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Otimismo com desinflação americana faz bolsas subirem; MGLU3 dispara 9,13%

Expectativa é que trajetória de queda da inflação nos EUA seja confirmada amanhã, com a divulgação do CPI.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 12 set 2022, 18h24 - Publicado em 12 set 2022, 18h03

Depois de meses vindo “mais alta do que o esperado” e assombrando os mercados, a inflação americana pode finalmente começar a ser domada. Ou pelo menos é essa a expecativa de Wall Street, que decidiu engatar o espírito otimista nesta segunda-feira, véspera da divulgação do CPI, o principal índice de inflação nos EUA.

O mercado prevê que o índice caia para 8% em agosto na comparação anual – uma desaceleração considerável dos 8,5% registrados em julho. Se assim for, pode confirmar a ideia de que o aumento dos preços chegou ao pico por lá em junho, e, a partir de agora, deverá seguir sua trajetória de queda. A divulgação do CPI acontece amanhã, pela manhã.

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Mesmo assim, Wall Street se adiantou na comemoração e fez a festa hoje mesmo: o S&P 500 e o Nasdaq subiram mais de 1% nas expectativas de uma inflação mais controlada. É o quarto pregão no azul para os índices americanos. O bom humor respingou por aqui, e o Ibovespa fechou em alta de quase 1%.

Apesar disso, quase todo mundo concorda que o Fed deverá continuar sua postura agressiva por um tempo, mesmo que a inflação de amanhã seja mais tímida. O consenso para a próxima decisão do banco central americano, por exemplo, ainda é uma alta de 0,75 ponto percentual. Afinal, a meta de inflação por lá é de 2%. Mas, se a trajetória de queda se confirmar, investidores podem sonhar com uma postura mais leve daqui para frente, que machuque menos a economia americana. 

Outra fonte de otimismo de Wall Street, diga-se, vem do mercado de trabalho por lá, que se mantém aquecido e forte, dando forças para a economia enfrentar o Fed e suas taxas.

A alta nas bolsas de hoje também teve um empurrãozinho da Apple – empurrãozão, se considerarmos que a empresa é a maior do mundo em valor de mercado e tem o maior peso no S&P 500. O otimismo veio dos dados de pré-venda do iPhone 14 Pro Max, que mostraram a maior demanda entre todos os modelos da marca (em suas respectivas épocas de pré-venda). Nisso, os papéis da empresa da maçã subiram quase 4%.

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No Brasil

Por aqui, o humor seguiu os americanos, e o Ibovespa fechou em alta de 0,98%, aos 113.406 pontos.

As maiores altas foram protagonizadas justamente por papéis mais sensíveis aos juros, como varejo e tecnologia. Magazine Luiza (MGLU3) liderou o dia, subindo 9,13%. Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) também tiveram pregões positivos: 4,91% e 4,35%, respectivamente. Natura (NTCO3) subiu 4,95%.

No setor da tecnologia, Positivo (POSI3) subiu 4,95%, e a Locaweb (LWSA3) veio logo atrás, com alta de 4,53%.

Outro destaque nesta segunda-feira foi a Ecorodovias (ECOR3), que saltou mais de 7% após nova recomendação do Bank of America (BofA). O banco reiniciou a cobertura das ações da empresa com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11,10 – um potencial de alta de 81% em relação à cotação do último fechamento.

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Até amanhã.

Maiores altas

Magazine Luiza (MGLU3): 9,13%

EcoRodovias (ECOR3): 7,03%

Natura (NTCO3): 4,95%

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Positivo (POSI3): 4,95%

Via (VIIA3): 4,91%

Maiores baixas

Assaí (ASAI3): -1,86%

Iguatemi (IGTA11): -1,80%

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PetroRio (PRIO3): -1,68%

BB Seguridade (BBSE3): -1,33%

Sabesp (SBSP3): -1,30%

Ibovespa: 0,98%, aos 113.406 pontos

Em Nova York

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S&P 500: 1,07%, aos 4.110 pontos

Nasdaq: 1,27%, aos 12.266 pontos

Dow Jones: 0,72%, aos 32.383 pontos

Dólar: -0,98%, a R$ 5,0974

Petróleo

Brent: 1,25%, a US$ 94,00

WTI: 1,14%, a US$ 87,78 

Minério de ferro: -0,66%, cotado a US$ 102,30 por tonelada em Cingapura

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