IPCA-15 sobe mais do que esperado e vai a 0,33% em novembro
Em 12 meses, inflação é de 4,84%. Na China, minério de ferro despenca com anúncio de monitoramento do governo.
Bom dia!
O IPCA-15, uma prévia do índice oficial de inflação, subiu 0,33% em novembro. Foi acima da previsão do mercado, que projetava 0,30% no mês. Em outubro, a alta foi de 0,21%.
Com o resultado, o índice fica em 4,84% em 12 meses. Trata-se de uma queda em relação aos 5,05% registrados em outubro.
Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta neste mês. Quem puxou a fila foi o grupo de “alimentação e bebidas”, que subiu 0,82%. O vilão do mercado foi a cebola, que disparou 30,61%. Batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%) também registraram alta.
No grupo dos transportes, que teve alta de 0,18%, as passagens aéreas ficaram 19,08% mais caras em novembro.
Do outro lado, a única baixa foi em comunicação (que inclui preços de TV por assinatura, plano de internet e telefonia móvel), em queda pelo terceiro mês consecutivo.
Lá fora
Nos EUA, uma bateria de falas de dirigentes do Fed vai ajudar a calibrar as expectativas do mercado sobre os próximos passos da política monetária americana.
É um aquecimento para os próximos dias, que serão recheados de dados importantes: amanhã sai o Livro Bege, um relatório que detalha a situação econômica do país. E a revisão do PIB do terceiro trimestre – na primeira leitura, o resultado foi de avanço anual de 4,9%, acima das expectativas de 4,7%.
Na quinta sai o PCE de outubro, o índice de inflação em que o Fed se baseia para cravar suas decisões de juros.
Na China, o minério de ferro despencou depois que o governo chinês sinalizou que deve intervir no mercado. A Comissão de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) anunciou que está monitorando a definição de preço da commodity, e que busca entender mais a fundo como os dados do mercado são compilados.
A ideia seria conter o rali de alta nos preços: fincado na ideia de que o governo chinês vai injetar mais estímulos na economia, o preço do minério de ferro já subiu 17% em um mês, e 30% desde agosto.
A notícia fez a cotação da commodity em Dalian cair 2,61% nesta madrugada – má notícia para a Vale e suas colegas de setor.
Bons negócios.
Futuros S&P 500: -0,03%
Futuros Nasdaq: -0,02%
Futuros Dow Jones: 0,03%
*às 8h26
Acordo parcial no caso Americanas
A varejista anunciou que conseguiu apoio de parte dos credores em seu plano de recuperação judicial nesta segunda-feira (27). Ele foi aprovado por cinco bancos — Bradesco, BTG, Itaú, Santander e Votorantim — 35% da dívida da empresa veio dos cofres deles. O Safra, que possui o 5º maior crédito a receber da varejista (R$ 2,5 bi), ficou de fora.
O plano prevê um aporte R$ 12 bilhões na Americanas por parte de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência no caixa da empresa – em troca de novas ações da companhia.
Aos bancos, cabe perdoar R$ 12 bilhões em dívidas – também em troca de ações as serem emitidas.
No cômputo geral, isso “engordaria” o caixa da empresa em R$ 24 bilhões – a queda na dívida líquida mais o dinheiro do trio. Do montante de Lemann e seus brothers, R$ 8,7 bilhões iriam diretamente para a liquidação de dívidas com os credores. Ou seja: eles verão algum dinheiro vivo.
Esse apoio abre caminho para a aprovação do plano de RJ da companhia, que será votado por uma assembleia no dia 19 de dezembro. Até lá, ela precisa que 50,01% deles estejam de acordo com o projeto.
12h00, EUA: discurso de Austan Goolsbee, do Fed
12h05, EUA: discurso de Christopher Waller, do Fed
13h00, Brasil: Ministério do Trabalho divulgada Caged de outubro
15h05, EUA: discurso de Kathy O’Neill Paese, do Fed
17h30, EUA: discurso de Michael Barr, do Fed
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,38%
- Londres (FTSE 100): -0,43%
- Frankfurt (Dax): -0,09%
- Paris (CAC): -0,52%
*às 8h16
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,19%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,98%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,12%
- Brent*: 1,10%, a US$ 80,86
- Minério de ferro: -2,61%, a US$ 134,31 por tonelada na bolsa de Dalian
*às 8h14
O Índice Muçarela
Inspirado no Big Mac Index, ele mostra qual a porcentagem da renda que um paulistano precisa desembolsar para comprar uma pizza de muçarela. A ideia é ilustrar a discrepância do poder de compra entre os moradores de 96 bairros da cidade — conforme mostra esta matéria da VCSA.