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Mercado se divide entre covid na China e temporada de balanços

Bolsas europeias começam a se recuperar de olho nos resultados do primeiro trimestre de bancos; nos EUA, sinal é negativo à espera das big techs.

Por Juliana Américo
26 abr 2022, 08h27

Dependendo do pedaço do mercado financeiro que você olhar, poderá encontrar um copo meio cheio ou meio vazio. Na Ásia e na Europa, as bolsas vivem um dia de recuperação depois das quedas de ontem. Nos EUA, é o contrário: os futuros voltaram para o negativo, após conseguirem uma alta ontem. Vamos aos motivos.

Na China, o temor era de que o lockdown de Xangai fosse estendido para Pequim. A testagem em massa da população ainda não levou a medidas tão rigorosas. Além disso, o governo chinês prometeu aumentar o apoio econômico para quem está sendo afetado pela sua política de tolerância zero contra o vírus. Entre as medidas que estão sendo adotadas, estão o incentivo ao consumo interno e redução da taxa bancária compulsória sobre depósitos em moeda estrangeira. 

Na Europa, investidores estão aproveitando os bons resultados das empresas no primeiro trimestre. O Santander registrou lucro de 2,54 bilhões de euros no primeiro trimestre, 58% maior que no ano anterior. Dessa vez, não foi mérito do Brasil, que há tempos puxa o desempenho do banco espanhol. Aqui, a alta foi de modestos 1,3%, para R$ 4 bilhões de lucro.

Já o suíço UBS teve lucro de US$ 2,14 bilhões – o melhor para o período em 15 anos; enquanto o HSBC teve queda de 28% no lucro, US$ 2,8 bilhões. No combo, as bolsas europeias operam em alta firme (veja abaixo).

Nos EUA, as bolsas subiram ontem em parte contagiadas pela relativa euforia com a compra do Twitter por Elon Musk. Mas o efeito passou, e sinal do dia é negativo. Investidores aguardam a divulgação dos balanços de Microsoft e Alphabet – a dona do Google. Além disso, a Amazon, Apple, Meta (ex-Facebook) e o próprio Twitter compartilham seus resultados ainda essa semana. 

Depois da perda de assinantes da Netflix, todo cuidado é pouco. Boa terça-feira.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,44%

Futuros Nasdaq: -0,44%

Futuros Dow: -0,51%

*às 8h25

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,01%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,83%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,17%

Bolsa de Paris (CAC): 1,02%

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*às 7h40

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,81%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,41%

Hong Kong (Hang Seng): 0,33%

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Commodities

Brent: -0,22%, a US$ 102,09

Minério de ferro: 2,41%, US$ 139,45

*às 7h40

Agenda

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8h30 O Banco Central volta a divulgar o Boletim Focus, paralisado por causa da greve dos servidores.

market facts

Tempos difíceis

Seis em cada dez brasileiros acreditam que o país está passando por uma crise econômica de difícil recuperação, indica um levantamento do BTG Pactual e FSB Pesquisa realizado com 2 mil pessoas. A principal queixa é a inflação: 60% dos entrevistados acham que ela vai aumentar ainda mais nos próximos seis meses, enquanto 36% afirmam que o  desemprego vai piorar. Além disso, 46% deles colocam a culpa no atual governo pelo desempenho ruim da economia.

Das redes para o varejo

A Meta, empresa dona do Facebook, anunciou que a sua primeira loja física já tem data para ser inaugurada: 9 de maio. Na Meta Store, os consumidores poderão experimentar e comprar dispositivos de realidade virtual e aumentada. A loja ficará no campus Burlingame da empresa, na Califórnia – o local também abriga o Reality Labs, a divisão da companhia com foco no metaverso.

Vale a pena ler:

Crise da Netflix

Na semana passada, pela primeira vez, a Netflix registrou queda no número de assinantes. Culpa da inflação, guerra na Ucrânia e competição acirrada. A pioneira no segmento de streamings viu seus clientes assinarem com outros serviços em busca de novas séries e filmes, enquanto gastava fortunas tentando concorrer com as grandes redes e estúdios de Hollywood. Agora, parece que a empresa atingiu o limite de expansão. Leia aqui

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Hoje, começa para valer a temporada de balanços das empresas brasileiras. Antes da abertura do mercado, é a vez do Santander divulgar os resultados do primeiro trimestres do ano; a Neoenergia divulga depois do pregão.

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