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IPCA sobe 0,28% em novembro e vai a 4,68% em 12 meses

Grupo dos alimentos puxou a alta, que veio em linha com as expectativas. Nos EUA, inflação de novembro também será divulgada hoje.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 12 dez 2023, 18h21 - Publicado em 12 dez 2023, 09h20

Bom dia!

Algumas vezes por ano, os astros do mercado financeiro se alinham de tal forma que Brasil e EUA divulgam suas decisões de política monetária no mesmo dia, sempre às quartas. O evento é chamado de Super Quarta – e amanhã rola a última do ano. 

Nesta semana temos mais um espelhamento de agenda: hoje tem divulgação da inflação brasileira (IPCA) e americana (CPI) de novembro. Dá pra chamar de Hiper Terça. 

Nos dois casos, o dado ajuda a calibrar as expectativas do mercado para as próximas reuniões dos BCs. Por aqui, espera-se que o Copom mantenha o ritmo de queda de 0,50pp na Selic. Nos EUA, a expectativa é que o Fed deixe a taxa de juros estacionada em 5,50%, por ora. As primeiras apostas de queda começam a aparecer em março de 2024, segundo dados do CME.  

Por lá, o CPI será divulgado às 10h30. Aqui, o IPCA já saiu. Vejamos os destaques: 

IPCA de novembro

Em novembro, a inflação subiu 0,28% – em linha com as expectativas, que projetavam +0,29%. Em 12 meses, a alta é de 4,68%. Em outubro a alta havia sido de 0,24% na comparação mensal e 4,82% em 12 meses. 

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Quem puxou a alta foi o grupo de “alimentos e bebidas”, que subiu 0,63%. Segundo o IBGE, a temperatura elevada e o volume de chuvas mais alto impactou a colheita de alguns alimentos – como legumes e hortaliças. As maiores altas no grupo foram da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%) . 

No grupo de “habitação”, a energia elétrica residencial teve alta de 1,07% nos preços. Tem a ver com reajustes em quatro capitais brasileiras: Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.

Destaque também para os transportes, que tiveram alta de 0,27% nos preços. Aqui, o carro-chefe da alta foram as passagens aéreas, que decolaram 19,12% em novembro.  

Minério de ferro

Divulgado ontem, o CPI da China mostrou uma deflação de 0,5% (tanto na comparação com outubro quanto em relação ao mesmo período do ano anterior). Foi pior que o esperado pelo mercado, que pintava uma contração singela de -0,1%. 

Trata-se de um alerta vermelho para a economia do país, já que um cenário de deflação indica menos consumo – e, consequentemente, esfriamento da economia. 

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Segundo informações da Reuters, líderes do governo se reuniram na segunda para discutir as metas e mapear os estímulos econômicos para 2024. 

O mercado, então, se animou com a possibilidade de uma agenda de incentivos mais parruda, que ajudaria o país a retomar seu ritmo de crescimento. O minério de ferro refletiu a expectativa: alta de 1,52% em Dalian hoje.

Boa notícia para as mineradoras da bolsa, cuja cotação costuma flutuar de braços dados com a do minério. Em NY, os ADRs da Vale saltam 1,22% no pré-mercado. É também um bom presságio para o Ibovespa, já que os papéis da mineradora são responsáveis por 14,7% do índice.

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Futuros S&P 500: -0,01%

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Futuros Nasdaq: 0,01%

Futuros Dow Jones: 0,09%

*às 8h55

Agenda

10h30, EUA: inflação ao consumidor (CPI) de novembro

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11h00: Lula e Haddad participam de evento no Planalto

Europa

                • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,03%
                • Londres (FTSE 100): 0,48%
                • Frankfurt (Dax): -0,17%
                • Paris (CAC): 0,13%

                *às 8h54

                Fechamento na Ásia

                  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,21%
                  • Hong Kong (Hang Seng):  1,07%
                  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,16%

                  Commodities

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                                                • Brent*: -0,29%, a US$ 75,74
                                                • Minério de ferro: 1,52%, a US$ 135,09 na bolsa de Dalian, na China

                                                *às 8h50

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