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Mercado caminha para um respiro após sangria de segunda

Depois de um início de semana pessimista, índices futuros amanhecem em leve alta.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 23 ago 2022, 08h26 - Publicado em 23 ago 2022, 08h26

Bom dia!

Os índices futuros de ações apontam para uma terça-feira tranquila. A calmaria vem após quedas de mais de 2% nas bolsas americanas, fruto de uma precaução pelo que está por vir no restante da semana.

Na sexta de manhã, o governo americano divulga o PCE (índice de despesas com consumo pessoal, na sigla em inglês) de julho. O indicador é a medida favorita de inflação do Fed, o banco central americano.

E, também no início de sexta, o presidente do Fed, Jerome Powell, irá discursar no simpósio anual que a autoridade promove em Jackson Hole, em Wyoming, nos EUA. A expectativa é que Powell comente os dados do PCE de julho e dê dicas de qual caminho os juros americanos deve seguir.

Com medo que a inflação não desacelere e que o Fed continue linha-dura contra a alta de preços, indicando juros mais altos por mais tempo, investidores dão preferência para outros ativos, que não ações. Por isso a  queda dos índices americanos ontem, que afetou o Ibovespa por aqui (-0,89%).

Falando de Brasil, investidores esperam uma desaceleração no IPCA-15 amanhã. O índice trará o comportamento dos preços da primeira quinzena de agosto, após as quedas no preço da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras. Economistas consultados pela Refinitiv esperam uma desaceleração de 0,81% na comparação mensal, após alta de 0,13% em julho, o que levaria a soma dos últimos 12 meses para 9,50%, de 11,39% anteriormente.

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PMIs na Europa têm novas quedas

O levantamento PMI (sigla em inglês para Índice dos Gerentes de Compras) da S&P Global na Europa aponta retração na atividade da região pelo terceiro mês seguido.

O PMI composto (que soma os dados de indústria e serviços) da Zona do Euro caiu de 49,9 para 49,2 pontos, menor nível em 18 meses. O recorte industrial recuou de 49,8 para 49,7 e o de serviços diminuiu de 51,2 para 50,2 pontos. Abaixo de 50, o índice indica contração.

humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,10%

Futuros Nasdaq: 0,12%

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Futuros Dow: 0,08%

*às 8h10

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,04%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,68%

Bolsa de Frankfurt (Dax): estável

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Bolsa de Paris (CAC): -0,14%

*às 08h05

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,49%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,19%

Hong Kong (Hang Seng): -0,78%

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Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: alta de 1,48%, a US$ 97,91

Minério de ferro: alta de 1,52%, a US$ 103,20 por tonelada na bolsa de Cingapura

*às 7h05

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Onda de recompra

As empresas brasileiras estão aproveitando o clima de aversão ao risco na bolsa para recomprar suas próprias ações. Só no primeiro semestre, já foram abertos 33 programas de recompra. No ano passado inteiro foram 59. Na prática, ao recomprar parte de seus papéis, as empresas querem sinalizar ao mercado que confiam em suas perspectivas de ganho futuras, e que acreditam que as ações estão abaixo do preço alvo.  

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Um levantamento realizado pela gestora Kinitro Capital estimou que, nos últimos 15 meses,  pelo menos de R$ 10 bilhões foram retirados da bolsa na forma de programas de recompra. Vale, Azul, Ambev e Vibra são algumas das empresas com programas abertos atualmente.

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

IPOs anêmicos em Wall Street 

Até esta altura do ano, os IPOs nos EUA levantaram apenas US$ 5,1 bilhões. No mesmo período do ano passado, as aberturas de capital já somavam US$ 100 bilhões. Tudo bem, 2021 não serve muito bem como referência – foi um ano otimista demais pro mercado de ações. Mas, calculando a média de dólares movimentados com IPOs desde 1995, a coisa continua ruim para 2022: normalmente, os IPOs levantam cerca de US$ 33 bilhões até este período do ano. Aqui, o WSJ explica por que as ofertas públicas estão insossas e como as companhias estão lidando com este cenário. 

Hora de investir em OIBR3?

A Oi fez parte da primeira geração de meme stocks brasileiras, as ações que capturam a atenção do investidor pessoa física e viram samba de nota só nas redes sociais. Ela tinha o perfil: uma empresa em recuperação judicial, mas grande demais para quebrar e negociada a centavos, perfeito para gerar altas e baixas bruscas (e assunto) todo pregão. Após seis anos, a Oi está se aproximando do fim da recuperação judicial. Vale a pena investir? A Você S/A te conta aqui. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

10h45: PMI composto preliminar dos EUA em agosto

11h: venda de moradias novas nos EUA em julho

20h: presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, fala no Wharton Club of Minnesota

20h30: sabatina de Ciro Gomes no Jornal Nacional

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