirada da obrigação de operadoras de planos de saúde de custear procedimentos não incluídos na lista de cobertura estabelecida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O tribunal entendeu que a lista é taxativa, ou seja, definitiva, sem possibilidade de interpretações, revertendo o entendimento que predominava anteriormente e se alinhando à posição defendida pelas empresas que atuam no setor. Apenas três votos defenderam a posição de que a lista é exemplificativa, ou seja, que contém apenas outros exemplos básicos e outros procedimentos fora dela também devem ser pagos pelos planos, dependendo das necessidades específicas de cada paciente.

A decisão afeta milhões de usuários de planos de saúde. Mas não deve parar por aí. A palavra final provavelmente será do STF, que já analisa uma ação sobre o tema.

Vale a pena ler:

Violência na Amazônia

O Vale do Javari, local onde o jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira desapareceram no domingo, é palco de crescentes invasões por  quadrilhas de caçadores e pescadores. Entenda o tamanho do problema nesta reportagem da BBC Brasil. 

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