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Minério sobe 6%. PIB arrasa: 4% na base anual

PMI aponta para expansão da indústria chinesa, e o minério de ferro reage com força. Por aqui, PIB supera as expectativas com alta de 1,9% no trimestre.

Por Alexandre Versignassi, Camila Barros
Atualizado em 1 jun 2023, 09h12 - Publicado em 1 jun 2023, 08h43

O IBGE divulgou nesta manhã o PIB do primeiro trimestre: alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado e de 1,9% na comparação trimestre a trimestre.

Os números vêm bem acima do consenso, que apontava para 3% na base anual e 1,2% no trimestre. 

A subida vem depois da divulgação de bons resultados nos últimos meses: vendas no varejo: (+​​0,8% em março), volume de serviços (+0,9%) e produção industrial (+1,1%).

Minério amanhece feliz

O PMI compilado pelo S&P Global/Caixin, um índice que mede a atividade industrial da China, registrou uma alta inesperada: de 49,5 em abril para 50,9 em maio. Este é o maior nível desde junho de 2022. Quando acima dos 50 pontos, o dado indica expansão da economia. 

A aposta do mercado era na manutenção dos 49,5 pontos de abril – nível que mostrava estagnação. 

O PMI deu um belo fôlego para o  minério de ferro: alta de 5,77% na bolsa de Dalian, o que deixa a commodity acima da linha vermelha dos US$ 100 – no caso, a US$ 104,48. Bom para a Vale, que vem caindo 26% no ano.

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Já na Europa o PMI está contraindo. Na Alemanha, tombou de 44,5 pontos em abril para 43,2 em maio. Na zona do euro como um todo, de 45,8 para 44,8. No Reino Unido, deslizou de 47,8 para 47,1%. 

O lado meio cheio do eurocopo é que a inflação também está apontando para baixo: 6,1% em maio, versus os 7% de abril. Trata-se do menor nível desde a invasão da Ucrânia, e de uma queda firme em relação ao pico – de grossos 10,6%, em outubro do ano passado. Uma amostra de que a elevação dos juros, a 3,75%, está funcionando.  

Aprovação da MP dos Ministérios 

A MP dos Ministérios foi aprovada na noite de ontem. Trata-se da medida provisória que criou as atuais 37 pastas. Se ela não tivesse passado (ou se a Câmara nem tivesse votado), a estrutura voltaria a ser a antiga, a do governo Bolsonaro – algo que implodiria o governo. 

Para evitar o pior, o governo teve de engolir mudanças no texto que enfraquecem os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas – que perde para o ministério da Justiça o poder para demarcar terras, por exemplo. Hoje, é a vez de o Senado votar a MP. 

Já a Câmara dos EUA aprovou o aumento no teto da dívida, como se esperava. A medida segue para o Senado, onde deve passar com facilidade. Com isso, os futuros por lá abrem numa alta robusta.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

S&P 500: 0,26%

Nasdaq: 0,22%

Dow Jones: 0,04%

*às 8h30

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Blackrock: corte à vista na Selic

Amer Bisat, diretor de renda fixa de mercados emergentes da BlackRock, recomendou “começar a pensar em comprar títulos no Brasil”. Para ele, o Banco Central fez um bom trabalho elevando a Selic aos atuais 13,75%, mas considera que os juros estejam muito altos. E acha que, considerando a queda na inflação e a leve desaceleração na economia brasileira, é possível que o BC inicie um corte de juros em breve. 

“É claro que o BC precisa ser cauteloso, monitorar a inflação, como a economia está desempenhando e como caminham os processos fiscais, mas as taxas de juros estão muito altas no Brasil”, disse. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil, dia inteiro: Senado vota MP dos Ministérios

Brasil, 9h: IBGE divulga PIB do primeiro trimestre

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EUA, 9h30: Número de pedidos de entrada no seguro-desemprego na semana passada. 

Europa
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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,87%

es (FTSE 100): 0,34%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,10%

Bolsa de Paris (CAC): 0,62%

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*às 8h28

Fechamento na Ásia
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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,22%

Hong Kong (Hang Seng): -0,10%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,88%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: -0,40% a US$ 72,31 o barril

*às 8h36

Minério de ferro: 5,77%, a US$ 104,48 a tonelada, na bolsa de Dalian

*às 7h00

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Arábia saudita no banco dos BRICs

O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) é uma instituição internacional de crédito criada pelos membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Fundado em 2015, ele surgiu para financiar projetos de desenvolvimento de países emergentes, e se colocou como uma alternativa ao FMI, que nasceu depois da 2a Guerra Mundial das maõs de países do Ocidente. 

Hoje, o NBD também tem como membros os Emirados Árabes Unidos, Egito e Bangladesh. E estuda incluir seu nono participante: a Arábia Saudita. A negociação vem em uma época sensível para o banco, já que as sanções sofridas pela Rússia impactaram as opções de financiamento que a instituição consegue oferecer. A chegada do gigante do golfo pérsico, então, ajudaria a fortalecer o caixa do NBD. Esta reportagem do FT, traduzida pela Folha, conta essa história. 

 

Além da Nvidia

A Nvidia produz os processadores necessários para o desenvolvimento de inteligência artificial.  Este ano, a companhia tem embolsado uma grana com a euforia entornos das IAs. Suas ações dispararam 175% desde o início do ano, e seu valor de mercado alcançou US$ 1 trilhão na última terça-feira. 

Ela tem sido a maior beneficiada com o entusiasmo repentino sobre o assunto – mas não a única. Outras empresas do setor, como as fabricantes de chips AMD e TSMC, também estão surfado nessa onda. Esta reportagem da Economist elenca quais empresas têm ganhado com a febre das IAs.

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