Mercado se divide entre covid na China e temporada de balanços

Bolsas europeias começam a se recuperar de olho nos resultados do primeiro trimestre de bancos; nos EUA, sinal é negativo à espera das big techs.

Por Juliana Américo
Atualizado em 18 out 2024, 14h18 - Publicado em 26 abr 2022, 08h27
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Dependendo do pedaço do mercado financeiro que você olhar, poderá encontrar um copo meio cheio ou meio vazio. Na Ásia e na Europa, as bolsas vivem um dia de recuperação depois das quedas de ontem. Nos EUA, é o contrário: os futuros voltaram para o negativo, após conseguirem uma alta ontem. Vamos aos motivos.

Na China, o temor era de que o lockdown de Xangai fosse estendido para Pequim. A testagem em massa da população ainda não levou a medidas tão rigorosas. Além disso, o governo chinês prometeu aumentar o apoio econômico para quem está sendo afetado pela sua política de tolerância zero contra o vírus. Entre as medidas que estão sendo adotadas, estão o incentivo ao consumo interno e redução da taxa bancária compulsória sobre depósitos em moeda estrangeira. 

Na Europa, investidores estão aproveitando os bons resultados das empresas no primeiro trimestre. O Santander registrou lucro de 2,54 bilhões de euros no primeiro trimestre, 58% maior que no ano anterior. Dessa vez, não foi mérito do Brasil, que há tempos puxa o desempenho do banco espanhol. Aqui, a alta foi de modestos 1,3%, para R$ 4 bilhões de lucro.

Já o suíço UBS teve lucro de US$ 2,14 bilhões – o melhor para o período em 15 anos; enquanto o HSBC teve queda de 28% no lucro, US$ 2,8 bilhões. No combo, as bolsas europeias operam em alta firme (veja abaixo).

Nos EUA, as bolsas subiram ontem em parte contagiadas pela relativa euforia com a compra do Twitter por Elon Musk. Mas o efeito passou, e sinal do dia é negativo. Investidores aguardam a divulgação dos balanços de Microsoft e Alphabet – a dona do Google. Além disso, a Amazon, Apple, Meta (ex-Facebook) e o próprio Twitter compartilham seus resultados ainda essa semana. 

Depois da perda de assinantes da Netflix, todo cuidado é pouco. Boa terça-feira.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,44%

Futuros Nasdaq: -0,44%

Futuros Dow: -0,51%

*às 8h25

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,01%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,83%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,17%

Bolsa de Paris (CAC): 1,02%

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*às 7h40

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,81%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,41%

Hong Kong (Hang Seng): 0,33%

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Commodities

Brent: -0,22%, a US$ 102,09

Minério de ferro: 2,41%, US$ 139,45

*às 7h40

Agenda

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8h30 O Banco Central volta a divulgar o Boletim Focus, paralisado por causa da greve dos servidores.

market facts

Tempos difíceis

Seis em cada dez brasileiros acreditam que o país está passando por uma crise econômica de difícil recuperação, indica um levantamento do BTG Pactual e FSB Pesquisa realizado com 2 mil pessoas. A principal queixa é a inflação: 60% dos entrevistados acham que ela vai aumentar ainda mais nos próximos seis meses, enquanto 36% afirmam que o  desemprego vai piorar. Além disso, 46% deles colocam a culpa no atual governo pelo desempenho ruim da economia.

Das redes para o varejo

A Meta, empresa dona do Facebook, anunciou que a sua primeira loja física já tem data para ser inaugurada: 9 de maio. Na Meta Store, os consumidores poderão experimentar e comprar dispositivos de realidade virtual e aumentada. A loja ficará no campus Burlingame da empresa, na Califórnia – o local também abriga o Reality Labs, a divisão da companhia com foco no metaverso.

Vale a pena ler:

Crise da Netflix

Na semana passada, pela primeira vez, a Netflix registrou queda no número de assinantes. Culpa da inflação, guerra na Ucrânia e competição acirrada. A pioneira no segmento de streamings viu seus clientes assinarem com outros serviços em busca de novas séries e filmes, enquanto gastava fortunas tentando concorrer com as grandes redes e estúdios de Hollywood. Agora, parece que a empresa atingiu o limite de expansão. Leia aqui

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Hoje, começa para valer a temporada de balanços das empresas brasileiras. Antes da abertura do mercado, é a vez do Santander divulgar os resultados do primeiro trimestres do ano; a Neoenergia divulga depois do pregão.

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