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O êxodo da mineração de bitcoins

China decidiu expulsar atividade do país. E o país não está sozinho nas barreiras aos criptoativos.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 15 jul 2021, 14h35 - Publicado em 5 jul 2021, 08h00
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 (Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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A China era a meca da mineração de bitcoins. Mais especificamente, províncias distantes do centro econômico do país, como Xinjiang, Sichuan e Yunnan e a Mongólia Interior (que é parte da China, não da Mongólia). É que os supercomputadores usados para minerar criptomoedas são uma draga de energia. E nessas províncias, mais pobres, o governo cobra menos pela energia elétrica.

E tudo ia bem. Até que o país decidiu acabar com a festa e começou a expulsar mineradores do país. A justificativa é que o impacto ambiental é muito grande e compromete as metas de redução de emissão de carbono – 57% da energia chinesa vem de usinas a carvão (quase a mesma proporção que o Brasil usa de energia hidrelétrica, 64%).

A China tem planos de reduzir suas emissões de carbono em 65% até 2030 – em comparação aos níveis de 2005. Para 2060, o objetivo é zerar de vez, com a China compensando tudo o que emite.

Agora mineradores da cripto procuram novos destinos para instalar suas máquinas. Dois principais destinos são países da Ásia Central, como o Cazaquistão, e o sul dos Estados Unidos – mais precisamente, o Texas. O Cazaquistão, país que faz fronteira com a província de Xinjiang, já responde por 6% da capacidade mundial de mineração de bitcoins.

No Texas, a motivação vem da forte presença de políticos pró-cripto no Estado.

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Só que a redução de emissões pode ser só um pretexto do governo chinês. Ele também limitou ainda mais o uso de criptomoedas no país ao proibir que as carteiras digitais (tipo Alipay e WeChat) aceitem pagamentos com criptos. E o país asiático não está sozinho. O Reino Unido proibiu a Binance, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a operar no país. Um sinal de que o cerco oficial ao bitcoin deve apertar.

Há 18,7 milhões de bitcoins em circulação, e outros 2,3 milhões “enterrados”, à espera de mineração. Pela cotação do início de julho (US$ 35,5 mil), isso significa US$ 81 bilhões. 0,55% do consumo mundial de energia vem da mineração de bitcoins – pouco mais do que toda a geração de Itaipu.

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