Outubro começa com Nova York em cima do muro e Ibovespa com viés de alta
Rumos da bolsa brasileira dependem da votação de pautas econômicas no Congresso. Pontapé ocorre nesta segunda, com discussão do Desenrola no Senado.
Bom dia!
Na noite de sábado, a três horas do fim do prazo, o Congresso dos EUA aprovou um projeto tampão para evitar uma paralisação do governo, isso enquanto parlamentares ganham prazo para discutir o novo Orçamento do país.
A notícia abre espaço para investidores voltarem a se preocupar com problemas maiores. E não existe dor de cabeça tão doída quanto a possibilidade de os juros permanecerem em níveis elevados por um período muito prolongado.
A manhã das bolsas americanas começa em cima do muro, justamente um retrato dessa divisão entre o alívio do acordo no Congresso e a pressão do mercado de juros. E a semana por lá será marcada pela expectativa da chegada da sexta-feira, quando saem os dados do payroll, o indicador formal de emprego nos EUA.
No Brasil, os olhos também estão no Congresso. O Senado prometeu para hoje a votação do Desenrola, cujo prazo termina amanhã. Além de aprovar as regras para a renegociação de dívidas dos brasileiros, o projeto impõe um teto de juros de 100% ao ano no rotativo do cartão, caso bancos não consigam apresentar um projeto de autorregulação que reduza as taxas da linha.
A agenda de votações será cheia, com a discussão de propostas que vão em direção ao cumprimento da meta fiscal do governo. A principal delas é a taxação de fundos offshore e exclusivos. Resta saber se o governo terá apoio no Congresso para passar suas propostas.
Isso tudo em uma semana em que o feriado de uma semana na China (Golden Week) reduz o número de notícias sobre o estado da economia do país. O país vem sendo uma fonte de incertezas para a economia global por uma combinação de crise no setor imobiliário – a alavanca do PIB de lá – e redução de consumo. A expectativa, por sinal, é que dados das movimentações dos chineses na semana de folga ajude a dar pistas sobre as condições do país – com impacto direto na nossa economia.
Enquanto as notícias não chegam, o ETF EWZ, que representa a bolsa brasileira nos EUA, vai começando outubro no positivo: alta de 0,26%. É boa notícia após um setembro sofrido, mas que terminou em alta. Bons negócios.
Futuros do S&P 500: 0,01%
Futuros do Nasdaq: 0,18%
Futuros do Dow Jones: -0,04%
*às 7h59
O “iPhone da IA”
Sam Altman, criador do ChatGPT, tem planos ambiciosos. Pretende lançar um objeto que se torne “o iPhone da inteligência artificial”.
As informações foram reveladas pelo Financial Times na semana passada. E não se sabe o que ele tem em mente – se é um celular, um gadget vestível, um iô-iô… O fato é que Altman tem se encontrado com Jony Ive, responsável pelo desenho do primeiro iPhone e de várias gerações seguintes.
Masayoshi Son, presidente do Softbank, maior fundo de investimentos do setor, também estaria envolvido. Segundo a reportagem, o titã da tecnologia estaria investindo US$ 1 bilhão no empreendimento.
Senado vota Desenrola
08h25: Boletim Focus do BC
10h: Campos Neto faz palestra em SP
12h: Jerome Powell e Patrick Harker, do Fed, visitam Pensilvânia para ouvir trabalhadores
14h30: Ministério do Trabalho publica dados do Caged de agosto; ministro comenta dados a partir das 15h
15h: Balança comercial de setembro, com entrevista às 15h15
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,28%
- Londres (FTSE 100): -0,43%
- Frankfurt (Dax): -0,20%
- Paris (CAC): -0,30%
*às 7h59
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): fechado
- Hong Kong (Hang Seng): fechado
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,31%
- Brent: 1,14%, a US$ 93,25
- Minério de ferro: -0,14%, a US$ 120,60 por tonelada em Singapura
*às 7h58
A família real mais rica da Europa
Ao contrário de outros monarcas europeus, o príncipe Hans-Adam II do Liechtenstein (um pequeno país europeu de 39 mil habitantes) não quis seguir apenas a carreira de herdeiro. Ele se especializou em cuidar das fortunas de outros super-ricos — sua asset management, o Grupo LBT, reportou um recorde de US$ 334 bilhões sob gestão no mês passado.
Esta reportagem da Bloomberg mostra como o príncipe conseguiu crescer e cultivar seu império, que tornou-o o nobre mais rico da Europa, com uma fortuna estimada em US$ 9 bilhões – Charles III, coitado, tem só US$ 2 bilhões e pouco.