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No último pregão do ano, Haddad e IPCA-15 pautam um Ibovespa eufórico

Principal índice acionário brasileiro caminha para encerrar 2023 com ganhos de mais de 20%, nas máximas históricas. Entenda o porquê.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 28 dez 2023, 08h28 - Publicado em 28 dez 2023, 08h27

Bom dia!

O Ibovespa entra no último pregão do ano já em festa. Independente do que rolar hoje, o índice tem motivos para a euforia: são quatro dias seguidos quebrando seu próprio recorde, no maior patamar nominal da história. Nesse rali de fim de ano, a Faria Lima comemora com champanhe e fogos de artifício. No ano, os ganhos já passam dos 22%. Explicamos esse plot twist da bolsa aqui.

A liquidez da última semana costuma ser bastante reduzida, e a agenda, esvaziada. Mas, pelo menos para esta quinta-feira, há alguns compromissos marcados. Às 9h, por exemplo, sai o IPCA-15 de dezembro, que deve confirmar a tendência de desinflação no Brasil. A expectativa é que ele venha em 0,25%, uma desaceleração em relação aos 0,33% em novembro.

Com isso, espera-se que o IPCA-15 encerre o ano com acúmulo de 4,56%, abaixo do teto da meta (4,75%). A melhora na inflação é um dos motivos domésticos que regou o mercado com otimismo, juntamente com a melhora do cenário fiscal brasileiro.

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Para além dos dados de inflação, há também a divulgação dos dados de emprego do Caged, às 14h, e o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, às 10h30. Os números americanos são importantes para prever os próximos passos do Fed – a ideia de que o banco central dos EUA vai começar a cortar os juros mais cedo foi o principal motivo de euforia nas bolsas nesta reta final do ano, incluindo a brasileira.

Mais importante do que a bateria de dados, porém, é o anúncio de novas medidas econômicas de Fernando Haddad, aguardado para as 10h. O ministro deve anunciar seus planos para aumentar a arrecadação e compensar o impacto da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia – um benefício que se manterá após decisão do Congresso. O governo foi contra e tentou vetar, em vão. Agora, a gestão petista vai buscar outros meios para compensar essa renúncia fiscal em meio a sua batalha de tentar chegar a um déficit zero em 2024.

Investidores também reagem a novas declarações do presidente do banco central. Ontem, em entrevista à GloboNews, Roberto Campos Neto mostrou um tom otimista. Disse que, em 2024, seu último ano comandando o banco central, a missão é entregar inflação dentro da meta e juros “o mais baixo possível”. Também demonstrou otimismo com a economia brasileira, dizendo que as previsões erraram muito e que o PIB pode crescer até mais que a estimativa de 1,7% em 2024. 

No entanto, reforçou um recado que o Copom já passou: o ritmo atual de cortes na Selic, de meio ponto percentual, não deverá mudar tão cedo – pelo menos não nas próximas duas reuniões, em janeiro e março.

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Bons negócios. E feliz Ano Novo.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,01%

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Futuros Nasdaq: 0,21%

Futuros Dow Jones: -0,14%

*às 8h14

Agenda

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 09h00:  IBGE divulga IPCA-15 de dezembro

10h00: Haddad deve anunciar medidas de arrecadação para compensar desoneração da folha

10h30: Número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA

14h00: Dados do Caged de novembro

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Europa

                      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,08%
                      • Londres (FTSE 100): -0,05%
                      • Frankfurt (Dax): -0,18%
                      • Paris (CAC): -0,36%

                      Fechamento na Ásia

                          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen):  2,34%
                          • Hong Kong (Hang Seng): 2,52%
                          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,42%

                          Commodities

                                                                • Brent*: -1,13%, a US$ 78,75
                                                                • Minério de ferro: -1,33%, cotado a US$ 135,21 por tonelada na bolsa de Dalian (China).

                                                                *às 8h10

                                                                Vale a pena ler:

                                                                O que é o dólar Ptax?

                                                                Não existe uma “cotação oficial” do dólar no Brasil. As transações rolam entre bancos e empresas – e entre bancos e pessoas físicas. Cada um cobra o que bem entender. Mas não se trata de uma liberdade anárquica, como mostra este artigo da VCSA.

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