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IPCA-15 sobe mais do que esperado e vai a 0,28% em agosto

Rumo do Ibovespa nesta sexta depende de Jerome Powell, que fala em Jackson Hole às 11h05.

Por Tássia Kastner e Sofia Kercher
25 ago 2023, 09h13

Bom dia!

A inflação brasileira segue se comportando conforme o previsto. O IPCA-15, uma espécie de prévia do índice oficial de preços, avançou 0,28% em agosto, acima das estimativas dos economistas ouvidos pelo Broadcast, que falavam em +0,16%, após o -0,07% de julho.

Isso significa que a inflação, em 12 meses, está rodando a 4,24%, ante os 3,19% de julho. Depois de encontrar o alvo do BC, de 3% ao ano, economistas previam que os preços voltariam a dar uma subidinha, ainda que os 0,28% tenham sido acima das expectativas.

A aceleração foi causada principalmente por reajustes em contas de luz e água em diversas regiões do país, fazendo o grupo habitação registrar alta de 1,08%. Depois, veio o grupo saúde, com +0,81%, seguido por educação (0,71%) e despesas pessoais (0,60%). O grupo de alimentos registrou nova deflação (-0,65%).  

A notícia é pesada.  Havia a expectativa de que os preços de serviços pudessem desacelerar, dando gás para o corte de juros no país. Acontece que o setor de serviços é uma espécie de replicante de inflação, já que os preços são puramente nacionais. Não há competição com manicures de outros países quando os preços sobem por aqui, então os preços demoram mais a ceder – e podem gerar pressão por mais aumento de salários, recomeçando o ciclo.

Não à toa, era esse o dado que mais vinha preocupando o Banco Central na hora de reduzir os juros. A Selic já passou por sua primeira rodada de corte, em agosto, e a queda dos ainda pesados 13,25% depende de a inflação continuar se comportando. 

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E também é preciso combinar com Jerome Powell

O chefão do Fed fala hoje no simpósio de Jackson Hole, nos EUA. O evento tem como função passar recado. Nele, Powell deve aprofundar a sua avaliação sobre o estado da economia americana e – espera-se – dará pistas sobre quão mais altos devem ser os juros por lá para levar a inflação gringa para a meta de 2%. Para além de novas altas, o mercado também quer mais informações para entender por quanto tempo os juros ficarão altos por lá.

Tudo isso começa às 11h05, no horário do Brasil. Por enquanto, investidores vão acordando menos ansiosos. Após o tombo de ontem, os futuros dos índices americanos amanheceram em alta. É contar com Powell para manter o sinal positivo. Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,22%

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Futuros Nasdaq: 0,06%

Futuros Dow Jones: 0,29%

*às 8h53

market facts

Americanas (AMER3) segue demitindo, e Vibra (VBBR3) pula fora de sociedade com a varejista

A varejista continua seu processo lento (mas contínuo) de enxugamento: de segunda a domingo da última semana, cerca de 1,4 mil funcionários foram demitidos, e 3 lojas foram fechadas, segundo comunicado enviado à CVM nesta quinta-feira (25).

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Nesses 8 meses de crise, já rolaram quase 10 mil demissões (cerca de 20% do quadro total de funcionários) e 74 fechamentos de lojas (4% do total).

A semana não está fácil para a empresa: na quarta-feira (24), a Vibra anunciou que vai pagar R$ 192 milhões para pular fora da sociedade com a Americanas em lojas de conveniência. 

Aos que têm AMER3 na carteira: será que é melhor fazer o mesmo? Veja quando pode ser a hora de desistir de ações (quaisquer ações) — e partir para a próxima.

Agenda

08h30: BC divulga transações em conta corrente e IDP em julho 

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08h45: Lula faz declaração à imprensa desde Angola

09h: IBGE divulga o IPCA-15 de agosto

11h05: Jerome Powell discursa em Jackson Hole

16h: Christine Lagarde, presidente do BCE, fala em Jackson Hole

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
          • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,58%
          • Londres (FTSE 100): 0,49%
          • Frankfurt (Dax): 0,49%
          • Paris (CAC): 0,67%

          *às 8h53

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          Fechamento na Ásia

          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,38%
          • Hong Kong (Hang Seng): -1,40%
          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -2,05%

          Commodities

                • Brent: 1,19%, a US$ 84,35
                • Minério de ferro: 0,55% a US$ 113,44 por tonelada na bolsa de Dalian

                *às 8h57

                Vale a pena ler:
                (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

                Michael Jordan: o maior (e mais rico) de todos os tempos

                Pela primeira vez, o Bloomberg Billionaires Index calculou a fortuna do jogador, estimando-a em US$ 3,5 bilhões — o que faz de Jordan não só o maior na história do basquete, mas também consolida-o como o atleta (ou ex-atleta) mais rico. Este reportagem mostra como M.J. construiu sua fortuna, da venda de sua participação no Charlotte Hornets até sua bem-sucedida linha na Nike. Força aí, Neymar!

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